Revoltas Tenentistas na Década de 1920

Revoltas Tenentistas na Década de 1920

Revoltas Tenentistas na Década de 1920Pode-se dizer que no início da década de 20, durante os últimos anos da República Velha, o sistema político dominado pelas elites oligárquicas dava os primeiros sinais de decadência, uma vez que grande parte da população brasileira, especialmente a classe média urbana, passou a questionar tal realidade e a buscar uma maior participação dentro do processo político do país.

Uma classe pertencente a esta população urbana em ascensão era a dos tenentes, militares de baixa e média patente do Exército Brasileiro. Influenciados por ideais liberais, estes acabaram iniciando um movimento de caráter político-militar contra o sistema político vigente: o Tenentismo.

Embora não declarassem uma ideologia, os objetivos dos militares eram claros: queriam um processo eleitoral mais justo, baseado no voto direto, secreto e no fim do voto de cabresto, maiores liberdades aos meios de comunicação, maior autonomia às autoridades do Judiciário, além da moralização do Legislativo.

A primeira ação do movimento tenentista se deu em 1922, na chamada Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, conflito que eclodiu após a derrota do candidato apoiado pelos liberais, Nilo Peçanha, e a vitória do candidato das elites oligárquicas Arthur Bernardes. Dois anos depois, em 1824, surgiu outro movimento de caráter militar simultaneamente nos Estados do Rio Grande do Sul e São Paulo. A Coluna Prestes foi uma espécie de guerrilha que percorreu mais de três mil quilômetros combatendo tropas do governo e espalhando a ideia de uma alteração radical na estrutura política do Brasil.

Revoltas Tenentistas na Década de 1920Embora o Tenentismo não tenha resultado em mudanças políticas de imediato, o movimento foi importante para abrir caminho para a posterior Revolução de 30, a qual foi capaz de pôr fim à República Velha.

Movimentos de insurreição que explodem no Rio de Janeiro, em 1922; em São Paulo, em 1924; e continuam até 1927, com a luta da Coluna Prestes no interior do Brasil. Expressam a insatisfação de setores militares com os governos e a República Velha. Manifestando os interesses da baixa e média oficialidade e das camadas médias urbanas, os tenentes tornam-se importante núcleo de oposição às oligarquias e ao sistema republicano vigente. Pregam a moralização da política e a volta das liberdades públicas, defendem o capital nacional e exigem a restauração das forças militares.

Os Dezoito do Forte - Em 1922, o presidente Epitácio Pessoa nomeia um civil para o Ministério da Guerra, o que causa agitação nos quartéis do Rio. A jovem oficialidade contesta a vitória de Artur Bernardes, candidato oficial à Presidência da República. O governo manda fechar o Clube Militar e prender seu presidente, o marechal Hermes da Fonseca. Em 5 de julho, parte da guarnição do Forte de Copacabana rebela-se. O governo manda bombardear o forte e decreta estado de sítio. Após frustradas negociações, 17 militares e um civil deixam o quartel e enfrentam as forças legalistas na praia de Copacabana. Os revoltosos são mortos; só os tenentes Eduardo Gomes e Siqueira Campos sobrevivem.

O 5 de Julho de 1924 - Dois anos depois, em São Paulo, também em 5 de julho, ocorre nova rebelião. Unidades do Exército e da Força Pública, comandadas pelo general Isidoro Dias Lopes e por Miguel Costa, Joaquim Távora e Juarez Távora, atacam a sede do governo, forçam a fuga do governador e ocupam a cidade. Exigem a renúncia de Artur Bernardes, a convocação de uma Assembleia Constituinte e o voto secreto. Tropas oficiais bombardeiam a capital paulista e os rebeldes retiram-se em 27 de julho. Liderados por Miguel Costa, cruzam o interior do estado e, na divisa com o Paraná, juntam-se ao movimento militar organizado pelo capitão Luís Carlos Prestes.

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