Águia, Espécies de Águia

A águia se destaca entre as demais aves de rapina pela beleza, força e majestade, qualidades que conquistaram a admiração do homem em todas as épocas. Ao longo da história, a imagem da águia figurou em emblemas, divisas guerreiras, escudos e brasões, nos quais foi o símbolo de força e dignidade.
Grande parte das espécies caça pelo método da tocaia ou localizando a presa em pleno vôo, pois seu sentido de visão é agudo. A alimentação é variável, muito especializada em algumas espécies, como a águia-pesqueira, e mais diversificada em outras, que consomem répteis, aves, pequenos mamíferos e, em alguns casos, carniça. O número de ovos oscila de um a três por postura, segundo a espécie, e a incubação varia de seis a sete semanas. A importância ecológica desses rapinantes é fundamental, pois exercem um rigoroso controle sobre as colônias de roedores, coelhos e outros mamíferos de pequeno e médio porte. Conseqüentemente, a agressão às águias afeta gravemente o equilíbrio do habitat.
As espécies cosmopolitas se encontram distribuídas por todo o mundo, mas em geral cada continente tem suas águias típicas.
A águia-real (Aquila crisaetus) é encontrada na Europa, Ásia, América do Norte e norte da África. De plumagem pardo-escura, tem cauda cinza-claro e atinge 86cm de comprimento e dois metros de envergadura, enquanto seu peso aproximado é de 6,5kg para o macho. Alimenta-se de aves, répteis e pequenos mamíferos e nidifica em rochas.
A águia-pesqueira (Pandion heliaetus) é uma espécie cosmopolita peculiar à América do Norte, América Central e Antilhas, de onde costuma migrar para o sul do continente. Conhecida no Brasil como gavião-pescador, captura peixes em lagos, rios e águas marítimas mantendo-se parada, agitando as asas, num ponto fixo, de onde mergulha em busca da presa. O ventre e a cabeça são brancos.
No Brasil, Paraguai, leste da Bolívia e norte da Argentina vive a águia-cinzenta (Harpyhalietus coronatus), gavião de grande porte __ 85cm de comprimento __ dotado de penacho. É de cor cinza, com a cauda preta terminada em branco.
Entre as águias africanas destacam-se a águia-coroada (Stephanoaetus coronatus), o mais forte rapinante do continente, que se alimenta de macacos; a águia-marcial (Polemaetus bellicosus), cujas fêmeas ultrapassam seis quilos de peso, e a A. rapax, onívora.
Uma das espécies australianas, a A. audax, alimenta-se de carniça, além de capturar répteis e aves. A Pithecophaga jefferyi, das Filipinas, caça macacos e outros pequenos mamíferos. As espécies do gênero Spilornis, que se alimentam de serpentes e outros répteis, são de origem asiática.
Na península ibérica, onde se encontra ameaçada de extinção, na região balcânica e na Ásia central encontra-se a águia-imperial (A. heliaca). A ave que figura no escudo dos Estados Unidos é a águia-calva (Halietus leucocephalus), cuja cabeça branca contrasta com a cor castanha do corpo.
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