Bobo, Origem dos Bobos da Corte
Profissão de origem obscura, o bobo era o indivíduo em geral disforme
cuja função era divertir os reis e grandes senhores com suas momices,
trejeitos e piadas quase sempre sarcásticas. Séculos antes da era
cristã, há referências a bobos na Grécia e em Roma: bufões disformes e
anões parecem ter sido empregados como amuletos, na crença de que a
disformidade evitava o mau-olhado. As referências aos bufões reaparecem
no século XII, tornando-se frequentes nos séculos XIV e XV, sobretudo na França.
Famosos bobos da corte no Renascimento foram Il Matello, da corte de Isabella d'Este; Triboulet, que serviu a Luís XII e Francisco I; e Kunz von der Rosen, o leal e inteligente bufão de Maximiliano I.
O último bobo da corte de França foi L'Angely, que, sempre ao lado de Luís XIII, assustava os cortesãos com seu sarcasmo. A profissão entrou em decadência na Europa no século XVIII, embora florescesse na Rússia, onde não raro os nobres eram rebaixados a essa função. Os bobos tiveram participação importante na literatura medieval e renascentista. Na música, o bobo aparece na ópera Rigoletto, de Verdi. Velázquez pintou diversos retratos do bobo da corte de Filipe IV de Espanha.
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