Suíça | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Suíça

Suíça | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Suíça



A Suíça é uma pequeno Nação Confederada (Estado confederado) localizado no centro da Europa. Possui uma área de 41 300 km², dos quais 1 289 são cobertos por lagos.

A Suíça faz fronteira a Norte com a Alemanha, a Leste com a Áustria e o Liechtenstein, a Sul com a Itália e a Oeste com a França. A Suíça conta com 7 427 000 habitantes resultando numa densidade populacional de 176 habitantes por quilômetro quadrado. A capital administrativa é Berna. Outras cidades importantes são Zurique, Genebra, Lausane e Basileia.

A Suíça é uma das economias mais ricas do mundo e é sede de inúmeros bancos privados e de organizações internacionais. A sua história é marcada pela sua neutralidade política perante as outras nações e representa um marco de liberdade e de democracia para o mundo inteiro.

Geografia – Área: 41.285 km². Hora local: +4h. Clima: temperado continental. Capital: Berna. Cidades: Zurique (350.900), Genebra (180.000), Basileia (168.900), Berna (125.500), Lausanne (120.600) (2018).

População – 7,2 milhões (2018); nacionalidade: suíça; composição: alemães 65%, franceses 18%, italianos 10%, grisões 1%, espanhóis 2%, portugueses 1,5%, outros 2,5%. Idiomas: alemão, francês, italiano (oficiais), romanche (reto-romano). Religião: cristianismo 88,4% (católicos 44,1%, protestantes 41,2%, outros 5,6% - dupla filiação 2,5%), sem religião 7,1%, outras 3,4%, ateísmo 1,1%. Moeda: franco suíço.

SUÍÇA - ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIAIS DA SUÍÇA
Bandeira da Suiça

Relações Exteriores – Organizações: Banco Mundial, FMI, OCDE, OMC, ONU. Embaixada: Tel. (61) 443-5500, fax (61) 443-5711 – Brasília (DF); e-mail: vertretung@bra.rep.admin.ch, site na internet: www.dfae.admin.ch/brasilia.

Governo – República confederativa. Div. administrativa: 20 cantões e 6 subcantões. Presidente da confederação: Samuel Schmid (SVP) (desde 2005). Partidos: do Povo da Suíça (SVP), Social-Democrático (SPS), Radical Democrático (FDP), Cristão Democrático do Povo (CVP). Legislativo: bicameral – Conselho dos Estados, com 46 membros; Conselho Nacional, com 200 membros. Constituição: 1874.

 Zurique
 Zurique

Berna
 Berna

 Genebra
 Genebra

Basiléia
Basileia

Lausanne
Lausanne

As montanhas ocupam 70% do território da Suíça, país na região central da Europa. O maciço da Jura, ao norte, e a cordilheira dos Alpes, no centro e no sul, atraem grande número de turistas às estações de esqui. Entre as duas cadeias ficam as cidades mais populosas e o parque industrial, forte em ramos como relojoaria, química e alimentos. O país é um dos principais centros bancários do mundo. O Poder Executivo é exercido pelo Conselho Federal, integrado por sete parlamentares. Anualmente, o Parlamento elege um deles como presidente da confederação.

História da Suíça

A ocupação humana significativa na região data de, pelo menos, 30 mil anos. Os helvéticos, de origem celta, instalam-se no território nos últimos séculos antes de Cristo. Os romanos conquistam a região em 58 a.C. e permanecem até a invasão de alamanos, burgúndios e francos, no século V. No século IX, o país fica dividido entre a Suábia e a Borgonha Transjurana. Em 1033 recupera sua unidade no Sacro Império Romano-Germânico. Em fins do século XIII, três cantões (regiões) mantêm-se autônomos, formam a Liga Perpétua, de defesa comum, e criam o embrião do Estado suíço. Em 1315, a Liga derrota os austríacos. Entre 1386 e 1388, acrescida de outros cinco cantões, vence novo ataque austríaco e constitui uma federação de regiões soberanas. Em 1499, o Sacro Império Romano-Germânico aceita sua independência.

Reforma Protestante – Em 1519, Ulrich Zwinglio, vigário da Catedral de Zurique, revolta-se contra a Igreja Católica e inicia a Reforma Protestante no país. Em 1536, João Calvino introduz o protestantismo e, posteriormente, torna-se chefe de um Estado teocrático. Com o fim da Guerra dos Trinta Anos, em 1648, é reconhecida a independência da Suíça. Entre 1798 e 1803, Napoleão Bonaparte tenta subordiná-la à França, mas, em 1815, o Congresso de Viena aceita sua neutralidade – respeitada, no século XX, nas duas guerras mundiais. No fim da década de 1970, crescem as críticas ao sistema bancário sigiloso, que faz da Suíça um paraíso financeiro e centro internacional de lavagem de dinheiro ilegal. Em 1982, um plebiscito rejeita o fim do sigilo bancário.

Indenização às vítimas do nazismo – Em 1995, a Suíça é acusada de ter comprado dos nazistas, na II Guerra Mundial, ouro pilhado nos países ocupados. Além disso, grandes bancos privados são acusados de ter se apropriado de depósitos de judeus mortos em campos de extermínio nazistas. A revelação dá origem a investigações e, em 1998, os bancos concordam em pagar 1,25 bilhão de dólares aos herdeiros das vítimas do nazismo que tinham depósitos nessas instituições.

Em 2002, o ingresso da Suíça na Organização das Nações Unidas (ONU) é aprovado em referendo por 54% dos votos. Nas eleições de outubro de 2003, o Partido do Povo da Suíça (SVP), de direita, conquista 55 das 200 cadeiras do Conselho Nacional, contra 52 do Partido Social-Democrático (SPS). O resultado quebra o tradicional equilíbrio do governo, que reservava ao SVP apenas uma das sete cadeiras do Conselho Federal. Pela primeira vez em 44 anos, o partido fica com dois lugares. Joseph Deiss, agora único representante do Partido Cristão Democrático do Povo (CVP), é eleito presidente e toma posse em janeiro de 2004. Em setembro, proposta governamental que facilitava a naturalização de imigrantes é rejeitada em referendo por 56,8% dos votantes. Dois meses depois, 66,4% dos eleitores aprovam o uso de células-tronco de embriões humanos na pesquisa científica. Em dezembro, Samuel Schmid (SVP) é eleito presidente para 2005 e assume em 1 de janeiro.

Diminui a neutralidade

A Suíça ingressa na Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro de 2002. Até então, só mantinha o status de observador na organização, por temer comprometer sua tradição de quase 200 anos de neutralidade. A adesão, aprovada em referendo popular, só ocorre depois de a ONU aceitar uma salvaguarda segundo a qual o país não é obrigado a participar de intervenções militares em outras nações nem enviar tropas para missões de paz. A neutralidade fez do Estado suíço um membro ativo de vários órgãos de cooperação internacional. A cidade de Genebra abriga a sede da Cruz Vermelha e a da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Alberto GiacomettiAlberto Giacometti

Alberto Giacometti nasceu em Borgonovo, Suíça, em 10 de outubro de 1901, filho de um pintor pós-impressionista, Giovanni Giacometti, que estimulou sua inclinação para as artes e o matriculou na Escola de Artes e Ofícios de Genebra. Em 1922 mudou-se para Paris. Estudou cerca de cinco anos com Émile-Antoine Bourdelle mas, como prova a escultura "Torso", de 1925, sempre esteve mais próximo dos cubistas e dos pós-cubistas. A "Mulher-colher", do ano seguinte, mostra as influências da arte primitiva da África negra e da Oceania em sua obra.

Comparável ao trabalho dos existencialistas em literatura, a obra plástica de Giacometti percorreu a escultura, a pintura e mesmo a cenografia. Suas figuras estilizadas semelhavam estar "a meio caminho entre o nada e o ser".

Toda semelhança com objetos reais desapareceu da obra de Giacometti entre 1925 e 1929. Ele finalmente uniu-se aos surrealistas e idealizou as esculturas-objetos, entre as quais "Objeto desagradável", de 1932. Perturbado pela ideia segundo a qual o distanciamento da realidade tornava sua arte meramente decorativa, rompeu com o surrealismo e adotou, a partir de 1935, um estilo em que a figura humana, alongada e afilada, se reduz a formas essenciais.

A exemplo do que ocorrera na fase surrealista, quando escreveu versos, o escultor decidiu exercitar outro meio de expressão e, a partir de 1947, passou a dedicar-se também à pintura. Suas esculturas adquiriram maiores dimensões nessa época, ao longo da qual produziu trabalhos como "O homem pontual", "Mulher em pé", "Três homens andando" e "Quatro mulheres numa base". Conhecido pela simplicidade e integridade pessoal, Giacometti tornou-se em vida uma figura tão lendária quanto seus personagens sofridos, magros e solitários. Morreu em Chur, França, em 11 de janeiro de 1966.

Albrecht von Haller

Albrecht von Haller

Albrecht von Haller nasceu em 16 de outubro de 1708 em Berna, Suíça. Estudou medicina em Tübingen (Alemanha) e Leyden (Países Baixos). Doutorou-se em 1727 e no ano seguinte fixou-se em Basileia, na Suíça, onde iniciou estudos sobre a flora do país. A partir de 1736 foi professor de medicina, anatomia, cirurgia e botânica da Universidade de Göttingen, até retornar à cidade natal, em 1753.

Além de dar importante contribuição à anatomia, à botânica e à embriologia, Haller, considerado o criador da fisiologia experimental, deixou também extensa e valiosa obra poética.

Quando lecionava em Göttingen, fundou na cidade o horto florestal, o centro anatômico e o instituto fisiológico. Distinguiu-se nos vários ramos das ciências e das artes, particularmente na medicina, na botânica e na poesia. Fundou o método experimental em fisiologia e formulou a doutrina da irritabilidade, típica do sistema muscular. Outras contribuições à medicina foram o reconhecimento do mecanismo da respiração, do automatismo cardíaco e da importância da bile na digestão das gorduras. Haller descreveu o desenvolvimento embrionário e estudou a anatomia dos órgãos genitais, do cérebro e do sistema cardiovascular.

Como poeta, Haller é conhecido por "Die Alpen" (1732; "Os Alpes"), poema em versos alexandrinos escrito após uma viagem à região alpina da Suíça. Impressionado pelo contraste da paisagem com o aspecto decadente dos centros urbanos, criou o poema no qual os Alpes são ao mesmo tempo cenário e personagem principal. Igualmente importantes são as obras Tagebücher seiner Reisen nach Deutschland, Holland und England (1783; Diários de viagens pela Alemanha, Holanda e Inglaterra) e Tagebüch seiner Beobachtungen über Schriftsteller und über sich selbst (1787; Diário de observações sobre escritores e sobre si mesmo). Haller morreu em 12 de dezembro de 1777, em Berna.

Alfonsina StorniAlfonsina Storni

Alfonsina Storni nasceu em Sala Capriasca, Suíça, em 29 de maio de 1892 e muito cedo mudou-se com a família para a Argentina. Obrigada a trabalhar, incorporou-se a grupos teatrais e passou a lecionar na zona rural argentina. Em 1913 foi para Buenos Aires, onde continuou a lecionar e trabalhar com grupos de teatro jovem. Seu primeiro livro, La inquietud del rosal (1916), incluiu-a no circuito literário de Buenos Aires, mas foi apenas com El dulce daño (1918) que se tornou conhecida do grande público. Seguem o mesmo estilo Irremediablemente (1919) e Languidez (1920).

O estilo espontâneo e emotivo de seus primeiros livros fez da argentina Alfonsina Storni uma das escritoras mais populares da América Latina.

Enérgica e independente, opôs-se aos preconceitos sociais, mas seu tema principal foi a frustração amorosa. Odiava os homens, mas tinha extrema necessidade de amor e soube muito bem expressar esses sentimentos ambivalentes numa poesia ao mesmo tempo simples, profundamente sensual e delicadamente erótica. Ocre (1925), El mundo de siete pozos (1934), Mascarilla y trébol (1938; Máscara e trevo) foram obras que marcaram o início de uma poética mais intelectual e menos subjetiva, que adotou a forma de um simbolismo hermético e atormentado, na qual a autora abandonou muito da sensibilidade extremada e da paixão presentes dos trabalhos anteriores. Ao saber que tinha câncer, Alfonsina suicidou-se em Mar del Plata, Argentina, em 25 de outubro de 1938.

Alfred WernerAlfred Werner

Alfred Werner nasceu na cidade alsaciana de Mulhouse, em 12 de dezembro de 1866. Doutorou-se em física na Universidade de Zurique em 1890 com uma pesquisa em parceria com Arthur Rudolf Hantzsch sobre compostos orgânicos nitrogenados, que constituiu importante contribuição para o estudo das relações espaciais entre os átomos que constituem uma molécula. Depois de uma estada em Paris, onde colaborou com Marcellin Berthelot, regressou a Zurique e dedicou-se à docência.

No final do século XIX, o suíço Alfred Werner formulou uma hipótese sobre a estrutura dos compostos que, levemente modificada nas décadas seguintes, foi fundamental para o progresso da química inorgânica moderna e para a compreensão do fenômeno das ligações químicas.

Sua teoria da coordenação, sobre a estrutura dos compostos inorgânicos, permitiu uma classificação simples e ampliou o conceito de isomeria (fenômeno pelo qual substâncias de idêntica composição química apresentam diferentes propriedades físicas). Premiado em 1913 com o Nobel de química, Werner morreu em Zurique, Suíça, em 15 de novembro de 1919.

Jean-Louis-Rodolphe AgassizJean-Louis-Rodolphe Agassiz

Jean-Louis-Rodolphe Agassiz nasceu em Môtier, Suíça, em 28 de maio de  1807. Frequentou as universidades de Zurique, Heidelberg e Munique, doutorando-se em filosofia em Erlangen (1829) e em medicina em Munique (1830). Seu permanente interesse pela ictiologia (ramo da zoologia que trata dos peixes) surgiu quando, ainda estudante, foi indicado por Martius para completar a classificação dos peixes que recolhera em sua viagem com Spix ao Brasil (1817-1820).

A intensa atividade científica de Louis Agassiz, um dos sistematizadores do estudo da história natural nos EUA, desenvolveu-se na zoologia, paleontologia e geologia.

Em 1831, em Paris, conheceu Humboldt e Cuvier, naturalistas que influenciariam sua carreira. De volta a seu país no ano seguinte, foi nomeado professor de história natural em Neuchâtel, onde pesquisou peixes e moluscos fósseis. Posteriormente dedicou-se ao estudo sobre o movimento, a estrutura e a história das geleiras, publicando Études sur les glaciers (1840; Estudos sobre as geleiras). Em 1846, seguiu para os Estados Unidos a fim de pronunciar conferências e, em 1848, aceitou o convite para a cadeira de zoologia da Universidade de Harvard, onde permaneceu. Ali fundou um museu de pesquisa em zoologia, que se tornaria o Museu de  Zoologia Comparada.


Viajou ao Brasil (1865-1866) como chefe de uma expedição para estudar a fauna ictiológica da bacia amazônica, de que resultou A Journey in Brazil (l868; Viagem ao Brasil), valioso relato sobre a vida e os costumes brasileiros da época.

Extraordinário professor, Agassiz costumava dizer que "a natureza é um livro aberto". Morreu em Cambridge, Massachusetts, em 12 de dezembro de 1873.

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