Tanzânia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Tanzânia

Tanzânia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Tanzânia

Tanzânia


Geografia – Área: 939.470 km². Hora local: +6h. Clima: tropical. Capital: Dodoma*. Cidades: Dar es Salaam (1.600.800), Mwanza (300.000), Dodoma (265.800), Tanga (250.000), Zanzibar (200.000) (2018).

População – 42 milhões (2018); nacionalidade: tanzaniana; composição: nianveses e sucumas 26,3%, suaíles 8,8%, haias 5,3%, hehes e benas 5%, outros 54,6%. Idiomas: inglês, suaíle (oficiais), línguas regionais. Religião: cristianismo 50,4% (católicos 24,7%, protestantes 16,5%, outros 13,4% - dupla filiação 4,2%), islamismo 31,8%, crenças tradicionais 16,1%, outras 1,4%, sem religião e ateísmo 0,4%. Moeda: xelim tanzaniano.

Relações Exteriores – Organizações: Banco Mundial, Comunidade Britânica, FMI, OMC, ONU, SADC, UA. Embaixada: 2139, R Street NW, Washington D.C. 20008, EUA; e-mail: balozi@tanzaniaembassy-us.org, site na internet: www.tanzaniaembassy-us.org.

Governo – República presidencialista. Div. administrativa: 25 regiões. Partidos: Revolucionário da Tanzânia (CCM), Frente Cívica Unida (CUF). Legislativo: unicameral – Assembleia Nacional, com 274 membros. O governo pode mudar o número de representantes em cada pleito. Constituição: 1977.

Situada na costa leste da África, a Tanzânia é formada pelo território de Tanganica, no continente, e pela ilha de Zanzibar, no oceano Índico. Em seu território estão os três maiores lagos africanos – Vitória, Tanganica e Malawi – e o ponto mais alto da África, o monte Kilimanjaro, com 5.895 metros de altitude. Ocupada no decorrer da história por árabes, alemães e ingleses, a Tanzânia reúne povos de diversas etnias e religiões. A agricultura emprega 80% da mão-de-obra no país.

TANZÂNIA - ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIAIS DA TANZÂNIA

História da Tanzânia

Bandeira da TanzâniaA ilha de Zanzibar e o litoral de Tanganica são centros de comércio árabe entre o século VII e o XVI, quando caem sob o controle de Portugal. Em 1652, os portugueses são expulsos de Zanzibar pelo sultão de Omã, que, em 1824, transfere sua capital para a ilha. A Alemanha conquista Tanganica em 1884 e a transforma em colônia, com o nome de África Oriental Alemã. Em 1890, o sultanato de Zanzibar passa a ser protetorado da Coroa Britânica. Ao fim da I Guerra Mundial, o território, que fora disputado pela Alemanha, fica sob o controle do Reino Unido.

Independência – Tanganica conquista a independência em 1961, sob a Presidência de Julius Nyerere. O Zanzibar torna-se independente em 1963. Em abril de 1964, Tanganica e Zanzibar unem-se para formar a Tanzânia. No governo Nyerere, a Tanzânia adota o socialismo e aproxima-se da China. No final dos anos 1980, o governo de Ali Hassan Mwinyi abre a economia do país. Nas primeiras eleições multipartidárias, em 1995, Benjamin Mkapa, do oposicionista Partido Revolucionário da Tanzânia (CCM), é eleito presidente. Em 2000, reformas constitucionais são aprovadas no país. Mkapa é reeleito presidente.
Dar es Salaam
 Dar es Salaam

Em 2001 começa a operar a maior mina de ouro no país. A Tanzânia torna-se o terceiro maior produtor africano de ouro – atrás de África do Sul e Gana. O Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2003, aprova um programa de ajuda ao país, para a redução da pobreza, no valor de 27 milhões de dólares. Em março de 2004, Tanzânia, Uganda e Quênia assinam um acordo de união aduaneira, para desenvolver o comércio regional.

Ilha de Zanzibar

Ilha de Zanzibar

Zanzibar ilha na costa da Tanzânia. O nome desta ilha é um bom exemplo da “arabização” da costa da África oriental: o seu nome em kiSwahili é Unguja, mas os árabes chamavam-lhe “Zanj-Bar”, que significa “costa dos Zanj” ou negros. Como este era um porto muito procurado, o lugar passou a ser conhecido na região por este nome arabizado, que mantém até hoje.

Zanzibar é nome dado ao conjunto de duas ilhas do Arquipélago de Zanzibar, ao largo da costa da Tanzânia, na margem leste-africana, de que formam um estado semi-autônomo. As duas ilhas são chamadas Unguja (em swahili) ou Zanzibar e Pemba e estão separadas do continente pelo Canal de Zanzibar.

A capital das ilhas fica em Unguja e tem igualmente o nome de Zanzibar. A parte antiga da cidade chama-se Cidade de Pedra (Stone Town ou Mji Mkongwe, em kiSwahili) e é um sítio tombado como patrimônio da humanidade pela Unesco.

Especiarias
Zanzibar é um grande produtor de especiarias, incluindo o cravinho, a canela e pimenta.

Ilha de ZanzibarHistória de Zanzibar

Zanzibar e Pemba albergaram provavelmente as primeiras povoações muçulmanas da costa da África oriental: em Kizimkazi, na ilha de Zanzibar, há uma inscrição numa parede que afirma que o “Shaikh al-Sayis Abi Amran” ordenou a construção duma mesquita naquele lugar, “no primeiro dia do mês de Dhul-Qada do ano 500” (da Hégira), o que significa o dia 27 de Julho de 1107.

Por essa altura, Zanzibar importava cerâmica do golfo pérsico e rapidamente se tornaria uma base para mercadores árabes. O primeiro europeu a visitar a ilha foi Vasco da Gama, em 1499, acabando os portugueses por estabelecer aí um entreposto comercial e uma missão católica, dominando o território durante dois séculos.

Em 1698, o sultanato de Omã tomou Zanzibar,que se tornou o entreposto comercial do oceano Índico Ocidental, vendendo escravos e marfim no mundo árabe, na Índia e através do Oceano Atlântico. Em 1841, o sultão Said Ibn (1805-1856) mudou a sua corte de Omã para Zanzibar. Em 1873, John Kirk, cônsul britânico entre 1866 e 1887, persuadiu o sultão a pôr fim ao tráfico de escravos. Entre 1890 e 1963, Zanzibar foi um protetorado britânico (exceto no período entre Novembro de 1914 e Setembro de 1918, quando foi ocupado pelos otomanos).

Zanzibar obteve a independência e tornou-se uma monarquia constitucional em 1963, mas o sultão foi deposto numa revolução e o país uniu-se ao Tanganhica em 1964 para formar a Tanzânia. Apesar de fazer parte da Tanzânia, Zanzibar elege o seu próprio presidente, que funciona como chefe do governo da porção insular e uma assembleia denominada "Conselho Revolucionário". O atual presidente, Amani Abeid Karume, é filho do primeiro presidente deste território, o xeque Abeid Amani Karume.

Zanzibar também é o berço do cantor e compositor Freddie Mercury.

Maciço do Kilimanjaro Maciço do Kilimanjaro

O maciço do Kilimanjaro situa-se no nordeste da Tanzânia, perto da fronteira com Quênia. Sua origem é vulcânica e está relacionada ao tectonismo que se manifesta na África oriental, ao longo da Grande Fossa Africana. Possui uma extensão de cerca de oitenta quilômetros na direção leste-oeste e consiste de três vulcões principais extintos. O Kibo, o mais jovem e alto (5.895m), apresenta a forma típica de um vulcão, com cone e cratera, e seu pico é coberto de neve. Os outros dois -- Mawensi (5.353m) e Shira (3.777m) -- foram mais trabalhados pela erosão.

Em plena zona equatorial, um manto de neves eternas cobre o maciço do Kilimanjaro, ponto culminante da África.

No interior da caldeira do Kibo, que alcança profundidade máxima de 298m, forma-se uma depressão em cujo interior um cone de cinzas constitui sinal evidente de atividade vulcânica recente. No norte, os glaciares ocupam uma faixa ligeiramente abaixo do topo, enquanto na vertente sudoeste as geleiras descem até os 4.200m. O Mawensi, bastante trabalhado pela erosão, é cortado por desfiladeiros nas vertentes ocidental e oriental. O degelo das neves alimenta de água os rios Pangani e Tsavo e o lago Jipe.


Xelim TanzanianoO Kilimanjaro apresenta diferentes tipos de vegetação, da base até o topo: cerrados semi-áridos; na vertente sul, uma região bem irrigada e cultivada; floresta densa e úmida; brejo; deserto; e formações de musgos e liquens nas grandes altitudes. Os missionários alemães Johannes Rebmann e Johann Ludwig Krapf chegaram ao maciço em 1848. O alemão Hans Meyer e o austríaco Ludwig Purtscheller escalaram o Kibo em 1889, e o Mawensi foi conquistado, em 1912, pelo alemão Fritz Klute.

Xelim Tanzaniano

O Xelim Tanzaniano (TZS, sigla internacional) é a moeda da Tanzânia desde sua independência em 1964, quando substituiu a moeda colonial inglesa. Cada xelim divide-se em 100 sentis.

Para além do xelim e da moeda inglesa, no século XX a Tanzânia utilizou o marco alemão (“Reichsmark”) no período da Primeira Guerra Mundial e a moeda omanense, antes de 1914. Existem atualmente as moedas de 50 senti, 1, 5, 10, 20, 25, 50 e 100 xelins e as notas de 500, 1000, 5000 e 10000 xelins. Um dólar americano equivale a aproximadamente 1057 xelins tanzanianos, ou seja, a nota com maior valor em circulação no país vale 12,67 dólares americanos ou 8,36 euros, ao câmbio de 20 de Abril de 2013.

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