História da Fotografia - Cronologia

História da Fotografia - Cronologia

História da Fotografia - Cronologia

1515 - O italiano Leonardo da Vinci descreve cientificamente a câmera escura. Precursora das câmeras fotográficas atuais, consiste em uma sala totalmente escura, com um pequeno orifício em uma das paredes através do qual a luz passa, projetando imagens invertidas dos objetos externos na parede oposta à abertura. No final do século XVI, colocam-se lentes no orifício para melhorar a projeção das imagens. Nesse período, a câmera escura era usada pelos pintores para copiar imagens da natureza.

1727 - O professor alemão Johann Heinrich Schulze constata que a luz provoca o escurecimento de sais de prata. Essa descoberta, em conjunto com a câmera escura, fornece a tecnologia básica para o posterior desenvolvimento da fotografia.

1826 - O físico francês Joseph Nicéphore Niépce consegue fixar a primeira imagem fotográfica conhecida, uma paisagem campestre vista da janela de sua casa. Ele coloca uma placa sensibilizada quimicamente dentro de uma câmara escura com orifício para exposição à luz, processo que demora, na época, oito horas.

1835 - O pintor francês Louis Daguerre descobre que placas de cobre cobertas com sais de prata conseguem captar imagens, que podem se tornar visíveis ao ser expostas ao vapor de mercúrio. Isso o leva a desenvolver, em 1939, o daguerreótipo, aparelho capaz de fixar a imagem com um tempo menor de exposição (em geral 30 minutos), o que possibilita realizar fotografias mais rápidas. Cada uma ainda é exemplar único, do qual não é possível fazer cópias.

1839-1840 - O físico britânico William Henry Fox Talbot cria uma base de papel emulsionada com sais de prata que registra uma matriz em negativo a partir da qual é possível fazer cópias positivas. Esse processo, chamado de calótipo e patenteado em 1841, é mais barato do que o de Daguerre, tornando a fotografia mais acessível e mais presente na vida das pessoas. Entre 1844 e 1846, Talbot publica The Pencil of Nature, o primeiro livro ilustrado com fotografias.

1840 - O norte-americano Alexander Wolcott abre o primeiro estúdio fotográfico do mundo em Nova York (EUA), onde realiza pequenos retratos com um daguerreótipo. No ano seguinte, começa a funcionar o primeiro estúdio europeu, em Londres (Reino Unido), dirigido pelo fotógrafo britânico Richard Beard.

1851 - O escultor britânico Frederick Scott Archer desenvolve o processo chamado de colódio úmido, negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução de nitrocelulose com álcool e éter. O fotógrafo tem de sensibilizar a placa imediatamente antes da exposição e revelar a imagem logo depois. Esse processo é 20 vezes mais rápido que os anteriores e os negativos apresentam uma riqueza de detalhes semelhante à do daguerreótipo, com a vantagem de permitir a produção de várias cópias.

1854-1910 - Nesse período se desenvolve o movimento denominado pictorialismo, que se caracteriza por uma tentativa de aproximação da fotografia com a pintura. Para isso, os fotógrafos retocam e pintam as fotos, riscam os negativos ou embaçam as imagens. Também empregam em suas obras composições e assuntos característicos da pintura. Seus temas são, em geral, paisagem, natureza-morta e retrato. Entre os grandes fotógrafos dessa fase está o francês Félix Nadar, o primeiro a realizar fotos aéreas a partir de um balão, em 1858. Apesar do preconceito de alguns pintores em relação à fotografia, vários se baseiam em fotos para pintar, como os franceses Ingres e Delacroix e, posteriormente, muitos impressionistas.

1855 - O britânico Roger Fenton fotografa durante quatro meses a Guerra da Crimeia (1853-1856). Para fazer seu trabalho, transforma uma carruagem puxada por cavalos em quarto escuro, onde revela as chapas. Ao todo, produz 360 fotografias. Realiza assim a primeira grande documentação de uma guerra e dá início ao fotojornalismo.

1861-1865 - O norte-americano Mathew Brady faz a cobertura da Guerra Civil Americana e torna-se um dos primeiros fotojornalistas do mundo.

1871 - O médico britânico Richard Maddox cria as chapas secas de gelatina com sais de prata, em substituição ao colódio úmido. Fabricadas em larga escala a partir de 1878, marcam o início da fotografia moderna. A grande vantagem em relação ao colódio úmido é que os fotógrafos podem comprar as chapas já sensibilizadas quimicamente, em vez de ter de prepará-las antes da exposição.

1878 - O inglês Edward Muybridge reproduz em fotografia o movimento de um cavalo galopando.

1880 - Publicação da primeira fotografia pela imprensa, na capa do jornal Daily Herald, de Nova York (EUA). Mas somente no início do século XX o uso de fotografias nos jornais e revistas torna-se comum.

1882 - O francês Aphonse Bertillon inventa o sistema de identificação de criminosos por meio da ampliação fotográfica das impressões digitais.

1888 - O norte-americano George Eastman desenvolve a primeira câmera portátil, a Kodak, vendida com um filme em rolo de papel suficiente para tirar 100 fotografias. Terminado o rolo, o cliente manda a câmera inteira para a empresa Eastman, que revela o filme e faz as cópias, devolvendo o aparelho com um novo rolo de filme. O lema da Eastman é "Você aperta o botão, nós fazemos o resto". A simplicidade da câmera Kodak é responsável pela popularização da fotografia amadora. No ano seguinte, Eastman substitui o filme de papel por um de plástico transparente à base de nitrocelulose.

1902 - O norte-americano Alfred Stieglitz funda o movimento fotossecessão, no qual a foto passa a ser valorizada como expressão artística própria, diferente das demais artes. Os fotossecessionistas defendem a fotografia sem retoques ou manipulação nos negativos e nas cópias, em reação ao pictorialismo. A fotografia se aproxima do abstracionismo, com ênfase na forma e não no objeto em si. O trabalho dos fotossecessionistas é divulgado pela revista Camera Work, fundada por Stieglitz e publicada entre 1903 e 1917. Edward Steichen, Alvin Langdon Coburn e Paul Strand estão entre os principais nomes do movimento.

1907 - Os franceses Auguste e Louis Lumière introduzem o autochrome, o primeiro processo fotográfico colorido. Consiste de uma placa de vidro coberta com grãos de amido tingidos (que agem como filtros para as cores primárias) e de poeira preta (que bloqueiam a luz não filtrada pelo amido). Sobre essa placa preparada é colocada uma fina camada de emulsão pancromática (sensível a todas as cores), obtendo-se uma transparência colorida positiva.

1908 – A Universidade do Texas, em Austin (EUA), torna-se pioneira no ensino universitário ao criar uma cadeira de fotojornalismo.

1915 - Com o aperfeiçoamento dos processos de impressão, os jornais diários começam a utilizar a fotografia com mais freqüência para ilustrar as reportagens, em substituição ao desenho. A presença de fotos na imprensa firma-se com os jornais Daily Mirror, de Londres (Reino Unido), e Ilustrated Daily News, de Nova York (EUA).

1919-1938 - Ao final da I Guerra Mundial, a fotografia liga-se a movimentos artísticos de vanguarda, como o cubismo e o surrealismo. Fotógrafos como o norte-americano Man Ray e o húngaro László Moholy-Nagy trabalham em estreita ligação com pintores e outros artistas. As técnicas de fotomontagem (manipulação de negativos) e fotograma (imagem direta sobre o papel fotográfico, sem o uso do negativo e da câmera) são amplamente usadas.

1923 - O norte-americano Edward Weston introduz a fotografia pura, sem retoques ou manipulações. Ele adota o uso mais realista e direto da câmera, com certa ênfase na forma abstrata, porém sem impedir a identificação do objeto fotografado.

1925 - Na Alemanha surge um estilo realista conhecido como Nova Objetividade, que propõe uma fotografia puramente objetiva, em oposição ao pictorialismo. Seu maior representante é Albert Renger-Patzsch, autor de fotografias que se caracterizam por linhas fortes, documentação factual e grande realismo. Outro expoente do movimento é August Sander.

1925 - A empresa alemã Leitz começa a comercializar a primeira câmera fotográfica 35 mm, a Leica, inventada pelo engenheiro Oskar Barnack. Ela dá um grande impulso ao fotojornalismo por ser silenciosa, rápida, portátil e por ter disponíveis diversos tipos de lente e acessórios.

1928-1929 - O fotojornalismo desenvolve-se na Alemanha nas revistas Berliner Illustrierte e Münchener Illustrierte Presse. Os principais nomes dessa época são o alemão Erich Salomon e o britânico Felix Man.

1929 - As fotografias começam a ocupar grande espaço na publicidade, considerada um dos principais processos de criação artística nesse período. Vários profissionais importantes na época, como Cecil Beaton, Man Ray, Moholy-Nagy e Edward Steichen, fazem fotografias publicitárias paralelamente a seu trabalho artístico pessoal.

1932 - O francês Henri Cartier-Bresson começa sua carreira como fotojornalista, desenvolvendo um estilo definido por ele como a busca pelo "momento decisivo", isto é, pelo instante fugaz em que uma imagem se forma completamente em frente à câmera. Por isso, não realiza nenhum tipo de retoque ou manipulação das imagens. Cartier-Bresson torna-se o mais influente fotojornalista de sua época. Entre os seguidores de seu estilo estão Robert Doisneau, Willy Ronis e Edouard Boubat. Ainda em 1932, ocorre a fundação do grupo f64, nos Estados Unidos (EUA), pelos fotógrafos Ansel Adams, Edward Weston e seu filho Brett, Willard Van Dyke, Imogen Cunningham e Sonia Noskowiak. O nome refere-se à mínima abertura das lentes (diafragma), que permite a máxima profundidade de campo com o máximo de nitidez, a principal proposta do grupo.

1933 - O norte-americano Harold Edgerton desenvolve o flash eletrônico.

1935 - Os norte-americanos Leopold Godowsky Jr. e Leopold Mannes inventam o filme Kodachrome, que permite a obtenção de transparências (slides) coloridas com grande riqueza de detalhes e de tons, próprias para reprodução ou projeção.

1935-1943 - A Farm Security Administration, entidade criada pelo presidente norte-americano Franklin Roosevelt para estudar e diminuir os problemas da população rural dos Estados Unidos (EUA) durante a Grande Depressão, recorre à fotografia para registrar suas atividades, o que dá impulso à fotografia documental e de denúncia social. Destacam-se os trabalhos dos fotógrafos Walker Evans, Dorothea Lange, Margareth Bourke-White, Ben Shahn, Arthur Rothstein e Gordon Parks.

1936 - O norte-americano Henry Luce, um dos criadores da revista Time, funda a revista Life, nos Estados Unidos (EUA), com o objetivo de substituir a fotografia acidental, improvisada, por uma edição de fotografia planejada. Os fotógrafos a serviço da revista, um marco da fotorreportagem mundial, são pautados para cada matéria e encorajados a produzir uma grande quantidade de imagens para dar mais opções de escolha aos editores. Vários dos principais nomes do fotojornalismo mundial trabalham para a Life, entre eles Robert Capa, que faz a cobertura de guerras em todo o mundo, durante vinte anos, até morrer no Vietnã, ao pisar em uma mina terrestre. Entre suas fotos mais famosas estão Morte de um Soldado Legalista (soldado sendo alvejado na Guerra Civil Espanhola, entre 1936 e 1939) e a série de imagens feitas durante o desembarque das tropas aliadas na Normandia, em 1944, durante a II Guerra Mundial.

1942 - A Kodak introduz o filme Kodacolor, negativo colorido que permite a confecção de cópias em cores. Em 20 anos, o Kodacolor torna-se o filme mais popular entre os fotógrafos amadores. A empresa alemã Agfa, que havia desenvolvido o processo negativo-positivo colorido Agfacolor em 1936, começa a comercializá-lo apenas em 1949, devido à eclosão da II Guerra Mundial.

1945 - A empresa austríaca Voigtländer desenvolve as lentes zoom, que permitem fotografar objetos situados a grande distância da câmera.

1947 - Os fotógrafos Robert Capa, Daniel Seymour, Henri Cartier-Bresson e George Rodger fundam nos Estados Unidos (EUA) a agência cooperativa Magnum. Nela trabalham os principais nomes do fotojornalismo mundial, entre eles o norte-americano Eugene Smith, o suíço Werner Bischof e o brasileiro Sebastião Salgado.

1948 - O norte-americano Edwin Land desenvolve a câmera Polaroid, que tira fotos instantâneas em preto-e-branco.

Década de 50 - Após a II Guerra Mundial, uma corrente da fotografia volta a passar por uma fase abstracionista e deixa de ter o compromisso de registrar a realidade. Adota-se o uso expressivo e emocional das imagens. Nessa linha se destaca o trabalho do norte-americano Minor White. Para ele, a fotografia deve ser transformada para que o espectador perceba a mensagem interior da imagem, não visível na superfície. Outros representantes dessa corrente são Aaron Siskind, Harry Callaham e Bill Brandt. No fotojornalismo, a cobertura fotográfica dos acontecimentos no pós-guerra ganha fôlego com as revistas Time e Newsweek, nos Estados Unidos (EUA); Paris Match, na França; e Der Spiegel e Stern, na Alemanha.

1955 - O fotógrafo norte-americano Edward Steichen organiza no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) a exposição The Family of Man, uma seleção de cerca de 500 fotos tiradas em 68 países que registram todas as fases da vida humana, do nascimento à morte. A exposição, que teve grande repercussão mundial e se tornou um marco da fotografia documental, é levada a vários países e dá origem a um livro com diversas edições.

1959 - Lançamento do livro The Americans, do fotógrafo norte-americano Robert Frank, registro fotográfico da viagem que fez pelos EUA com o poeta beat Jack Kerouac. Frank rompe com a tradição da fotografia documental, imparcial e distante, dando às suas imagens um caráter subjetivo.

Década de 60 - Nesse período se desenvolve um grande intercâmbio entre o trabalho de fotógrafos e artistas plásticos. Muitos fotógrafos usam técnicas manuais de manipulação de imagens, como retoques e pinturas de negativos e de cópias. Os pintores, por sua vez, imitam a visão fotográfica (figurativa) e introduzem fotos em suas obras, por meio de colagem ou reprodução em silkscreen, como ocorre na pop art, nos trabalhos dos norte-americanos Andy Warhol e James Rosenquist. A fotografia também é bastante utilizada pela arte conceitual, como meio para a expressão de um conceito.

1962 - Os norte-americanos Emmett Leith e Juris Upatnieks e o soviético Yuri Denisyuk desenvolvem simultaneamente a holografia, fotografia em três dimensões obtida por meio da exposição de um filme ou chapa à luz de raio laser refletida em um objeto.

Década de 70 - As fotografias ganham maior importância como obras de arte. Começam a ser produzidas com mais freqüência em formato de livro, são exibidas em galerias e museus e compradas por colecionadores. A fotografia passa também a ser objeto de estudo acadêmico, como arte que deve ser compreendida e estudada, a exemplo das demais manifestações artísticas (pintura, música, literatura, entre outras). A fotografia documental continua a ser desenvolvida, apesar de ter perdido espaço para a televisão e o cinema. Aumenta o uso da cor, em especial na fotografia de moda e de publicidade.

Década de 80 - Nesse período, é reforçada a visão da fotografia como obra capaz de transmitir informação e prazer, mas também como meio de comunicar mensagens políticas e sociais. Cresce a importância da imagem fotográfica como instrumento da publicidade. Um dos principais nomes da fotografia publicitária é o italiano Oliviero Toscani, que causa polêmica com as campanhas para a grife Benetton, iniciadas em 1982, ao tratar de questões como violência e racismo em seus trabalhos. Técnicas antigas de reprodução voltam a ser utilizadas para a produção de imagens mais elaboradas e verifica-se uma tendência a reduzir o número de cópias de uma fotografia.

1981 - O brasileiro Sebastião Salgado torna-se mundialmente conhecido ao ser o único fotógrafo a registrar a tentativa de assassinato do presidente norte-americano Ronald Reagan. Representante da fotografia documental, Salgado se destaca nos anos 80 e 90 por suas grandes fotorreportagens de denúncia social, publicadas em livros como Sahel: l'Homme en Détresse (1986), Trabalhadores (1993) e Terra (1997).

Década de 90 - Intensifica-se o uso das câmeras digitais, principalmente no fotojornalismo e na publicidade. Nessas câmeras, o filme é substituído por um disco ou cartão de memória no qual as imagens são armazenadas digitalmente. Elas podem, assim, ser transmitidas por meio de linha telefônica para um computador em qualquer lugar do mundo de forma extremamente rápida, já que o processo digital elimina a necessidade de revelação e ampliação.

1993 - Glass Tears, de Man Ray, torna-se a fotografia mais cara do mundo, ao ser vendida por 65 mil dólares.

1997 - A Maison Européenne de la Photographie (França) realiza a exposição Des Européens, que apresenta 20 fotos inéditas de Henri Cartier-Bresson. A mostra reúne ainda outras 160 imagens realizadas pelo fotógrafo francês entre os anos 30 e 70.

2000 - Sebastião Salgado expõe seu trabalho mais recente, Êxodos, em diversas cidades do mundo, como Nova York, Paris, São Paulo, Barcelona, Lisboa, Roma, Madri, Londres e Berlim. O acervo reúne 350 fotos, além de textos de sua autoria. Êxodos é uma continuação do projeto anterior, Trabalhadores, e procura mostrar o drama da migração humana provocada por guerras, pobreza ou questões religiosas e políticas. O trabalho é realizado durante mais de sete anos, em 47 países.

Os funcionários da agência Sygma, em Paris (França), entram em greve, em protesto contra a decisão dos proprietários de reformular os contratos dos fotógrafos, que se tornariam os únicos responsáveis por seus gastos em viagens de trabalho, trabalhando a partir de então em regime de free-lance.

2001 - A exposição "Shifting Tides: Cuban Photography After the Revolution", na Grey Art Gallery da New York University, obtém grande repercussão por reunir três gerações de fotógrafos cubanos. Profissionais como José A. Figueora, Rogelio López Marín (Gory) e José Manuela Fors apresentam mais de 100 fotografias que retratam cidadãos comuns na Cuba de hoje e imagens da Revolução Cubana. No mesmo ano, o fotógrafo norte-americano Richard Drew, da agência Associated Press, tira 215 fotografias nas proximidades do World Trade Center logo após o atentado terrorista de 11 de setembro em Nova York (EUA); uma delas, que registra o salto suicida de um homem não identificado, é publicada em todo o mundo, recebe um prêmio da World Press Photo e provoca debate sobre os limites éticos da publicação de fotos de tragédias.

2002 - Montreal e Toronto (Canadá) sediam, em 2002, a exposição anual da World Press Photo, o maior evento fotográfico do mundo, criado em 1955. Foram inscritas cerca de 49 mil fotos, de 4.171 fotógrafos de 123 países. Pela primeira vez, mais da metade foi tirada em suporte digital. Boa parte das cerca de 200 fotos selecionadas trata em alguma medida dos atentados terroristas de 11 de setembro e de suas conseqüências. A exposição percorre outros 35 países. No mesmo ano, o Museu de Arte de Cincinnati exibe uma retrospectiva de Weegee, pseudônimo do norte-americano Arthur Fellig (1899-1968), lendário fotógrafo de crimes que se tornou um dos mais influentes profissionais do fotojornalismo ao trabalhar durante a primeira metade do século XX na cobertura policial e humana de Nova York (EUA). A Andrea Rosen Gallery de Nova York (EUA) e Galerie du Jour de Paris (França) expõem a obra do norte-americano Ryan McGinley, jovem formado pela Parson’s School of Design de Nova York e saudado como um dos principais fenômenos da fotografia nos últimos anos. A matéria-prima das fotos é seu próprio cotidiano.

2003 - O trabalho do fotógrafo francês de 94 anos, Henri Cartier-Bresson, referência mundial em fotografia, é apresentado em retrospectiva na Biblioteca Nacional da França, em Paris. Na mostra, o fotógrafo, que não gosta de se expor, apresenta retratos seus. Além da retrospectiva, Cartier-Bresson ganha uma fundação, com o objetivo de promover os trabalhos de outros fotógrafos e as criações de pintores, escultores, desenhistas, cineastas e arquitetos. Além disso, lança o Prêmio Internacional Henri Cartier-Bresson, no valor de 30 mil euros, a ser concedido a cada dois anos como forma de incentivo à criação na área de fotografia. A Galeria Henri Cartier-Bresson abre as portas com uma mostra de 90 fotos de fotógrafos de todo o mundo escolhidas por ele. O brasileiro Sebastião Salgado está no grupo, com uma foto de Serra Pelada. A primeira foto da história, intitulada "Vista da Janela em Le Gras", é exibida em Austin, nos Estados Unidos. A foto foi feita da janela de uma fazenda na França, em 1826, por Joseph Nicephore Niepce. A galeria Whitechapel, em Londres, expõe duas séries do fotógrafo norte-americano Philip-Lorca diCorcia: "A Storybook Life", que reúne 70 imagens feitas ao longo de duas décadas e "Two Hours", que reúne fotos tiradas de um mesmo ponto de vista, numa esquina de Havana, ao longo de duas horas, sem o conhecimento prévio das pessoas fotografadas. A iluminação torna essas cenas tão artificiais quanto retratos posados, embora sua matéria-prima seja o imprevisto e o acaso.

2004 – Em Houston, a FotoFest 2004 confirma sua importância entre os eventos do gênero com o tema Os desafios e os problemas com a água no novo milênio. Em Londres, a Hayward Gallery expõe uma longa retrospectiva com obras do francês Jacques Henri Lartigue (1894-1986). O Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) surpreende com uma mostra de fotografias de moda – Fashioning Fiction in Photography since 1990 –, em que o trabalho artístico e comercial se cruzam. Em novembro, é organizado o primeiro Mês Europeu da Fotografia. Em Paris, Berlim e Viena, vários museus, galerias e salas abrigam diversas exposições simultâneas que vão das origens da fotografia à produção contemporânea. Pierre Verger e Mario Cravo Neto são contemplados em Berlim.



FOTOGRAFIA NO BRASIL

1832 – O francês Hércules Florence, residente na cidade de Campinas (SP), realiza as primeiras imagens fotográficas no país. Cientista e desenhista, participou da expedição Langsdorff, que percorre os estados de São Paulo, Mato Grosso e Grão-Pará. Desde então, empenhou-se em buscar o registro de imagens. Embora não conhecesse o trabalho de Nicéphore Niépce (1765-1833), que fixou a primeira fotografia em 1826, Hercules Florence pesquisa a gravação de imagens pela ação da luz. O processo desenvolvido por ele baseia-se no mesmo princípio estabelecido pelo inglês William Henri Fox Talbot: a reprodutibilidade das chapas (negativo/positivo), fundamento da fotografia até hoje. Ele se refere ao processo pelo nome de photographie seis anos antes do britânico John Herschel, considerado o primeiro a fazer menção à palavra.

1840 – O abade francês Louis Compte, de passagem pelo Rio de Janeiro, realiza três daguerreótipos (imagens obtidas com um aparelho capaz de fixá-las em placas de cobre cobertas com sais de prata). É a primeira demonstração do funcionamento do processo no Brasil e na América Latina. No mesmo ano, o fotógrafo Augustus Morand produz as primeiras fotos da família real brasileira e do Palácio São Cristóvão.

O imperador Pedro II compra uma câmera de daguerreótipo e começa a produzir imagens, tornando-se o primeiro brasileiro nato a dedicar-se à fotografia.

1851 – Dom Pedro II atribui o título de "Photographo da Casa Imperial" aos retratistas Buvelot e Prat. É a primeira vez que um soberano concede uma honraria a um fotógrafo. Posteriormente, o imperador brasileiro outorga o título a mais 21 profissionais da época.

1853 – Começa a funcionar no Rio de Janeiro a primeira oficina de calótipo do país, dirigida por C. Guimet. Esse processo permite que se obtenha cópias das fotografias.

1860-1900 – Imigrantes europeus trazem as novas tecnologias fotográficas ao país, como o colódio úmido (negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução química). Proliferam estúdios de retratistas nas principais cidades brasileiras. O alemão Alberto Henschel abre escritórios no Recife, em Salvador, no Rio e em São Paulo e transforma-se no primeiro grande empresário da fotografia brasileira. Nessa época também se destacam Walter Hunnewell, que faz a primeira documentação fotográfica da Amazônia, Marc Ferrez, que produz imagens panorâmicas de paisagens brasileiras, e Militão Azevedo, o primeiro a retratar sistematicamente a transformação urbana da cidade de São Paulo.

1861 – O francês Victor Frond lança o álbum Brazil Pittoresco, o primeiro livro de fotografia do Brasil e da América Latina.

1900 – São publicadas as primeiras fotos da imprensa brasileira na Revista da Semana. Nos anos seguintes, outros jornais e revistas intensificam o uso de fotografias, entre eles O Malho, Kosmos, A Vida Moderna, Fon-Fon, Careta e Paratodos.

1901 – O fotógrafo Castro Moura introduz no país o cartão-postal.

1904 – Valério Vieira realiza pesquisas de montagens fotográficas com vários negativos desde o início do século XX. Seu auto-retrato Os 30 Valérios recebe medalha de prata na Feira Internacional de Saint Louis (EUA). Em 1922, Vieira ganha medalha de ouro na mesma feira pela maior impressão fotográfica do mundo, uma panorâmica da cidade de São Paulo de 16 m x 1,4 m.

1911 – Primeiro fotógrafo oficial da prefeitura do Rio de Janeiro, Augusto Malta registra cenas do Carnaval carioca, dando início ao fotojornalismo.

1928 – O engenheiro químico Conrado Wessel funda, em São Paulo, a primeira fábrica de papel fotográfico da América Latina. Posteriormente, ela é comprada pela Eastman Kodak, quando a empresa norte-americana se instala no Brasil. A atividade de Wessel contribui para a difusão da fotografia no país entre as décadas de 30 e 50.

1935 – Fundação da Revista São Paulo, publicação com projeto gráfico arrojado, que valoriza o fotojornalismo e a fotomontagem, na qual se destacam o trabalho de Benedito Junqueira Duarte e de Theodor Preissing.

1939 – Fotógrafos de origem alemã imigram para o Brasil trazendo influências do movimento Bauhaus, como a ênfase nas formas e no grafismo e o uso de recursos como ampliação, montagem, dupla exposição e solarização, entre outros. Destacam-se os trabalhos de Hildegard Rosenthal, Hans Gunter Flieg, Fredi Kleeman e Alice Brill.

Década de 40 – Auge do fotoclubismo, movimento que reunia profissionais de diferentes áreas interessados na prática da fotografia como uma forma de expressão artística. Os primeiros fotoclubes surgem no início do século XX, mas é a partir dos anos 30 que passam a ter papel de destaque na formação e no aperfeiçoamento técnico dos fotógrafos brasileiros. Os principais são o Photo Club Brasileiro, fundado no Rio de Janeiro em 1923, e o Foto Cine Clube Bandeirante, criado em São Paulo em 1939, cuja atuação é fundamental para o desenvolvimento da fotografia de autor no país. Entre os expoentes do fotoclubismo estão Thomas Farkas, José Oiticica Filho, Eduardo Salvatore, Chico Albuquerque, José Yalenti, Grigóri Varchávchik, Hermínia de Mello Nogueira Borges, Geraldo de Barros e Gaspar Gasparian.

1946 – Geraldo de Barros e José Oiticica Filho impulsionam a fotografia de autor, que deixa de se preocupar com o retrato da realidade e busca novas formas de expressão artística. Eles rompem com a tradição pictorialista predominante até os anos 40 e disseminada pelos fotoclubes.

1947 – Lançamento da revista Iris, a mais antiga publicação brasileira especializada em fotografia ainda em circulação.

1948 – O fotógrafo Chico Albuquerque faz a primeira campanha publicitária fotográfica no país.

1948-1950 – O Museu de Arte de São Paulo (Masp) realiza as primeiras exposições de fotografia em museus brasileiros, com os trabalhos de Thomas Farkas (1948) e de Geraldo de Barros (1950). Nesse período, os dois criam no Masp um laboratório fotográfico e um programa de cursos de fotografia, que contribuem para a formação de diversos profissionais nos anos seguintes.

Década de 50 – A revista O Cruzeiro e o Jornal do Brasil dão grande impulso ao fotojornalismo brasileiro ao destinar um espaço destacado nas reportagens para as fotografias, até então usadas como acessórios do texto. Entre os principais nomes desse período estão Jean Manzon (que forma dupla histórica com o repórter David Nasser), Luiz Carlos Barreto (que mais tarde se tornaria diretor de fotografia e produtor de cinema), Indalécio Wanderley, Ed Keffel, Luciano Carneiro, José Medeiros, Peter Scheier, Flávio Damm e Marcel Gautherot.

1952 – Lançamento da revista Manchete, que procura estabelecer uma narrativa visual independente do texto em suas reportagens.

Década de 60 – Período de auge da fotorreportagem no país, com o surgimento das revistas Realidade (1966) e Veja (1968) e do Jornal da Tarde (1966). Profissionais como Maureen Bisilliat, David Drew Zingg, Claudia Andujar, Luigi Mamprin, George Love e Walter Firmo fazem imagens informativas e de grande qualidade estética. Destaca-se ainda o trabalho de Luís Humberto, que consegue realizar fotos irônicas sobre a situação do Brasil sob regime militar apesar do controle da censura.

1965 – A Fundação Bienal de São Paulo introduz a fotografia em suas exposições oficiais.

Década de 70 – Surgem inúmeras oficinas e escolas de fotografia no país, como a Enfoco e a Imagem e Ação, em São Paulo, que impulsionam a fotografia de autor. A falta de lugares especializados para exposições leva à criação de diversas galerias (como a Fotóptica e a Álbum) e ao aparecimento de grupos como o Photogaleria, com atuação no Rio de Janeiro e em São Paulo, que busca inserir a fotografia no mercado de arte do país.

1970-1975 – Claudia Andujar e George Love desenvolvem o workshop de fotografia no Museu de Arte de São Paulo (Masp), que influencia a produção de dezenas de fotógrafos paulistas nas décadas seguintes.

1976 – O historiador brasileiro Boris Kossoy divulga publicamente as experiências de Hércules Florence no III Simpósio Internacional de Fotografia da Photographic Historical Society of Rochester (EUA), comprovando seu pioneirismo .

1979 – Criação do Instituto Nacional de Fotografia da Funarte (Fundação Nacional de Arte), órgão do Ministério da Cultura. A iniciativa marca o começo de uma política oficial para a área, o que possibilita o mapeamento da produção fotográfica da época.

Década de 80 – A imprensa intensifica o uso de fotos com a introdução do sistema digital de transmissão de imagens, que permite o envio através da linha telefônica. A fotografia brasileira torna-se conhecida no exterior por meio da participação em exposições internacionais e da publicação do trabalho de fotógrafos brasileiros em revistas estrangeiras. Entre os principais nomes do período estão Sebastião Salgado, Cristiano Mascaro, Miguel Rio Branco, Luiz Carlos Felizardo, Hugo Denizart, Cláudio Edinger, Mario Cravo Neto, Arnaldo Pappalardo, Kenji Ota e Marcos Santilli.

1981 – Sebastião Salgado é o único profissional a documentar a tentativa de assassinato do presidente norte-americano Ronald Reagan, o que lhe dá grande destaque internacional. Radicado na França, Salgado é reconhecido mundialmente como um dos mestres da fotografia documental contemporânea. Nos anos 80 e 90 publica grandes fotorreportagens de denúncia social, em livros como Sahel: l’Homme en Détresse (1986), Trabalhadores (1993) e Terra (1997).

Década de 90 – A fotografia deixa de ser utilizada apenas como imagem bidimensional e objetiva e passa a fazer parte de instalações, representando elementos abstratos, como sensações, sentimentos e emoções. São seguidores dessa linha Rosângela Rennó, Eustáquio Neves, Rubens Mano e Cássio Vasconcellos. Na fotografia documental, destacam-se os trabalhos de Luiz Braga, Elza Lima, Tiago Santana, Gal Oppido, Ed Viggiani e Eduardo Simões, entre outros.

1996 – O Centro de Comunicações e Artes do Senac de São Paulo inicia acordo de cooperação internacional com o Rochester Institute of Technology, nos Estados Unidos, o que permite um intercâmbio maior entre fotógrafos dos dois países.

É realizada a 1ª Bienal Internacional de Fotografia de Curitiba (PR), o único evento do gênero no Brasil, com 31 exposições, 17 workshops e seis conferências. Outras duas edições seriam realizadas em 1998 e 2000.

1997 – O Instituto Cultural Itaú inaugura o setor Fotografia no Brasil no Banco de Dados Culturais/Informatizado. O banco fornece, além de nomes de profissionais brasileiros ou estrangeiros que trabalham no país, textos sobre técnicas fotográficas, críticas de exposições e fotografias digitalizadas dos mais diversos temas.

1998 – É inaugurado, na programação da 2ª Bienal Internacional de Fotografia, o Museu da Fotografia Cidade de Curitiba, primeiro do gênero no país e na América do Sul, com acervo inicial de cerca de 3 mil obras que traçam um painel da fotografia no Brasil.

1999 – O Senac de São Paulo dá início ao primeiro curso superior de fotografia do Brasil.

2000 - Sebastião Salgado lança o projeto Êxodos, que reúne 350 fotos, em preto-e-branco, cujo tema é o drama da migração provocada por guerra, pobreza, questões políticas ou religiosas. O trabalho, realizado no decorrer de mais de sete anos, em 47 países, é apresentado em forma de álbum e de uma exposição, que percorre várias cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. O projeto tem uma sequência intitulada Retratos de Crianças do Êxodo com 83 fotografias de menores refugiados. Pedro Martinelli expõe 50 fotos em preto-e-branco de seu novo trabalho, Amazônia – O Povo das Águas, e lança livro de mesmo nome no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo (SP). O fotógrafo, que permaneceu na Amazônia por seis anos e registrou cerca de 35 mil imagens, enfatiza as questões ecológicas e sociais da região.

2001 - o Senac de São Paulo faz uma retrospectiva do trabalho de Cristiano Mascaro. As fotografias são em preto-e-branco e uma boa parte das imagens é de São Paulo.

2002 - O Prêmio Cultural Sérgio Motta realiza em São Paulo o Fórum "Fomento e deslocamento na produção de arte e novas mídias", com o objetivo de debater a fotografia contemporânea no Brasil e no mundo. Participam fotógrafos e artistas multimídia de projeção internacional, como Rosângela Rennó e Lucas Bambozzi. A fotógrafa Claudia Jaguaribe lança no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, exposição com as fotos do livro Aeroportos. A obra registra, segunda a autora, cenários de "uma existência marcada pela transitoriedade, pela fragilidade dos relacionamentos anônimos e pela total dependência da tecnologia". Aeroportos refletiriam "uma sociedade que, à medida que avança tecnologicamente, menos liberdade tem, mas, por outro lado, cria mais possibilidades de combinações de acesso e interação".

A Fundação Pierre Verger realiza exposições e debates, em diversas cidades do país, em homenagem ao centenário de nascimento do fotógrafo e etnógrafo francês Pierre Fatumbi Verger (1902-1996), pesquisador radicado no Brasil desde 1946 e que se dedicou à tradição afro-brasileira.

2003 – Walter Carvalho, um dos mais renomados diretores de fotografia do cinema brasileiro, expõe seus trabalhos de fotografia no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro. A exposição reúne 70 fotos, feitas nos últimos 30 anos e raramente mostradas ao público. Duas vertentes da fotografia contemporânea também ganham espaço no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio: a mineira Rosângela Rennó e o baiano Mario Cravo Neto. A exposição de Rennó, participante da Bienal de Veneza de 2003, é a maior mostra já realizada pela fotógrafa no país e inclui a série "Corpo da Alma", com fotos retiradas de jornal. A mostra de Mario Cravo Neto é baseada em trabalho de cinco anos em cerimônias do candomblé e apresenta registros coloridos desses rituais mesclados a outras imagens.

O Centro da Cultura Judaica, em São Paulo, exibe a mostra "Thomaz Farkas: 60 Anos de Fotografia". As 50 imagens escolhidas por Farkas para a mostra foram, na maioria, realizadas entre os anos 40 e 50 nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Pedro Martinelli lança o livro Mulheres da Amazônia, terceiro volume do fotógrafo sobre a região. Seu trabalho de documentação sobre o modo de vida das populações amazônicas começou em 1971. O ano também é marcado pela inauguração de novos espaços voltados exclusivamente para a fotografia. Em São Paulo são inauguradas a Vila Fotosite e a Galeria Casa 9. Em Salvador, a Galeria do Olhar, e em Belo Horizonte, a Primeira Fotogaleria.

2004 – Dois brasileiros reúnem em livros produções diversas daquelas que os fazem conhecidos. Bob Wolfenson – retratista de celebridades – publica Antifachadas, livro em que registra edifícios degradados de São Paulo. Araquém Alcântara – o mais importante fotógrafo das paisagens naturais brasileiras – lança Brasileiros, resultado de 30 anos de viagens pelo país em que retrata as várias etnias e expressões culturais das regiões do país. A FotoArte 2004 – Brasília: Capital da Fotografia exibe, entre os vários brasileiros, Cássio Vasconcellos, José Bassit e Rosângela Renó.

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