Eslováquia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Eslováquia

Eslováquia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Eslováquia


Geografia: Área: 49.036 km². Hora local: +4h. Clima: temperado continental. Capital: Bratislava. Cidades: Bratislava (428.094), Kosice (236.036), Presov (92.720), Nitra (87.308), Zilina (85.384), Banská Bystrica (82.961).

População: 5,4 milhões; nacionalidade: eslovaca; composição: eslovacos 86%, húngaros 11%, ciganos 2%, outros 1%. Idiomas: eslovaco (oficial), húngaro, tcheco, línguas regionais. Religião: cristianismo 85,6% (católicos 67,9%, protestantes 11,1%, outros 6,5%), sem religião 10,6%, ateísmo 3,7%, judaísmo 0,1%.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OCDE, OMC, ONU, Otan, UE. Embaixada: Tel. (61) 443-1263, fax (61) 443-1267 – Brasília (DF); e-mail: eslovaca@loreno.net.

Governo: República parlamentarista. Div. administrativa: 8 regiões. Partidos: do Povo – Movimento pela Eslováquia Democrática (HZDS), União Democrata Cristã da Eslováquia (SDKU), Direção – Terceira Via (Smer), da Coalizão Húngara (SMK), Movimento pela Democracia (HZD), do Entendimento Cívico (SOP). Legislativo: unicameral – Conselho Nacional da República Eslovaca, com 150 membros. Constituição: 1993.

A Eslováquia abrange a porção oriental e menos desenvolvida da antiga Tchecoslováquia, dividida pacificamente no início dos anos 1990. Os montes Cárpatos ocupam a maior parte do território, formando uma barreira natural entre as planícies da Polônia, ao norte, e as da Hungria, ao sul. O pico mais alto, Gerlachovsky (2.655 metros), fica na cadeia dos Altos Tatras. No sudoeste, as terras férteis do vale do rio Danúbio são usadas para o cultivo de cereais e tubérculos. Os investimentos estrangeiros e um amplo programa de privatizações têm possibilitado o crescimento econômico, mas as medidas de austeridade elevaram o desemprego, que em 2003 atinge mais de 17% dos trabalhadores.
ESLOVÁQUIA, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DA ESLOVÁQUIA

História da Eslováquia

Bandeira da EslováquiaOs eslovacos chegam à região no século VII, deslocando antigos habitantes celtas. No século IX, a Eslováquia passa a integrar o Império da Grande Morávia, que incluía partes da Polônia, da Hungria e da atual República Tcheca. Com o fim do Império Morávio, no século X, os eslovacos são subjugados pelos húngaros. Em 1526 se tornam súditos da dinastia austríaca dos Habsburgo, que ascende ao trono da Hungria.

Nazismo - Depois da I Guerra Mundial, a Eslováquia separa-se da Hungria e se junta à Boêmia e à Morávia (regiões tchecas) para formar a Tchecoslováquia. Os eslovacos são submetidos pelos tchecos e iniciam resistência nacionalista. Em 1938, a Alemanha anexa as áreas da Tchecoslováquia de população germânica (os Sudetos). Os nacionalistas eslovacos proclamam um governo autônomo, com sede em Bratislava. Em 1939, a Eslováquia forma uma nação separada, sob a tutela alemã e com governo pró-nazista chefiado pelo bispo católico Josef Tiso.

Comunistas no poder - Em 1945, com a derrota nazista na II Guerra Mundial, tropas soviéticas ocupam a Eslováquia e liquidam o regime de Tiso. Eslovacos e tchecos recriam a Tchecoslováquia em bases de igualdade entre os dois povos. Mas, com a tomada do poder pelos comunistas, em 1948, a Eslováquia é submetida novamente a um governo centralizado sob hegemonia tcheca. As reivindicações de autonomia voltam à tona em 1967 e 1968, com as reformas democratizantes do dirigente Alexander Dubcek, um eslovaco. Esse período fica conhecido como Primavera de Praga. A invasão soviética de 1968 põe fim à experiência de socialismo e democracia na região.

Bratislava, Capital da Eslováquia
Bratislava, Capital da Eslováquia
Divisão da Tchecoslováquia - Com o enfraquecimento da União Soviética (URSS), tchecos e eslovacos derrubam sem violência, na chamada Revolução de Veludo, o regime autoritário e estabelecem em 1989 um Estado democrático. Em 1992 são acertados os termos da dissolução da Tchecoslováquia, que ocorre sem traumas no início de 1993. O período posterior é marcado pela rivalidade entre o presidente Michal Kovác e o primeiro-ministro Vladimir Méciar, contrário às reformas econômicas pró-capitalistas e defensor de uma política nacionalista.

Minoria húngara - Em 1995, 600 mil húngaros residentes na Eslováquia (onde há também importante minoria cigana) protestam contra lei que torna o eslovaco a única língua oficial. Nas eleições legislativas de 1998, a Coalizão Democrática Eslovaca (SDK), de centro-direita, derrota a coligação governista conduzida pelo Movimento pela Eslováquia Democrática (HZDS), de Vladimir Méciar. O líder da SDK, Mikulas Dzurinda, é eleito primeiro-ministro e assume interinamente a Presidência. Em 1999 ocorrem as primeiras eleições presidenciais diretas no país. Vence Rudolf Schuster, do Partido do Entendimento Cívico (SOP), integrante da coalizão governamental. O Parlamento aprova o uso oficial do húngaro em regiões onde a minoria étnica constitua mais de 20% da população. Em 2000, o primeiro-ministro Dzurinda forma novo partido, a União Democrata Cristã da Eslováquia (SDKU). No mesmo ano, o ex-premiê Méciar é preso, acusado de abuso de poder e corrupção. As acusações são retiradas em 2001.

Ampla reforma da Constituição é aprovada em 2001, com o objetivo de assegurar o ingresso na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e na União Europeia (UE). Em 2002, integrantes do HZDS descontentes com Méciar formam o Movimento pela Democracia (HZD). Nas eleições parlamentares desse ano, nenhum partido obtém maioria absoluta. Os mais votados são o HZDS e a SDKU. Dzurinda mantém-se como primeiro-ministro, ao montar governo de coalizão.Novo presidente Em fevereiro de 2004, propostas do governo de corte dos benefícios concedidos às comunidades ciganas provocam protestos, reprimidos pela polícia. No mês seguinte, a Eslováquia é admitida na Otan. Nas eleições presidenciais de abril, o vencedor do primeiro turno é o ex-primeiro-ministro Méciar (HZDS), seguido de Ivan Gasparovic (HZD). O candidato governista, Eduard Kukan (SDKU), fica em terceiro lugar. Seu desempenho é atribuído ao descontentamento causado pelas reformas econômicas liberais em curso. No segundo turno, Gasparovic é eleito, com 59,9% dos votos, contra 40,1% para Méciar. Em maio, o país ingressa na UE.

Alexander DubcekAlexander Dubcek

Alexander Dubcek nasceu em Uhrovec, Eslováquia, em 27 de novembro de 1921. Filho de um militante comunista, morou no Quirguistão, então parte da União Soviética, de 1925 a 1938. No ano seguinte ingressou no Partido Comunista e durante a segunda guerra mundial participou da resistência contra os alemães. Formou-se em direito pela Universidade Comenius, de Bratislava, em 1955. Em 1962 tornou-se membro do Comitê Central do Presidium. Uniu-se à corrente que preconizava reformas liberalizantes e, em 5 de janeiro de 1968, assumiu o cargo de secretário do Partido Comunista Tchecoslovaco.

As reformas que o governo Dubcek tentou implantar na Tchecoslováquia levaram à invasão do país pelos soviéticos, em 1968.

Nesse mesmo ano, durante o período chamado "primavera de Praga", Dubcek empreendeu uma série de reformas, entre as quais a concessão de maior liberdade de expressão e a reabilitação das vítimas dos expurgos de Stalin. O país acabou invadido pelas tropas soviéticas em agosto de 1968 e Dubcek foi preso e destituído do cargo. Serviu como embaixador na Turquia de 1969 a 1970. Com o fim do regime comunista na Tchecoslováquia, foi eleito presidente do Parlamento, em dezembro de 1989, e em 1992 tornara-se líder dos social-democratas na Eslováquia. Dubcek morreu em Praga, em 7 de novembro de 1991, depois de sofrer um acidente de automóvel.

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