Holanda | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Holanda

Holanda | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Holanda


A Holanda ou Países Baixos são um país situado no noroeste da Europa, uma democracia parlamentar sob uma monarquia constitucional. Limitam a norte e a leste com o Mar do Norte, a oeste com a Alemanha e a sul com a Bélgica. Sua capital constitucional é Amsterdã, mas a Haia é a sede do governo, da maioria das embaixadas e a residência da monarquia. Os Países Baixos são um dos poucos países que não têm a sede do governo na capital. 

Geografia: Área: 41.526 km². Hora local: +4h. Clima: temperado oceânico. Capitais: Amsterdã, Haia (sede do governo). Cidades: Amsterdã (750.000), Roterdã (620.000), Haia (470.800), Utrecht (270.000), Eindhoven (215.000). Moeda: euro.

População: 16,5 milhões; nacionalidade: neerlandesa; composição: holandeses 96%, indonésios, guianeses e outros 4%. Idioma: holandês (oficial). Religião: cristianismo 80,4% (católicos 34,5%, protestantes 26,9%, sem filiação 15,3%, outros 3,9%), sem religião 12,9%, islamismo 3,8%, outras 1,6%, ateísmo 1,3% (2011).

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OCDE, OMC, ONU, Otan, UE. Embaixada: Tel. (61) 321-4769, fax (61) 321-1518 – Brasília (DF); e-mail: bra@minbuza.nl.

Governo: Monarquia parlamentarista. Div. administrativa: 12 províncias. Chefe de Estado: rainha Beatrix Wilhelmina Armgard (desde 1980). Partidos: Apelo Cristão-Democrático (CDA), Trabalhista (PvDA), Popular por Liberdade e Democracia/Liberal da Holanda (VVD), Lista Pim Fortuyn (LPF), Democratas 66 (D66). Legislativo: bicameral – Primeira Câmara, com 75 membros; Segunda Câmara, com 150 membros. Constituição: 1983. Territórios administrados: Antilhas Holandesas e Aruba.

Esse país, inteiramente formado por planícies, situa-se no oeste da Europa. Oficialmente, chama-se Reino dos Países Baixos, mas é mais conhecido como Holanda, nome de uma de suas províncias. Quase metade do território fica abaixo do nível do oceano. Um complexo sistema de diques e barragens vem sendo construído há séculos, com o objetivo de ampliar a superfície acima das águas do mar do Norte. O principal porto holandês, Roterdã, é um dos mais movimentados do mundo. Altamente industrializada, a Holanda apresenta, entre 1995 e 2000, índices de crescimento superiores à média da União Europeia (UE). Mais de 150 canais cruzam Amsterdã, a capital, que recebe anualmente milhões de turistas. O país é conhecido por sua postura liberal em questões de comportamento.

HOLANDA, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DA HOLANDA

História da Holanda

Bandeira da HolandaA região é habitada por tribos celtas e germânicas na época da conquista romana, em 55 a.C., durante o governo de Júlio César. Permanece sob domínio romano até o século V da Era Cristã, quando é conquistada pelos francos. Com a dissolução do Império Carolíngio, o território se divide em vários condados autônomos, entre os quais o da Holanda. No século XV, a Holanda é dominada pela casa de Borgonha (hoje uma região da França). Em 1477, o casamento de Maria de Borgonha com Maximiliano da Áustria une a nação à dinastia dos Habsburgo. Casamentos dinásticos, no século XVI, colocam a Holanda sob domínio da Espanha. Os reis espanhóis Carlos V e Felipe II reprimem o protestantismo, que ganha terreno entre os holandeses. Em 1568, Guilherme, o Taciturno, da casa de Orange, lidera a revolta das províncias protestantes do norte contra os espanhóis. A República Unida da Holanda é proclamada em 1579.

No século XVII, o país torna-se uma potência marítima e comercial, chegando a dominar parte do Nordeste brasileiro. Em 1795, a França invade a Holanda, o que leva à proclamação da República Batava. Em 1810, Napoleão Bonaparte anexa a nação à França. Depois da derrota de Bonaparte e do Congresso de Viena (1815), forma-se o Reino dos Países Baixos (Holanda, Bélgica e Luxemburgo), sob o comando de Guilherme I. A Bélgica separa-se em 1830. A união com Luxemburgo dura até 1890.

Amsterdam

Integração europeia

A Holanda mantém neutralidade durante a I Guerra Mundial. Na II Guerra Mundial é ocupada pela Alemanha. Em 1948 forma-se o Benelux, acordo de livre-comércio entre Holanda, Bélgica e Luxemburgo. O país perde boa parte de suas colônias no século XX. É o caso da Indonésia (então chamada Índias Orientais Holandesas), na Ásia, e do Suriname (ex-Guiana Holandesa), na América do Sul. A rainha Juliana abdica, em 1980, em favor da filha Beatrix. Desde o fim da II Guerra revezam-se no poder coalizões de partidos de centro-direita e centro-esquerda. Em 1994, Wim Kok, do Partido Trabalhista (PvDA), torna-se primeiro-ministro.

Em 2001, o casamento entre homossexuais é legalizado no país, que também se torna o primeiro a autorizar, em determinadas condições, a eutanásia – morte provocada de um doente incurável. A poucos dias das eleições antecipadas de maio de 2002, Pim Fortuyn, líder do recém-criado partido de extrema direita Lista Pim Fortuyn (LPF), é morto a tiros. O assassinato choca o país, mas o pleito é mantido. O Apelo Cristão-Democrata (CDA), partido mais votado, forma governo com a LPF e o Partido Popular por Liberdade e Democracia/Liberal da Holanda (VVD), tendo Jan Peter Balkenende (CDA) como primeiro-ministro. Em outubro, divergências internas na LPF causam o colapso do governo.

Nas novas eleições, em janeiro de 2003, a questão da imigração domina os debates. O CDA conquista 28,6% dos votos. A LPF, que havia obtido 17% no ano anterior, não passa de 5,7%. Balkenende forma governo de coalizão entre CDA, VVD e os Democratas 66 (D66). Em fevereiro de 2004, a Segunda Câmara aprova lei que permite a deportação de 26 mil estrangeiros que buscam asilo na Holanda.

Arte FlamengaArte Flamenga

De Jan van Eyck a Brueghel e Rubens, os mestres da arte flamenga usaram o óleo em suas pinturas como meio de retratar com vigor e, às vezes, em profusão de detalhes, o mundo que os rodeava.

Conhecida por sua técnica excepcional e a inspiração profana de seus temas, a arte flamenga é a que foi produzida em Flandres entre o século XV e o início do século XVII. A pintura Flamenga deixa transparecer claramente as mudanças ocorridas no destino de Flandres, país contido numa estreita faixa entre a França, a Alemanha e os Países Baixos: de início o domínio pacífico, piedoso e próspero dos duques de Borgonha, no século XV; a seguir uma longa e confusa sucessão de crises religiosas e guerras civis; e, finalmente, no século XVII, a imposição do poder autocrático dos reis da França e da Espanha.

Os precursores da escola Flamenga situam-se geralmente em Dijon, a primeira capital dos duques de Borgonha. Filipe o Audaz, que reinou de 1363 a 1404, estabeleceu a poderosa aliança flamengo-borgonhesa, que durou mais de um século, e deu início à tradição de mecenato artístico que duraria quase o mesmo período. Entre os artistas que atraiu a Dijon estavam o escultor Claus Sluter, de Haarlem, e o pintor Melchior Broederlam, de Ypres, em cujas obras de rica textura podem ser vistos os primeiros frutos do apego ao mundo das aparências, tão característico da escola flamenga.

Filipe o Bom, que reinou de 1419 a 1467, transferiu a capital borgonhesa para Bruges, centro do comércio de lã ao norte, transformando essa cidade de espírito mercantil em pólo artístico. Em 1425, empregou oficialmente Jan van Eyck como "peintre et valet de chambre". As principais obras de Van Eyck -- o "Altar de Gent" (1432), a "Madona do chanceler Rolin" (1432) e o grupo do "Casal Arnolfini" (1434) -- são, surpreendentemente, o começo e o auge da primeira fase da pintura Flamenga.

O historiador da arte Vasari atribui a van Eyck a invenção da pintura a óleo (com o uso de óleo resinoso sobre uma base branca). Nesse caso, o invento já se iniciou com o máximo de apuro técnico, para declinar em seguida, pois não há uma só obra, entre as de seus sucessores, que mantenha o mesmo brilho das cores em superfícies tão vívidas. A visão de van Eyck, por mais estática que seja, também manteve sua força, dando a tudo que foi pintado por ele um caráter espiritual, a despeito de seu grande interesse pelas aparências.

A geração seguinte, embora continuasse voltada para o refinamento da textura e o brilho das cores, não tentou imitar van Eyck, mas procurou aperfeiçoar a estrutura pictórica com base em modelos italianos. Em sua obra-prima, a "Descida da cruz" (1435), Rogier van der Weyden centrou-se na dramaticidade da cena, ignorando todos os detalhes supérfluos. Petrus Christus explorou a estrutura física subjacente de seus temas humanos, conferindo-lhes uma estranha aparência geométrica. Dirck Bouts foi o primeiro pintor flamengo a usar com acerto a perspectiva paralela e a dar a suas figuras proporções correspondentes ao ambiente que as circunda.

Essas inovações eram, porém, estranhas ao espírito inicial da tradição flamenga, que entrou em inevitável declínio, do mesmo modo que as convicções religiosas e a segurança dos cidadãos flamengos, surpreendidos no final do século XV pela queda da casa de Borgonha e o colapso econômico de Bruges. Entre os últimos mestres dessa fase, Hugo van der Goes ficou louco, enquanto Hans Memling e Gerard David produziram pastiches melancólicos e às vezes insípidos de obras anteriores.

Mais sintonizadas com a crise espiritual que assolou a Europa no fim do século XV mostram-se as bizarras alegorias pintadas por Hieronymus Bosch. Em seu tríptico "O jardim das delícias" (c.1500) a humanidade se dispersa em bloco do paraíso à perversão e ao castigo, em imagens que representam um sem-fim de fantasias de gratificação sensual.

O século XVI, turbulento em Flandres, não foi propício à criação artística e produziu apenas um grande mestre, Pieter Brueghel. O pintor Jan Gossaert  cultivou um estilo italianizado, a que Vasari não poupou elogios, e Joachim Patinir tornou-se o primeiro de uma longa série de pintores flamengos de paisagens.

É, porém, nas fortes cenas em que Brueghel retratou a vida camponesa que melhor se reflete a brutalidade da época. Influenciado por Bosch e marcado por uma estada de dois anos na Itália, Brueghel desenvolveu um estilo pujante caracterizado pela solidez estrutural, a exuberância rítmica e um modo especial de contemplar o grotesco. O pintor deixou dois filhos, Pieter II, dito Brueghel o Moço, ou Brueghel do Inferno, assim chamado pelos temas de danação que pintou, e Jan Brueghel, ou Brueghel de Veludo, que se dedicou a delicadas naturezas-mortas.

Foi nessa condição que Jan Brueghel participou do florescente ateliê do grande mestre do barroco flamengo, Peter Paul Rubens. Este associou a afabilidade e o tato de diplomata a um domínio sem precedentes da técnica do óleo, criando para os monarcas da França e da Espanha, com os quais manteve estreitas relações, obras luminosas de grande força e energia. As primeiras obras de maturidade, como "A elevação da cruz" (1610), contêm evidências de um cuidadoso estudo dos mestres italianos Michelangelo, Tintoretto e Caravaggio, embora tragam sinais de uma vitalidade orgânica autenticamente flamenga.

O estilo alegórico da fase mais madura de Rubens, exemplificado pelo ciclo de pinturas que relembram a carreira de Maria de Medici, rainha da França (1622-1625), adequou-se com perfeição aos gostos ostentatórios da época barroca. No auge da fama, Rubens recebeu mais encomendas do que poderia executar sozinho e seu ateliê se tornou um centro de aprendizagem para muitos pintores flamengos, entre os quais Antoon van Dyck, menino-prodígio que ficaria famoso como Sir Anthony van Dyck, retratista da corte na Inglaterra; Frans Snyder, especialista em naturezas-mortas; e David Teniers o Velho e Adriaen Brouwer, ambos conhecidos sobretudo pelas pinturas de camponeses divertindo-se nos momentos de ócio.

Territórios da Holanda

A Holanda possui dois territórios autônomos no Caribe – independentes no que se refere aos assuntos internos, mas submetidos ao controle central em questões de defesa e assistência mútua. São as Antilhas Holandesas e Aruba.
Antilhas Holandesas - Território da Holanda

Antilhas Holandesas - Território da Holanda 

São formadas por dois grupos de ilhas distantes entre si cerca de 800 quilômetros. Bonaire e Curaçao possuem economia mais sólida por causa do refino de petróleo e da produção de tintas e bebidas. Área: 800 km2. População: 230 mil (2010). Idiomas: holandês e papiamento (Bonaire e Curaçao), inglês (Saint Eustatius, Saint Maarten e Saba), espanhol (em todas as ilhas). Capital: Willemstad (Curaçao).

As Antilhas Holandesas ou Antilhas Neerlandesas (em papiamento: Antia Neerlandes; em neerlandês: Nederlandse Antillen), são um território autónomo neerlandês das Caraíbas e são formadas por dois grupos de ilhas. Um dos grupos encontra-se no norte das Pequenas Antilhas e o outro ao largo da costa da Venezuela, próximo de outra dependência autônoma dos Países Baixos, Aruba. A capital é a cidade de Willemstad, localizada na ilha da Curaçao. 

Área - 800 km².
População – 240 mil (2016).
Idiomas - holandês, papiamento (Bonaire e Curaçao), inglês (Saint Eustatius, Saint Maarten e Saba), espanhol (em todas as ilhas).
Capital - Willemstad (Curaçao).

Bandeira das Antilhas Holandesas - Território da Holanda
Federação autônoma da Holanda (Países Baixos), as Antilhas Holandesas são formadas por dois grupos de ilhas do Caribe distantes entre si cerca de 800 quilômetros. Bonaire e Curaçao, vizinhas da Venezuela, possuem economia mais forte por causa do refino de petróleo e da produção de tintas e bebidas. A nordeste desse grupo estão Saint Eustatius, Saint Maarten e Saba, que dependem do turismo para a sobrevivência. As Antilhas Holandesas são consideradas um paraíso fiscal, por cobrar impostos sobre renda e movimentação financeira com taxas inferiores à média mundial.

  Willemstad, Capital das Antilhas Holandesas
Willemstad, Capital das Antilhas Holandesas

Aruba - Território HolandêsAruba - Território Holandês

A ilha de Aruba é um importante centro turístico. A maioria da população fala um dialeto local, o papiamento. Área: 193 km2. População: 119 mil (2016). Idioma: holandês (oficial), papiamento, inglês, espanhol. Capital: Oranjestad. Aruba é um território autônomo holandês do Caribe, ao largo da costa da Venezuela. Além da Venezuela, o seu vizinho mais próximo é outro território neerlandês: as Antilhas Neerlandesas. Capital: Oranjestad Aruba se localiza diante do litoral da Venezuela, a 31 km da península de Paranaguá. Tem um clima tropical temperado.

Área - 193 km².
População - 119 mil (2016).
Idiomas - holandês (oficial), papiamento, inglês, espanhol.
Capital - Oranjestad.

Bamdeira de Aruba - Território Holandês
Aruba é um território autônomo da Holanda (Países Baixos) e situa-se próxima à Venezuela, no mar do Caribe. As praias e a temperatura média de 28 ºC durante o ano todo fazem da ilha importante centro turístico. O interior é árido e rochoso. A maioria da população, descendente dos índios arauaques e de imigrantes holandeses e espanhóis, fala um dialeto local chamado papiamento. Holandês, inglês e espanhol são, porém, disciplinas escolares obrigatórias. A fragilidade da economia, baseada no turismo e no refino de petróleo, e a dependência financeira da Holanda levam ao adiamento da independência do território, inicialmente prevista para 1996.

Oranjestad, Capital de Aruba

Amsterdam, Cidade Holandesa

AMSTERDAM, CIDADE HOLANDESA
AMSTERDAM, CIDADE HOLANDESA

 Amsterdam
Amsterdã (português brasileiro) (em neerlandês: Amsterdam) é a capital, e a maior cidade dos Países Baixos, situada na província Holanda do Norte. Seu nome é derivado de uma represa (dam) no rio Amstel, o rio onde fica a cidade. A cidade é conhecida por seu porto histórico, seus museus de fama internacional, sua zona de meretrício (Red Light District, o "Bairro da Luz Vermelha"), seus coffeeshops liberais, e seus inúmeros canais que levaram Amsterdã a ser chamada a "Veneza do Norte".

AMSTERDAM, CIDADE HOLANDESA

Nenhuma cidade exemplifica melhor que Amsterdam o êxito da burguesia protestante na formação do capitalismo moderno: centro das liberdades, dos negócios e do pensamento na Europa do século XVII, a cidade atual, com pouco mais de um milhão de habitantes, vive uma prosperidade sem ostentação, combinando uma intensa atividade comercial com uma vida cultural que é uma das mais fecundas da Europa.

História. Situada na costa norte dos Países Baixos, junto ao Ijsselmeer, hoje em processo de dessecação, no século XIII Amsterdam era um pequeno porto pesqueiro do domínio de Amstel. Nos séculos seguintes, foi ganhando importância comercial, graças à construção de molhes e canais e à concessão de franquias. Tornou-se membro da Liga Hanseática em 1358 e, a partir de 1367, da Confederação de Colônia. Rapidamente converteu-se num dos principais portos de acesso à Renânia. No início do século XVI, com população de aproximadamente trinta mil habitantes, começava a rivalizar com o grande centro comercial de Antuérpia.

Em 1578 a burguesia calvinista da cidade tornou-se independente do império espanhol, que não conseguiu dobrá-la apesar das guerras prolongadas. A ruína de Antuérpia e a perseguição religiosa nos domínios de Filipe II motivaram a instalação em Amsterdam de grande parte da burguesia comerciante daquela cidade. Em pouco tempo Amsterdam contava com uma poderosa frota marítima, capaz de criar um império colonial que rivalizava com o espanhol e o português, e se tornou o centro comercial e financeiro mais ativo da Europa, primazia que ostentou por mais de um século. Criaram-se na cidade a Companhia das Índias Orientais (1602), a das Índias Ocidentais (1621), o Banco de Amsterdam (1609), patrocinador de uma moeda forte que mereceu, como nenhuma outra em seu tempo, a confiança dos comerciantes europeus, e a Bolsa de Amsterdam, cujo edifício foi construído em 1561. A burguesia da cidade adotou uma forma de governo de grande tolerância ideológica, de modo que Amsterdam se converteu no principal centro editor do continente. Muitos membros de grupos religiosos perseguidos, como judeus sefarditas -- em Amsterdam nasceria o filósofo Baruch de Spinoza -- e huguenotes franceses, ali se refugiaram, contribuindo para criar um ambiente cosmopolita e inovador.

AMSTERDAM, CIDADE HOLANDESA
Ao iniciar-se o século XVIII a cidade já tinha mais de 200.000 habitantes. Contudo, sua importância comercial foi sobrepujada por Londres, devido à revolução industrial inglesa e à expansão do império britânico, que em certos momentos se fez à custa do holandês. Ocupada pela França entre 1795 e 1813, a cidade, cuja economia dependia do comércio marítimo, foi gravemente afetada pelo bloqueio continental, imposto por Napoleão. Mesmo assim, foi declarada capital do reino da Holanda entre 1806 e 1810 e, em 1814, capital da Holanda setentrional, no reino dos Países Baixos. A partir de 1830, a secessão belga motivou a revitalização do porto de Antuérpia. Também a concorrência de Rotterdam, com um porto mais apropriado a barcos de grande tonelagem, contribuiu para a decadência de Amsterdam. A abertura de novos canais de navegação veio salvar o porto da cidade, que continua a ser um dos mais ativos da Europa.

Entre 1940 e 1945, durante a segunda guerra mundial, Amsterdam foi ocupada pelos alemães, e sua população, com numerosa comunidade judaica, sofreu duramente.

A cidade moderna. Capital constitucional dos Países Baixos -- embora o governo tenha sede em Haia --, Amsterdam é um grande centro comercial e industrial. Mantém a herança de suas antigas relações coloniais e nela estão instaladas muitas sociedades especializadas. Sede mundial da lapidação de diamantes desde o século XVII, entre suas indústrias destacam-se a eletrônica, a siderúrgica e a de construção naval, assim como as refinarias de petróleo. A cidade é servida por uma densa rede de ferrovias, estradas e autopistas que a comunicam com os países limítrofes e com o resto do país. O aeroporto de Schiphol é um dos mais movimentados do continente.

A fisionomia urbana de Amsterdam é muito característica, uma vez que foi construída sobre enorme quantidade de ilhas, separadas por grande número de canais. Estes se acham dispostos de forma concêntrica, rodeando a cidade velha nas sucessivas ampliações feitas em Amsterdam ao longo do tempo. O núcleo antigo é um conjunto arquitetônico coerente, de grande beleza, e nele ficam os principais monumentos e museus da cidade: o Palácio Real (século XVII), as Oude Kerk e Nieuwe Kerk (Igreja Velha e Igreja Nova, construídas respectivamente entre os séculos XIV e XVI e no século XV), a Casa-Museu de Rembrandt, o Rijksmuseum (Museu Estatal), o Museu Municipal, o Museu Van Gogh e muitos outros.

Antonio MoroAntonio Moro

Antonio Moro, cujo nome holandês era Anthonis Mor ou Antoon Mor Dashorst, nasceu entre 1512 e 1525 em Utrecht, Holanda. Estudou com Jan Schoreel e, depois de uma visita à Itália, passou a pintar retratos. Trabalhou em Bruxelas de 1549 a 1550 e, dois anos depois, foi chamado a Madri pelo imperador Carlos V (I da Espanha). Em 1554, viajou a Londres para pintar o retrato de Maria Tudor, segunda esposa de Filipe II da Espanha. Esse quadro, que se acha no Museu do Prado, em Madri, é uma de suas obras-primas, pela eficiência técnica e acuidade psicológica.

Retratista admirado pela corte espanhola, Antonio Moro realizou em seus trabalhos uma síntese do estilo tradicional da pintura flamenga e as novas propostas estéticas do Renascimento italiano.

Moro pintou magníficos retratos de personagens da realeza e da corte, em que ressaltou a nobreza e autoridade dos modelos pela expressão de seus rostos, qualidade das vestes e adornos pessoais. Sua influência foi decisiva entre os retratistas espanhóis posteriores, que culminaram em Velázquez.

Moro pintou ainda alguns quadros de temas religiosos, como o "Calvário". Deixou a Espanha em 1558, talvez por problemas com a Inquisição, mas manteve o cargo de pintor de câmara de Filipe II. Morreu em Antuérpia, hoje na Bélgica, em 1575.

Antonie van LeeuwenhoekAntonie van Leeuwenhoek

Antonie van Leeuwenhoek nasceu em Delft, Holanda, em 24 de outubro de 1632. Trabalhou desde a adolescência como negociante de tecidos, atividade que lhe deu suficiente estabilidade econômica para dedicar-se a sua grande paixão: a fabricação de lentes para o estudo dos microrganismos. Desenvolveu equipamentos e métodos próprios, que manteve em segredo, para realizar experiências sobre o comportamento de seres microscópicos. Concluiu que os microrganismos presentes em qualquer recipiente exposto ao ar não nasciam espontaneamente da putrefação, mas viajavam na água da chuva e no vento. Essa ideia, revolucionária na época, trouxe-lhe muito prestígio no meio científico.

Primeiro cientista a observar as bactérias e os protozoários, o holandês Van Leeuwenhoek refutou, com suas pesquisas, a tese da geração espontânea para o surgimento dos seres inferiores.

Van Leeuwenhoek aprofundou-se também no estudo de alguns insetos, como comprova sua cuidadosa descrição da vida das formigas e de seus hábitos de reprodução, e publicou suas descobertas nas Philosophical Transactions (Atas Filosóficas) da Royal Society de Londres. Morreu em Delft, em 26 de agosto de 1723.
Albert Eckhout

Albert Eckhout

Albert Eckhout nasceu provavelmente em Groningen, Países Baixos, por volta de 1610. Permaneceu no Brasil de 1637 a 1644, integrando no Recife o reduzido mas ativo grupo de estudiosos que Nassau incorporou a sua corte na possessão holandesa. Frans Post especializou-se na pintura de paisagens e coube a Eckhout fixar em seus desenhos e telas os aspectos de mais óbvio valor documental, como as frutas e flores, os animais e os índios.

Um dos dois pintores holandeses trazidos ao Brasil na comitiva de Maurício de Nassau, Eckhout dividiu com Frans Post a tarefa de retratar nos trópicos tudo o que, por inusitado ou exótico, pudesse interessar ao Velho Mundo.

Em sua produção, que tinha para a época grande interesse descritivo, salientam-se quadros como "A dança dos tapuias", para muitos sua obra-prima, e outros que de igual modo retratam os primeiros habitantes do país, entre os quais mulatos, mamelucos e negros. Uma série de 12 naturezas-mortas, não assinadas mas atribuídas a Eckhout, mereceu louvores da crítica por denotar senso decorativo apurado e uma liberdade maior que a das figuras humanas.

Diversos originais de Eckhout, presenteados por Nassau ao rei Luís XIV da França, foram transpostos mais tarde, entre 1687 e 1730, para tapeçarias da manufatura dos Gobelins. Eckhout morreu supostamente em sua cidade natal, por volta de 1665.

Aelbert Jacobsz CuypAelbert Jacobsz Cuyp

Aelbert Jacobsz Cuyp nasceu em Dordrecht em 20 de outubro de 1620, em uma família de pintores paisagistas. Suas primeiras obras foram paisagens realistas, de composição em diagonal e colorido pardacento, que demonstram a influência de Van Goyen, como, por exemplo, "Cena fluvial com moinhos ao longe". Por volta de 1645, passou a inspirar-se nos velhos pintores de Utrecht e desenvolveu um estilo pessoal, que o tornou um dos maiores paisagistas dos Países Baixos do século XVII.

Pintor holandês do período barroco, Cuyp é conhecido pelas paisagens campestres em que se destacam principalmente os efeitos de luz.

Em alguns de seus quadros usou os efeitos de luz e os reflexos dourados do sol sobre as árvores, à maneira de Claude Lorrain, como nas telas "No rio" e "Vista de Nimegen". Criou paisagens que se tornaram clássicas, vistas fluviais, marinhas e cenas portuárias, nas quais a linha do horizonte marca a gradação de tons e cria impressão de espaço. A obra de Cuyp, que morreu em Dordrecht em 15 de novembro de 1691, influenciou pintores holandeses e ingleses dos séculos XVII e XVIII.

Adriano VIAdriano VI

Adrian Florensz Boeyens nasceu em Utrecht, Países Baixos, em 2 de março de 1459. De berço modesto, seu talento para os estudos permitiu-lhe ingressar na Universidade de Louvain, da qual foi professor de teologia e mais tarde reitor. Ali, Erasmo de Rotterdam foi um de seus alunos. Em 1507 o imperador Maximiliano I nomeou-o tutor de seu neto Carlos. Impelido pela necessidade de defender os direitos de Carlos à coroa de Castela, Adrian mudou-se para a Espanha em 1515 e reivindicou o poder em nome de seu pupilo. Em 1517 foi sagrado cardeal e, em 1520, quando o jovem monarca, já convertido em Carlos I de Espanha, deixou o país para fazer valer seus direitos ao trono do Sacro Império Romano-Germânico, no qual se tornaria Carlos V, Adriano assumiu as funções de regente da coroa. Nessa condição, enfrentou a revolta dos comuneros de Castela, que se opunham aos interesses estrangeiros do imperador.

Por sua austeridade e índole humanista, Adriano VI,  o último pontífice não italiano antes de João Paulo II, enfrentou a incompreensão dos clérigos católicos e dos reformadores protestantes.

Eleito papa em 9 de janeiro de 1522, foi o único holandês a ocupar o trono papal. Sua morte em Roma, em 14 de setembro de 1523, impediu que alcançasse seu objetivo de reformar a igreja.
Zendstation Smilde
Zendstation Smilde

Zendstation Smilde foi construída em 1959 na cidade de Smilde, Países Baixos. Tem 303.5 m (996 pés) e é atualmente a 40º torre mais alta do mundo.

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