Descobrimento do Brasil (1500)

Nesta expedição, ocorreu algo inesperado: ao invés de se direcionarem para a costa da África, a frota acabou indo para o Ocidente. Em 22 de abril de 1500, os portugueses avistaram o primeiro pedaço do Brasil – o Monte Pascoal (atual Porto Seguro, Bahia) – e ancoraram na baia Cabrália.
Por pensar que aquele novo território se tratava de uma ilha, Pedro Álvares Cabral o chamou de Ilha de Vera Cruz. Em 26 de abril, Frei Henrique de Coimbra celebrou a primeira missa no Brasil. Posteriormente, em 2 de maio, a esquadra de Cabral foi dividida: uma parte voltou para Portugal com as notícias da nova descoberta e outra continuou no objetivo inicial da expedição, que era o de chegar às Índias.
A nova região logo mudou de nome: Terra de Santa Cruz. Mais tarde, com a descoberta e a exploração do pau-brasil, as novas terras passaram a se chamar “Brasil”.
Ocorre na tarde de 22 de abril de 1500, quando a esquadra de dez naus, três caravelas e cerca de 1,2 mil homens comandada pelo navegador português Pedro Álvares Cabral atinge o litoral sul da Bahia, na região da atual cidade de Porto Seguro. O desembarque acontece no dia seguinte, 45 dias após a partida de Portugal, e, em 26 de abril, é rezada a primeira missa no território. No dia 1º de maio, Cabral oficializa a posse das terras brasileiras pela Coroa portuguesa com a celebração da segunda missa diante de uma cruz marcada com o brasão real. A esquadra continua a viagem para a Índia no dia 2.

O descobrimento do Brasil é um dos momentos marcantes do processo de expansão marítima e comercial portuguesa nos séculos XV e XVI. A fim de aumentar sua atuação política e comercial, Portugal volta-se para o oceano Atlântico, explorando primeiramente as ilhas próximas do país e a costa africana. Com o apoio da burguesia mercantil e da nobreza, o Estado desenvolve uma poderosa estrutura de navegação e comércio, dirigida inicialmente pelo infante dom Henrique. No começo, obtém da África ouro, marfim e escravos. Mais tarde, traz da Índia as lucrativas especiarias. Depois de 1492, a crescente disputa dos reinos europeus pelas terras do continente americano impulsiona os descobrimentos e a colonização do Novo Mundo.
Antecedentes do descobrimento – As circunstâncias que antecederam o descobrimento do Brasil não são inteiramente conhecidas, apesar dos avanços da pesquisa histórica. Há duas hipóteses principais: a da casualidade e a da intencionalidade do descobrimento.
Os que ainda defendem a tese do descobrimento casual ou acidental se baseiam no fato de não haver prova documental que confirme o envio oficial da esquadra ao litoral brasileiro no meio da viagem para a Índia. Porém, não se crê mais na possibilidade de a frota ter encontrado a costa brasileira por erro de navegação. Desde as primeiras décadas do século XV, Portugal envia expedições ao Atlântico Sul, e seus navegadores conheciam bem as direções dos ventos e das correntes marítimas entre os continentes africano e americano. Sabiam da existência da corrente descendente (Canárias), que permite a navegação costeira ao redor da África até o golfo da Guiné, e da corrente ascendente (Benguela), que inverte o sentido das embarcações. Para atingir o extremo sul do Atlântico, os navegadores portugueses afastavam-se da costa africana, evitando ventos e correntes ascendentes, e corrigiam a rota empurrados pela corrente descendente chamada corrente do Brasil, que passa pelo Nordeste brasileiro e atinge o sul do continente africano.
A favor da hipótese da descoberta intencional há o fato de que Portugal, como os demais reinos europeus, sabia da existência de terras no Atlântico ocidental desde 1492, quando Cristóvão Colombo chega à América. Tanto que busca garantir logo a posse de parte dessas terras pelo Tratado de Tordesilhas. Os portugueses também tinham informações sobre viagens espanholas, como as de Vicente Yañes Pinzón e de Diego Lepe, que teriam costeado o atual Nordeste brasileiro pouco antes de Cabral. Além disso, imediatamente após o retorno de Vasco da Gama da Índia, em 1499, Portugal teria mandado o cosmógrafo e navegante Duarte Pacheco Pereira refazer sua rota e explorar a "quarta parte", o quadrante oeste do Atlântico Sul. Apesar de não existir uma completa comprovação da realização dessa missão – a Coroa portuguesa tinha uma política de sigilo nos empreendimentos marítimos –, Duarte Pacheco Pereira participa da viagem de Cabral em 1500. Isso pode indicar que a expedição teria dois objetivos: um público, divulgado, e outro mantido em segredo. O primeiro seria desenvolver as operações comerciais na Índia e o segundo, confirmar as explorações realizadas anteriormente no Atlântico Sul e efetuar a tomada de posse oficial das novas terras.
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