Integralismo no Brasil

Integralismo no Brasil

Integralismo no BrasilO Integralismo foi um movimento político e ideológico de inspiração fascista ocorrido no Brasil na década de 30. Busca um Estado autoritário e nacionalista; uma sociedade baseada em hierarquia, ordem e disciplina social; e o reconhecimento da suprema autoridade política e jurídica do chefe da nação sobre indivíduos, classes e instituições. Alguns de seus ideólogos, como Gustavo Barroso, dão ao integralismo um fundo racista, defendendo a superioridade da população branca brasileira sobre negros, mestiços e, especialmente, judeus. Já nos anos 20, o pensamento nacionalista brasileiro desenvolvia uma vertente conservadora. Entre seus entusiastas estão intelectuais de variadas formações e tendências, como o sociólogo Oliveira Viana, o jornalista, professor e político Plínio Salgado e o pensador católico Jackson de Figueiredo. Mesmo sem atuar como grupo, eles têm em comum posições políticas nacionalistas, aintiimperialistas e anticomunistas, criticam a democracia liberal e defendem os regimes fascistas, que começam a despontar na Europa.

Ação Integralista Brasileira – Em 1932, Plínio Salgado e Gustavo Barroso fundam em São Paulo a Ação Integralista Brasileira (AIB), de inspiração nazi-fascista. Seu programa, com o lema "Deus, pátria e família", mistura ideias nacionalistas e a defesa da autoridade do Estado diante do que considera "anarquia liberal". Os militantes vestem camisas verdes e saúdam-se com gritos de "Anauê!" – interjeição que em tupi quer dizer "ave" ou "salve". A AIB recebe a simpatia imediata de importantes setores conservadores empresariais, militares, religiosos e até sindicais, e logo se transforma em partido político. Em menos de quatro anos, a organização reúne mais de 300 mil adeptos, expande a militância por todo o país e entra em choques frequentes com grupos democráticos. Em 1935 aprova a repressão à Intentona Comunista. Plínio Salgado lança-se candidato à Presidência da República nas eleições previstas para 1938. Elas, porém, não se realizam. Com o golpe que instala o Estado Novo, os partidos são extintos e o espaço político do integralismo é reduzido. Desiludidos com Getúlio Vargas, os integralistas promovem o assalto ao palácio presidencial no Rio de Janeiro e pensam contar com a proteção do Exército para tomar o poder. Mas o presidente obtém o apoio da cúpula militar, e o golpe fracassa. Os integralistas são perseguidos e seus líderes, presos. Plínio Salgado é exilado em Portugal, e o movimento desarticula-se.

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