Invasões Francesas no Brasil Colônia
No século XVI, logo após o descobrimento pelos portugueses, os franceses tentam fundar colônias no Brasil. A França nega a validade do Tratado de Tordesilhas e defende o princípio do direito à posse da terra por quem a ocupasse. O governo francês apoia a atuação de corsários e piratas ao longo da costa brasileira e promove duas tentativas de fixação territorial.
Após a formação da União Ibérica, muitas nações que eram inimigas da Espanha passaram a atacar as colônias de Portugal com o pretexto de atingir os espanhóis indiretamente. Fora isso, o óbvio interesse econômico pelo pau-brasil levou muitos europeus a contrabandearem a preciosa madeira pelo litoral brasileiro.
Contudo, a política dos governos-gerais implantada por Portugal no Brasil dificultou a ação dos contrabandistas. Além disso, os franceses tinham planos mais ambiciosos para a colônia portuguesa do que simplesmente o contrabando. Não reconhecedores do Tratado de Tordesilhas, defendiam a ideia de que as terras brasileiras deveriam pertencer a quem as ocupassem primeiro.
Tais fatores resultaram na tentativa francesa de colonização de parte do litoral do Rio de Janeiro (1555) – a chamada França Antártica – e da costa do Maranhão (1612) – França Equinocial.
França Antártica
– A primeira invasão ocorre em 1555, quando uma expedição comandada por
Nicolau Durand de Villegaignon estabelece uma colônia na ilha de
Serigipe (atual Villegaignon), na Baía de Guanabara. Chamada de França
Antártica, é destinada a abrigar protestantes calvinistas fugidos das
guerras religiosas na Europa, que procuram sobreviver com a agricultura
de subsistência e o escambo do pau-brasil com os indígenas da região. Os
franceses organizam um arraial, constroem um forte e resistem por mais
de dez anos às investidas portuguesas. São desalojados apenas em 1565,
quando as forças do governador-geral Mem de Sá e de seu sobrinho,
Estácio de Sá, conseguem quebrar a aliança entre os estrangeiros e os
índios com o auxílio dos jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta.
Em seguida tomam posição na baía e fundam a cidade do Rio de Janeiro. Os
franceses são expulsos em 1567.
A esquadra francesa que fundou a França Antártica foi comandada por Nicolas Durand de Villegagnon. Logo que chegaram à Baía de Guanabara, os franceses se aliaram aos índios tamoios e construíram o forte Coligny na ilha de Sergipe. A França Antártica ficou marcada pelas diferenças religiosas entre o protestantismo francês e os elementos católicos já existentes na região, um antagonismo que dominava a Europa na época. Os franceses foram expulsos da região somente em 1560, durante o governo-geral de Mem de Sá.
França Equinocial
– A segunda tentativa de fixação territorial dos franceses no Brasil
acontece no Maranhão, a partir de 1594. Depois de naufragar na costa
maranhense, os aventureiros Jacques Riffault e Charles des Vaux
estabelecem-se na região. Diante do lucro obtido com o escambo,
conseguem o apoio do governo francês para a criação de uma colônia, a
França Equinocial. Em 1612, uma expedição chefiada por Daniel de la
Touche desembarca no Brasil centenas de colonos, constrói casas e
igrejas e levanta o forte de São Luís, origem da cidade de São Luís do
Maranhão. No ano seguinte, os franceses são atacados por forças
portuguesas saídas de Pernambuco, sob o comando de Jerônimo de
Albuquerque. Derrotados, os invasores deixam o Maranhão em 1615. Mesmo
não conseguindo instalar-se no território brasileiro, os franceses não
abandonam a costa do país. Até o século XVIII, piratas e corsários, com
menor ou maior ajuda oficial, assediam e pilham constantemente povoados e
engenhos. O alvo mais frequente é o litoral nordestino, mas atacam
também cidades importantes, como a do Rio de Janeiro, invadida em 1710 e
1711 pelos corsários Du Clerc e Dugay-Trouen.
Já a ocupação do Maranhão se deu mais tarde, em 1612, quando uma expedição francesa chefiada por Daniel de La Touche partiu do porto de Cancale, na Bretanha. Os franceses construíram o forte de São Luís – atual capital do Maranhão – como uma homenagem ao rei Luís XIII. A ocupação francesa no litoral maranhense se findou em 1615, na Batalha de Guaxenduba.
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Contudo, a política dos governos-gerais implantada por Portugal no Brasil dificultou a ação dos contrabandistas. Além disso, os franceses tinham planos mais ambiciosos para a colônia portuguesa do que simplesmente o contrabando. Não reconhecedores do Tratado de Tordesilhas, defendiam a ideia de que as terras brasileiras deveriam pertencer a quem as ocupassem primeiro.
Tais fatores resultaram na tentativa francesa de colonização de parte do litoral do Rio de Janeiro (1555) – a chamada França Antártica – e da costa do Maranhão (1612) – França Equinocial.

A esquadra francesa que fundou a França Antártica foi comandada por Nicolas Durand de Villegagnon. Logo que chegaram à Baía de Guanabara, os franceses se aliaram aos índios tamoios e construíram o forte Coligny na ilha de Sergipe. A França Antártica ficou marcada pelas diferenças religiosas entre o protestantismo francês e os elementos católicos já existentes na região, um antagonismo que dominava a Europa na época. Os franceses foram expulsos da região somente em 1560, durante o governo-geral de Mem de Sá.
Já a ocupação do Maranhão se deu mais tarde, em 1612, quando uma expedição francesa chefiada por Daniel de La Touche partiu do porto de Cancale, na Bretanha. Os franceses construíram o forte de São Luís – atual capital do Maranhão – como uma homenagem ao rei Luís XIII. A ocupação francesa no litoral maranhense se findou em 1615, na Batalha de Guaxenduba.
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