Mauritânia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Mauritânia
Geografia: Área: 1.030.700 km². Hora local: +3h. Clima: árido tropical (N) e tropical de altitude (S). Capital: Nuakchott. Cidades: Nuakchott (620.000), Nouadhibou (78.000), Rosso (52.000), Boghé (40.000), Adel Bagrou (38.000), Kaédi (36.000).
População: 3,5 milhões; nacionalidade: mauritana; composição: árabes berberes 75%, sapinques, pulares, tuculeres, peules e ulofes 25%. Idiomas: árabe (oficial), francês, línguas regionais (principais: poular, ulof, soninquê). Religião: islamismo 99,1%, outras 0,8%, sem religião 0,1%. Moeda: ouguiya.
Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, UA. Embaixada: 2129, Leroy Place NW, Washington D.C. 20008, EUA; e-mail: info@mauritaniembassy-usa.org, site na internet: www.mauritaniembassy-usa.org.
Governo: República com forma mista de governo (ditadura militar desde 1984). Div. administrativa: 12 províncias e a capital (Nuakchott), subdivididas em distritos. Presidente: coronel Maawya Ould Sid’Ahmed Taya (PRDS) (desde 1984, eleito em 1992, reeleito em 1997 e em 2003). Primeiro-ministro: Sghair Ould M’Barek (PRDS) (desde 2003). Partidos: Democrático e Social Republicano (PRDS), Ação pela Mudança, União de Forças Democráticas (UFD). Legislativo: bicameral – Senado, com 56 membros; Assembléia Nacional, com 81 membros. Constituição: 1991.
País do noroeste da África, a Mauritânia está situada em uma área de transição entre o Magreb (região no extremo oeste do mundo árabe) e a África Negra. No deserto do Saara, que ocupa quase dois terços do território, predominam planícies cobertas por dunas de areia e clima quente e seco. O país recebe chuva suficiente para a agricultura somente numa estreita faixa de terra no sul, ao longo do rio Senegal, onde se cultivam tâmaras e cereais. A extração de minério de ferro e a pesca marítima são as principais fontes de receita. O intenso processo de desertificação do solo tem provocado o êxodo de nômades árabes em direção ao sul, onde os negros são majoritários. Organismos de direitos humanos denunciam a existência, no país, da prática de escravidão, oficialmente abolida em 1981.
A Mauritânia (terra dos mouros, em latim) é povoada desde a Antiguidade por tribos de agricultores sedentários e povos de língua berbere, em geral nômades. Nos primeiros séculos da Era Cristã, os berberes introduzem criações de camelo na região e passam a exercer grande controle sobre o comércio pelo Saara. A partir do século VII são convertidos ao islamismo. No século XI criam a dinastia muçulmana dos almorávidas, com centro no Marrocos, e difundem o islamismo na África Ocidental. Tribos árabes derrotam os almorávidas no século XVIII e introduzem um sistema de castas cujos traços ainda estão presentes na estrutura social do país. A casta dos hassanes (guerreiros) impõe aos berberes o exercício de atividades pacíficas (comércio e ensino). Abaixo deles ficam os haratans (pastores negros ou mestiços), em condições de semi-escravidão, e os párias (ferreiros e músicos).
Domínio francês - Portugueses, holandeses, ingleses e franceses instalam-se na região costeira a partir do século XV e passam a disputar o comércio da goma arábica. A França ocupa a região em meados do século XIX, e, em 1903, a Mauritânia passa a ser protetorado francês. Em 1920 integra a África Ocidental Francesa, como colônia, e em 1946 transforma-se em território ultramarino. O país obtém a independência em 1960. Moktar Ould Dadah torna-se presidente e fica no cargo, em regime de partido único, até 1978, quando é deposto por um golpe militar. Em 1975, a Mauritânia anexa o sul da possessão espanhola do Saara Ocidental. A porção norte é ocupada pelo Marrocos. O movimento nacionalista, liderado pela Frente Polisário, ganha força entre os saarauís e passa a combater a ocupação. Em 1979, a nação assina acordo de paz com a Frente Polisário e sai da região. O Marrocos anexa então todo o Saara Ocidental.
Nuakchott, Capital da Mauritânia |
Conflitos na fronteira - Em 1999, conflitos que envolvem moradores dos vilarejos de fronteira entre Mauritânia e Senegal provocam centenas de mortes. Os dois países começam operações de repatriação.
O governista PRDS vence por larga margem as eleições legislativas de 2001. O governo derrota tentativa de golpe, em 2003, atribuída a militares insatisfeitos com a prisão de militantes islâmicos. Nas eleições presidenciais, em novembro, Taya é reeleito com 67% dos votos, sob acusação de fraude. Seu principal oponente, Mohamed Khouna Ould Haidalla, é preso em seguida, acusado de planejar um golpe.
Tentativas de golpe - Em janeiro de 2004, chega ao país o primeiro contingente de soldados norte-americanos, dentro da iniciativa antiterror dos EUA no noroeste da África. No decorrer do ano, o governo denuncia mais duas tentativas de golpe, em junho e agosto, e prende oficiais do Exército, acusando Burkina Fasso e Líbia de apoiarem os golpistas.
Gafanhotos - A partir de setembro de 2004, o país é atingido por uma praga de gafanhotos que destrói metade de suas plantações e pastagens. Os insetos se multiplicam e se deslocam com grande rapidez. Nas semanas seguintes, a nuvem percorre o Saara, atingindo o Marrocos, a Argélia, chegando ao Egito e ao sul da Europa.
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