Soja (Glycine max ou G. soja)

Soja (Glycine max ou G. soja)

#Soja (Glycine max ou G. soja)

Planta da família das leguminosas, a mesma do feijão, da ervilha, da lentilha e do amendoim, a soja (Glycine max ou G. soja) é um pequeno arbusto anual, erguido ou prostrado, cuja altura oscila, conforme as muitas variedades, de quarenta centímetros a mais de dois metros. Desde os tempos mais remotos, tem sido um dos principais produtos agrícolas do Oriente e, em países como a China, Japão e Coreia, só é menos importante que o arroz.

A soja, além de matéria-prima para a fabricação de óleo, é utilizada no consumo humano sob a forma de farinha, flocos, leite, sopas e em produtos orientais como shoyu (molho), miso (pasta) e tofu (queijo de soja). Na extração do óleo, sobram o farelo e vários subprodutos, como a proteína vegetal texturizada. A soja entra ainda na composição de numerosos gêneros alimentícios, como macarrão, pães, bolos, bebidas e, como "carne vegetal", em hambúrgueres, patês e salsichas.

A soja pode ser usada também como forragem e como adubo verde. Para isso é enterrada, arando-se em seguida o solo, para fertilizá-lo. Os pés de soja, tal como os de outras leguminosas, possuem nas raízes nódulos bacterianos, pelos quais absorvem nitrogênio do ar e o incorporam ao solo, quando são aproveitados como adubo. Planta bastante rústica, a soja se desenvolve facilmente e cresce em terrenos de diversos tipos. Apresenta certa resistência às secas e é relativamente pouco afetada por doenças ou pragas.

Lineu, que foi o primeiro a descrevê-la, atribuiu-lhe a Índia como terra de origem, se bem seu cultivo, a princípio, tenha tomado mais impulso no Japão e na China. Somente no século XVIII a soja atingiu o Ocidente. Em 1740 foi plantada em Paris no Jardin des Plantes e, em 1790, nos Royal Botanical Gardens, em Kew, Inglaterra. Nos Estados Unidos, que acabariam por disputar com o Brasil a liderança na produção mundial, foi referida pela primeira vez em 1804. No Brasil, a soja começou a ser introduzida pela Bahia, no fim do século XIX. Cem anos mais tarde, seu cultivo já era corrente em praticamente todos os estados, com a notável conquista de áreas do cerrado antes consideradas agricolamente improdutivas. Um número extraordinário de variedades foi obtido para o plantio em áreas específicas das diferentes regiões do país. O estudo da leguminosa está centralizado atualmente no Centro Nacional de Pesquisa da Soja, em Londrina-PR.

As áreas onde a soja é plantada variam das regiões de clima temperado-frio, como o norte dos Estados Unidos e o Canadá, às de clima tipicamente tropical, como as da Indonésia. O sucesso no cultivo sempre depende do uso de variedades adaptadas às peculiaridades do clima e também do solo. As exigências de calor e água para a soja são muito semelhantes às do milho. Contudo, ela é mais resistente do que o milho a secas breves, como também ao excesso de chuvas no tempo da colheita. A temperatura ótima para a germinação da soja é de 30o C; a mínima ideal, durante o crescimento, é de 10o C. Do plantio à colheita, o ciclo oscila, conforme a variedade, de 90 a 160 dias.

A soja perene (G. wightil), originária da África, é de introdução muito mais recente no Brasil. Mas, plantada de São Paulo à região Norte, é utilizada com sucesso como forrageira ou na adubação verde de lavouras de citros e de feijão.

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