Tomate (Lycopersicum esculentum)

Tomate (Lycopersicum esculentum)

#Tomate (Lycopersicum esculentum)
Tomate é o fruto do tomateiro (Lycopersicum esculentum), planta herbácea anual da família das solanáceas, a mesma da berinjela, do pimentão e do jiló. Contém vitaminas C, A, B1 e B2, bem como fósforo, cálcio e ferro. Seu uso culinário só se difundiu pelo mundo durante o século XIX, já que na Europa, a princípio, foi tido como venenoso e cultivado sobretudo em estufas, como ornamento exótico. Atualmente, é extraordinário o número de variedades comerciais existentes. As mais freqüentemente plantadas no Brasil classificam-se em três grupos: santa-cruz, de frutos mais arredondados, com peso médio de 70 a 110g; salada ou caqui, de frutos mais achatados, com peso médio de 200 a 250g; e cereja, de frutos em miniatura.

Os frutos, dependendo da variedade, podem ser vermelhos, rosados ou amarelados. A planta, com pêlos viscosos, apresenta caule flexível e, devido aos muitos ramos, tende a prostrar-se: por isso, é geralmente plantada junto de escoras. As folhas têm recortes profundos e bordas denteadas. As flores, pequenas e amarelas, agrupam-se em cachos. Os frutos encerram numerosas sementes, por meio das quais a multiplicação se efetua.
Originário do Peru, Bolívia e Equador, o tomate era cultivado, antes de Cristóvão Colombo, na América Central e no México, de onde foi levado para a Europa no século XVI. Em 1554 já se conhecia na Itália uma variedade amarela, que deu origem ao nome pomodoro (maçã de ouro). Na mesma época, a França atribuiu ao tomate virtudes afrodisíacas, chamando-o de pomme d'amour (maçã do amor).

Por suas origens, o tomateiro prefere o clima tropical de altitude, ou o subtropical fresco e seco, com boa luminosidade. As temperaturas ideais para seu cultivo situam-se entre 20 e 25o C durante o dia e 11 e 18o C à noite. As temperaturas acima de 35o C prejudicam a frutificação, enquanto as muito baixas afetam a germinação e o crescimento da planta. O tomateiro não suporta geadas, nem chuvas prolongadas ou excesso de água nas raízes: a água em demasia favorece a incidência de doenças. O cultivo do tomate é dos que mais consomem adubos químicos, mas a planta também costuma dar bons resultados quando adubada apenas com esterco, em terrenos com pH entre 6 e 6,5.

São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo e Rio de Janeiro destacam-se entre os grandes produtores internos das variedades mais tradicionais. A partir da década de 1970, as lavouras do tomate rasteiro ou industrial, plantado sem escoras e usado na produção de suco e massa, tomaram grande impulso também em Goiás e no vale do rio São Francisco.
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