Beneditinos | Membros da Ordem de São Bento (OSB)
A congregação dos beneditinos, membros da Ordem de São Bento (OSB),
associa monges e leigos, cuja regra de vida é pautada nos preceitos de
são Bento e que preservam a tradição monástica da alta Idade Média na
Itália e na Gália. Os beneditinos não constituem a rigor uma ordem
única, pois cada mosteiro é autônomo.
Além da vida monástica, os beneditinos dedicam-se a atividades que incluem a educação, o estudo, o serviço paroquial e o trabalho missionário.
Tendo em mente sua própria abadia, a de Monte Cassino, são Bento de Núrsia redigiu a regra, cuja rotina diária compreendia orações, estudo e trabalhos manuais, entre os anos 535 e 540. Pelo século VII, a regra se estendeu às freiras, cuja padroeira era santa Escolástica, irmã de são Bento. Nos cinco séculos que se seguiram à morte de são Bento, ocorrida por volta do ano 547, os mosteiros cresceram em poder e riqueza, tornando-se os principais repositórios do saber e da literatura na Europa ocidental. Contudo, essa prosperidade acarretou um relaxamento da disciplina e um dos sustentáculos da ordem beneditina reformada foi a abadia de Cluny, fundada na Borgonha, no ano 910, por Guilherme da Aquitânia.
Em meados do século XII a ordem começou a entrar em declínio. No século XV surgiu uma nova instituição, a congregação. Os superiores eram eleitos por três anos e os monges se ligavam não a um mosteiro específico, mas à congregação. Dentro de um século essas mudanças radicais se confrontaram com a turbulência da Reforma; entre 1525 e 1560 os mosteiros desapareceram quase por completo no norte da Europa, mas no século XVII, o monasticismo ressurgiu na França e na Alemanha e fundaram-se várias congregações. No século XIX, com a disseminação dos mosteiros por todo o mundo, o papa Leão XIII procurou promover alguma forma de unidade entre os beneditinos, cuja tradição era de autonomia. Em 1893, instituiu a dignidade de primaz, um abade que liderava as congregações autônomas.
A ordem dos beneditinos foi introduzida no Brasil em 1581, com a construção, na Bahia, do primeiro mosteiro. O do Rio de Janeiro (1590) foi elevado à categoria de casa regular em 1600. Leão XII elevou a província beneditina do Brasil à categoria de congregação em 1827, separando-a da de Portugal.
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