Ceará | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Estado do Ceará

Ceará | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Estado do Ceará


Geografia – Área: 148.825,6 km². Relevo: planalto, planícies e várzeas (leste e oeste). Ponto mais elevado: pico Serra Branca, na serra do Olho d'Água (1.154 m). Rios principais: Acaraú, Banabuiú, Jaguaribe, Salgado. Vegetação: caatinga em quase todo o território, vegetação de restinga e salinas em estreita faixa litorânea. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Fortaleza (2.800.600), Caucaia (341.200), Juazeiro do Norte (270.920), Maracanaú (205.300), Sobral (180.500), Crato (130.800), Itapipoca (116.100), Maranguape (103.500), Iguatu (97.700), Quixadá (77.800). Hora local: a mesma. Habitante: cearense.

População – 8.800.000

Capital – Fortaleza. Habitante: fortalezense. População: 2.800.600.

Com litoral de 573 quilômetros, o Ceará (CE) é um dos centros turísticos mais procurados do Brasil. São famosas suas praias e a culinária local, em que se destacam a lagosta, os frutos do mar e o baião-de-dois (arroz e feijão-fradinho). O território cearense abrange grandes extensões de serras e de sertões. Ao sul do estado situa-se a Floresta Nacional do Araripe, onde está a maior concentração mundial de fósseis do Período Cretáceo. Na divisa com o Piauí existe uma área de cerca de 3 mil quilômetros quadrados que não faz parte, oficialmente, de nenhum dos dois estados. Tecnicamente, a região é classificada como área de litígio, mas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não há disputa pela terra, cuja importância econômica é ínfima.

Economia – O setor industrial responde por 36,8% do Produto Interno Bruto (PIB) cearense, o de serviços e comércio por 57% e a agropecuária, por 6,1%. Nos últimos anos, mais de 1.100 empresas nacionais e estrangeiras instalam-se no estado, atraídas pelos incentivos que o governo oferece e pela mão-de-obra barata. Os principais setores são calçadista, metal-mecânico, siderúrgico, têxtil, de confecções e eletroeletrônico. Um polo de floricultura no interior do estado fez do Ceará o segundo maior exportador de flores frescas cortadas do Brasil, atrás apenas de São Paulo. A produção de frutas também apresenta crescimento, com destaque para a banana, o abacaxi e o melão.

CEARÁ, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DO CEARÁ

Índices sociais – O Ceará historicamente enfrenta problemas de escassez de água. Castigada pela seca e pela situação de desigualdade social, a população sofre com a desnutrição. No decorrer da década de 1990, programas de saúde familiar desenvolvidos pelo governo do estado e pela Pastoral da Criança, com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), conseguem reduzir a mortalidade infantil. Em 1990, entre crianças de até 1 ano, o número de mortes era de 72,5 em cada mil nascidas vivas. Em 2010, passa para 24,1 em mil. O resultado é obtido graças a medidas como ampliação da cobertura de vacinação, combate à desnutrição infantil e estímulo à amamentação.

Capital – A região metropolitana de Fortaleza possui uma costa urbanizada, com boa rede hoteleira, restaurantes, casas de espetáculos, bares, museus e parques temáticos. Os 90 quilômetros de praias atraem turistas de todo o Brasil. Fortaleza, no entanto, enfrenta o problema crescente da violência, como as demais grandes cidades do país.

História do Ceará

Colonos portugueses apoiados por expedições militares começam a ocupar o Ceará por volta de 1610. O objetivo é defender a capitania, criada em 1534, dos ataques de franceses, holandeses e ingleses, que se aliavam a tribos locais. O povoamento do interior e o desenvolvimento da agropecuária são incrementados quando proprietários de Pernambuco, da Paraíba e de Alagoas chegam à região, fugindo dos holandeses instalados no litoral nordestino no século XVII.
Os cearenses participam da Revolta Pernambucana, em 1817, das lutas de independência, enfrentando as forças portuguesas aquarteladas no Piauí, e da Confederação do Equador, de 1824, também liderada por Pernambuco. Durante o Império, o estado se envolve na campanha abolicionista e na republicana. Ceará e Amazonas são as primeiras províncias a declarar oficialmente extinta a escravidão, em 1884. Nas últimas décadas do século XIX, a seca faz dezenas de milhares de cearenses abandonar a região. A maior parte vai para a região Amazônica, a fim de trabalhar nos seringais.

Fortaleza, Capital do Ceará
Fortaleza, Capital do Ceará
A República contribui para fortalecer o poder dos grandes fazendeiros, os coronéis. Liderados pelo clã dos Acioli, eles controlam todo o estado por meio dos "currais eleitorais" (prática na qual os eleitores trocam o voto por dinheiro ou por outro benefício). O governo federal resolve intervir na poderosa oligarquia cearense e indica Marcos Franco Rabelo para governar o estado. Mas os coronéis reagem brutalmente, com o apoio do Padre Cícero, na Revolta do Juazeiro. As obras contra a seca se intensificam a partir dos anos 1940 e 1950, quando o governo federal aumenta os recursos aplicados no estado pelo Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), criado em 1943. Dezenas de açudes são construídos, alguns de grande capacidade, como os de Orós, Banabuiú e Araras, localizados, respectivamente, no sudeste, centro e noroeste do Ceará. Os recursos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a partir dos anos 1960, e os incentivos fiscais da década de 1970 fazem crescer principalmente os setores alimentício e têxtil. Este último se desenvolve graças às condições favoráveis ao plantio de algodão. Indústrias de transformação e de alimentos, entre outras, surgem apoiadas no aumento da produção de cana-de-açúcar e dos óleos de carnaúba, mamona e oiticica.

Aracati

Aracati

Aracati situa-se no extremo nordeste do Ceará, a 142km de Fortaleza e noventa quilômetros de Mossoró (RN). O município é cortado de sul a norte pelo Jaguaribe, o maior rio periódico do Brasil, e junto de sua embocadura fica a cidade. A população é de aproximadamente 75 mil habitantes em 2016.

Cidade histórica, palco de choques armados entre imperialistas e republicanos por ocasião da Confederação do Equador, em 1824, Aracati é o mais importante município da região do baixo e médio Jaguaribe.

Data de 10 de agosto de 1603 a fundação da cidade, pelo capitão-mor Pero Coelho de Sousa, que ali mandou erguer um fortim, a que deu o nome de São Lourenço. O povoado chamou-se sucessivamente São José do Porto dos Barcos, Cruz das Almas e Santa Cruz do Aracati, e em 1747 transformou-se em vila, uma das mais importantes do Ceará Grande em fins do século XVIII. Em 25 de outubro de 1842, a vila foi elevada à condição de cidade.

Aracati tem no turismo importante fonte de renda. São pontos de atração a praia de Canoa Quebrada, por suas dunas, a feira de artesanato (labirintos) e uma regata de jangadas, na segunda quinzena de outubro. A cidade conta ainda com indústrias de cerâmica e tecidos, agricultura (caju) e extrativismo (carnaúba, sal).

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