Stalinismo, Regime Político Implantado na União Soviética por Josef Stálin
Regime político de caráter totalitário implantado na União Soviética, nos anos 20, por Josef Stálin. Com a morte de Lênin, estabelece-se uma disputa entre os comunistas, principalmente Leon Trótski e Stálin, sobre o destino da revolução socialista. Trótski defende a revolução internacional, enquanto Stálin quer implantar o socialismo apenas na URSS. Secretário-geral do Politburo – órgão máximo do Partido Comunista (PC) russo – de 1922 a 1953, Stálin expulsa Trótski do partido, em 1927, e do país, em 1929. Passa, então, a controlar o aparelho do Estado, liquidando todas as formas de oposição.
A ascensão de Stálin assinala o começo de uma nova política econômica baseada em planos quinquenais. Entre 1928 e 1938, o governo dá prioridade à indústria pesada, incrementando a exploração de carvão, ferro e petróleo nos montes Urais, na Sibéria e na Ásia Central. A política de coletivização das terras leva à formação de dois tipos de unidade agrícola: os sovkhozes, fazendas estatais onde o camponês é assalariado do Estado; e os kolkhozes, fazendas em que a terra é do Estado, mas a produção pertence ao trabalhador. No plano político, Stálin implanta um regime de terror indiscriminado, de 1936 a 1939, expulsando do partido e do Exército os inimigos declarados, potenciais ou meros suspeitos. Dá início aos Processos de Moscou, farsas judiciais em que antigos dirigentes do Partido Bolchevique são obrigados a confessar crimes de traição. Milhões de pessoas são presas, interrogadas, executadas ou enviadas aos campos de trabalho pela NKVD, a polícia política. Trótski é assassinado no México, em 1940, por um agente stalinista.
Em 1939, Stálin assina um tratado de não-agressão com a Alemanha nazista, que previa a anexação à URSS dos Estados Bálticos (Letônia, Estônia e Lituânia), da Bessarábia (parte da Romênia incorporada à Moldávia), do leste da Polônia e de parte da Finlândia. Com o fim da II Guerra Mundial, Stálin estreita a ligação com as novas repúblicas socialistas da Europa Oriental, criando alianças militares e econômicas.
Em 1956, durante o 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), os crimes de Stálin são denunciados oficialmente. O secretário-geral do PCUS, Nikita Khruchov, condena publicamente o extermínio dos adversários e inicia o processo de desestalinização do regime.
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