Coco, Cultura do Coco
O Brasil, participando com
menos de 15% na produção mundial, não satisfaz às suas necessidades; a produtividade
é baixíssima - 25 cocos pé/ano - (material cultivado, manejo inadequado). Os
continentes Ásia e Oceania são responsáveis por 90% da produção mundial
(Filipinas, Indonésia, Índia, Papua Nova Guiné).
Botânica/Descrição
da Planta/ Variedades
O coqueiro é uma planta monocotiledonea, da família Palmae, conhecido como Cocus nucífera, L.
O coqueiro é uma planta monocotiledonea, da família Palmae, conhecido como Cocus nucífera, L.
Planta arbórea, altura em
torno de 25m. (coqueiro gigante) copa densa e elegante. Raiz fasciculada (vai a
1,8m. para lados e até 0,6m. para baixo), caule indiviso chamado estipe ou
espique, com tufo de folhas (30-35) bem verdes na extremidade. Folha
constituída de pecíolo curto e por vários pseudo - folíolos, com 6m. de
comprimento e 1-2 anos de vida; inflorescência axilar em forma cacho com flores
femininas globosas. A planta é monoica (órgãos masculinos e femininos na mesma
planta). Fruto é drupa com casca (epiderme) lisa, camada fibrosa (mesocarpo) e
parte dura (endocarpo). Na sua parte interna encontra-se a amêndoa e a
"água-de-coco". O fruto também é conhecido como noz-semente, semente.
As variedades de coqueiro são: gigante - também chamado de típico, é
predominante, tem grande altura, polinização cruzada, fruto verde, cocos
destinados à industrialização; anão - representado por tipos com frutos verdes,
vermelhos e amarelos, tem autofecundação e frutos destinados ao consumo da
água-de-coco e híbrido - proveniente do cruzamento natural ou artificial
gigante x anão, não tem informações conclusivas sobre seu material.
Importância / Uso do coqueiro - Cultivado em mais
de 80 países tropicais o coqueiro oferece mais de 360 modalidades diferentes de
aproveitamento com 200 deles constituindo-se em alimentos (água-de-coco, coco
ralado, leite de coco, doce, sorvete, outros). População, indústrias e fabricas
são atendidas pelas modalidades. Dentre os usos do coqueiro destacam-se segundo
o órgão: raízes: fabricação de balaios; caule: lenho de
indivíduos idosos para marcenaria e ornamentação, esteios, pisos de pontes,
jangada mourões, palmito (broto terminal comestível); folha: como
forragem (folhas novas), matéria para balaios, esteiras, peneiras, chapéus; fruto:
fibras para cordas, tapetes, escovas, amêndoa para copra, para alimentos, para
sabões, óleos, farinhas, leite de coco e água de coco. Em alguns países bebe-se
a seiva da inflorescencia (toddy).
O coco gigante seco é
adquirido por intermediários para consumo como coco seco para culinária ou para
indústrias; o coco verde (anão) é levado para consumo in natura. Cidades
grandes e de porte médio da Bahia (Feira de Santana, Juazeiro, Itabuna, Vitória
da Conquista) e agroindústrias (Sergipe, Alagoas, outras) de transformação
(grande mercado) são destino do produto.
O albumen do coco, tem
seguinte composição: água (46%), substâncias albuminoides (5,41%), óleos
(35,9%), substâncias azotadas (8,06%), celulose (2,9%), cinzas (0,97%).
Clima - O coqueiro é típico
de regiões quentes, úmidas e ensolaradas; a água é o fator mais importante para
o coqueiro e depois temperatura e radiação solar.
Chuvas: precipitação média anual superior
a 1.600mm. ( ótimo entre 1.700 e 2.200mm.) com mínimo de 130 mm./mensais (ótimo
em 150mm.). Em locais com chuvas abaixo de 1.000mm./ano lançar mão da
irrigação.
Temperatura: o coqueiro requer temperatura
média anual acima de 22ºC. Ótimo em 27-28ºC; temperatura elevada com baixa
umidade é condição danosa para a planta.
Luminosidade: a radiação solar ou insolação
acima de 2.000 horas/ano é ideal para o coqueiro; 1.800 horas/ano já é nível
critico.
Umidade relativa do ar: o coqueiro exige saturação do ar
igual ou superior a 80% sem ultrapassar 90% as mínimas mensais não devem cair
abaixo de 60%.
Ventos: se excessivos podem tombar a
planta; além de influenciar na evapo-transpiração o vento desempenha papel
importante na polinização do coqueiro.
Obs: em relação a altitude a planta
encontra seus limites (comercialmente) aos 600 metros.
Solos - O coqueiro exige
solos profundos (profundidade efetiva entre 1 e 2m.), é tolerante a solos
arenosos, argilosos e silico-argilosos, requer solos bem drenados, com lençol
freático entre 1 a 4m. de profundidade, com fertilidade média a alta, ricos em
matéria orgânica, potássio, fósforo, cálcio e magnésio e com pH entre 6,0 e
6,5.
A planta é tolerante, ligeiramente, à presença de sais solúveis e de sódio no solo.
Os terrenos para coqueirais devem ser planos a ligeiramente ondulados (até 3%).
A planta é tolerante, ligeiramente, à presença de sais solúveis e de sódio no solo.
Os terrenos para coqueirais devem ser planos a ligeiramente ondulados (até 3%).
Produção de mudas
Planta matriz: fornece a noz semente. Deve ser vigorosa, ereta, com copa verde intenso, idade entre 15 e 30 anos, com bom número de folhas e sem pragas. A semente deve ter 11 a 12 meses de idade, pesada, arredondada, casca sem indícios de pragas, deve descansar de 10 a 21 dias após colhida.
Germinador: canteiro com 15cm. profundidade, 1 a 2m. de largura por comprimento variável (irrigação). As nozes devem receber entalhe na protuberância mais alta do lado que se prende à infloescencia; entalhadas as nozes são colocadas lado a lado, com entalhe para cima e para a mesma direção. Cada m2 de canteiro recebe 22 a 24 nozes. A irrigação deve proporcionar 6 a 7mm./dia ( 6 a 7l/m2 /dia).
Viveiro: como no germinador o terreno é arado gradeado e limpo convenientemente; quando a plantinha da noz alcançar 15cm. de altura deve-se fazer a repicagem para viveiro em terra firme ou em sacolas plásticas. Deve selecionar mudas com um só broto (reto, na vertical) forte, bem fixado na casca; rejeitar nozes com brotos raquíticos, duplos ou triplos, retorcidos, esbranquiçados. Retira-se a muda do germinador (com gancho de ferro) e corta-se as raízes a 1-2cm. da casca. Situado próximo ao germinador o viveiro deve receber 60% das mudas germinadas.
Viveiro em terra firme: deve ter solo escarificado, com matéria orgânica ou pó-de-serra incorporado (facilitar arranquio); evitar solos ácidos ou com muito alumínio. Mudas que permanecerão 6 meses são plantadas no espaçamento de 60cm. x 60cm. em triângulo equilátero; as que permanecerão de 7 a 9 meses o espaçamento será de 80cm. x 80cm. em triângulo. A irrigação será de 10l/m2 (até 2 meses), 12l/m2//dia (2-4 meses), 14l/ m2//dia (4 a 6 meses) e 16l/ m2//dia de 6 meses em diante. Pode-se regar em dias alternados.
Viveiro em sacolas: os sacos devem ser de polietileno preto, com 0,2mm. de espessura, dimensões de 40cm. x 40cm. (anão), a 50cm. x 50cm. (gigante) e furos no terço inferior (3 fileiras espaçadas de 5cm.). Os sacos são cheios até 2/3 de sua capacidade, com terra peneirada de superfície com matéria orgânica (10 litros); coloca-se o material proveniente do germinador e completa-se o enchimento do saco. O espaçamento é igual ao do viveiro terra firme.
Controle de ervas dentro e ao redor (10m.) da área do viveiro, a proteção fitossanitária é feita utilizando-se os químicos carbaryl 85 M, paratiom 60 E, dimetoado 50 E, mancozeb,. Se aparecer podridão do olho queimar plantas doentes e aplicar TEMIK 10 g na área.
Um mês após repicagem efetuar adubação em cobertura com mistura de ureia ( 1 parte), superfosfato simples (2 partes) e cloreto de potássio (3 partes) aplicando 18g. (planta 1 mês), 24g. (2 meses), 30g. (3 meses), 36g. (4 meses), 36g. (a partir de 5 meses). O adubo é colocado ao redor da noz incorporado à terra de superfície e procede-se a uma irrigação.
Planta matriz: fornece a noz semente. Deve ser vigorosa, ereta, com copa verde intenso, idade entre 15 e 30 anos, com bom número de folhas e sem pragas. A semente deve ter 11 a 12 meses de idade, pesada, arredondada, casca sem indícios de pragas, deve descansar de 10 a 21 dias após colhida.
Germinador: canteiro com 15cm. profundidade, 1 a 2m. de largura por comprimento variável (irrigação). As nozes devem receber entalhe na protuberância mais alta do lado que se prende à infloescencia; entalhadas as nozes são colocadas lado a lado, com entalhe para cima e para a mesma direção. Cada m2 de canteiro recebe 22 a 24 nozes. A irrigação deve proporcionar 6 a 7mm./dia ( 6 a 7l/m2 /dia).
Viveiro: como no germinador o terreno é arado gradeado e limpo convenientemente; quando a plantinha da noz alcançar 15cm. de altura deve-se fazer a repicagem para viveiro em terra firme ou em sacolas plásticas. Deve selecionar mudas com um só broto (reto, na vertical) forte, bem fixado na casca; rejeitar nozes com brotos raquíticos, duplos ou triplos, retorcidos, esbranquiçados. Retira-se a muda do germinador (com gancho de ferro) e corta-se as raízes a 1-2cm. da casca. Situado próximo ao germinador o viveiro deve receber 60% das mudas germinadas.
Viveiro em terra firme: deve ter solo escarificado, com matéria orgânica ou pó-de-serra incorporado (facilitar arranquio); evitar solos ácidos ou com muito alumínio. Mudas que permanecerão 6 meses são plantadas no espaçamento de 60cm. x 60cm. em triângulo equilátero; as que permanecerão de 7 a 9 meses o espaçamento será de 80cm. x 80cm. em triângulo. A irrigação será de 10l/m2 (até 2 meses), 12l/m2//dia (2-4 meses), 14l/ m2//dia (4 a 6 meses) e 16l/ m2//dia de 6 meses em diante. Pode-se regar em dias alternados.
Viveiro em sacolas: os sacos devem ser de polietileno preto, com 0,2mm. de espessura, dimensões de 40cm. x 40cm. (anão), a 50cm. x 50cm. (gigante) e furos no terço inferior (3 fileiras espaçadas de 5cm.). Os sacos são cheios até 2/3 de sua capacidade, com terra peneirada de superfície com matéria orgânica (10 litros); coloca-se o material proveniente do germinador e completa-se o enchimento do saco. O espaçamento é igual ao do viveiro terra firme.
Controle de ervas dentro e ao redor (10m.) da área do viveiro, a proteção fitossanitária é feita utilizando-se os químicos carbaryl 85 M, paratiom 60 E, dimetoado 50 E, mancozeb,. Se aparecer podridão do olho queimar plantas doentes e aplicar TEMIK 10 g na área.
Um mês após repicagem efetuar adubação em cobertura com mistura de ureia ( 1 parte), superfosfato simples (2 partes) e cloreto de potássio (3 partes) aplicando 18g. (planta 1 mês), 24g. (2 meses), 30g. (3 meses), 36g. (4 meses), 36g. (a partir de 5 meses). O adubo é colocado ao redor da noz incorporado à terra de superfície e procede-se a uma irrigação.
Plantio - Proveniente do
viveiro a muda ideal deve ter 1m. de altura (da noz à folha mais nova aberta em
posição normal), com 5 a 7 folhas vivas, coleto com 15-18cm. de circunferência,
a planta livre de pragas e doenças. Entre a retirada da muda do viveiro e o
plantio não deve permear muito tempo; a muda de raiz viva deve estar abrigada,
sob sombra, nesse período.
Os espaçamentos, com traçado de triângulo equilátero , indicados são 9,0m. x 9,0m. (143 plantas para o gigante), 8,5m. x 8,5m. (160 plantas / ha para o híbrido) e 7,5m. x 7,5m. (204 plantas / ha para o anão). As covas podem ter dimensões de 0,8m. x 0,8m, x 0,8m. (ou 0,6m. x 0,6m. x 0,6m.) para coqueiro anão e 1,0m. x 1,0m. x 1,0m. para coqueiro gigante.
Do fundo para a superfície enche-se a cova com casca de coco (voltada para cima) com altura de 30cm., segue-se camada de 20cm. de mistura de terra de superfície e matéria orgânica (15l. de esterco curral ou 3Kg. de torta de mamona), 800 gramas de superfosfato simples e por fim terra de superfície.
No ato do plantio se a muda tiver raiz longa deve ser podada, centraliza-se a muda na cova, deixando-se a parte externa do coleto (início do caule) voltada para os ventos dominantes. O coleto deve ficar ao nível do solo e a terra ao redor da muda deve ser bem socada mantendo-o na posição vertical. Deve-se colocar terra sobre a noz somente para recobri-la sem que o coleto fique enterrado.Em seguida irriga-se a cova com 15 litros de água e cobre-se em volta da noz, com cobertura morta num raio de 80cm.
Obs.: Se a análise do solo recomendar calagem o calcário deve ser colocado no fundo da cova.
Os espaçamentos, com traçado de triângulo equilátero , indicados são 9,0m. x 9,0m. (143 plantas para o gigante), 8,5m. x 8,5m. (160 plantas / ha para o híbrido) e 7,5m. x 7,5m. (204 plantas / ha para o anão). As covas podem ter dimensões de 0,8m. x 0,8m, x 0,8m. (ou 0,6m. x 0,6m. x 0,6m.) para coqueiro anão e 1,0m. x 1,0m. x 1,0m. para coqueiro gigante.
Do fundo para a superfície enche-se a cova com casca de coco (voltada para cima) com altura de 30cm., segue-se camada de 20cm. de mistura de terra de superfície e matéria orgânica (15l. de esterco curral ou 3Kg. de torta de mamona), 800 gramas de superfosfato simples e por fim terra de superfície.
No ato do plantio se a muda tiver raiz longa deve ser podada, centraliza-se a muda na cova, deixando-se a parte externa do coleto (início do caule) voltada para os ventos dominantes. O coleto deve ficar ao nível do solo e a terra ao redor da muda deve ser bem socada mantendo-o na posição vertical. Deve-se colocar terra sobre a noz somente para recobri-la sem que o coleto fique enterrado.Em seguida irriga-se a cova com 15 litros de água e cobre-se em volta da noz, com cobertura morta num raio de 80cm.
Obs.: Se a análise do solo recomendar calagem o calcário deve ser colocado no fundo da cova.
Tratos
culturais
Controle de ervas daninhas - Coroamento: é a eliminação de ervas em circulo de tamanho variável em torno do coqueiro. Em algumas áreas de plantio faz-se 4 coroamentos por ano; do 1º ao 4º ano do plantio efetua-se o coroamento com raio de 1m., a partir do 5º ano, com raio de 1,5m. ou de acordo com tamanho da projeção da copa. A operação é efetuada com enxada ou com aplicação de herbicidas ( mistura de paraquat e diuron ).
Controle de ervas daninhas - Coroamento: é a eliminação de ervas em circulo de tamanho variável em torno do coqueiro. Em algumas áreas de plantio faz-se 4 coroamentos por ano; do 1º ao 4º ano do plantio efetua-se o coroamento com raio de 1m., a partir do 5º ano, com raio de 1,5m. ou de acordo com tamanho da projeção da copa. A operação é efetuada com enxada ou com aplicação de herbicidas ( mistura de paraquat e diuron ).
Roçagem: da vegetação nativa das
entrelinhas do plantio.
Gradagem: se necessária uma vez por ano no
final da estação chuvosa, em caráter superficial.
Limpeza da planta: folhas mais velhas, amareladas e
secas devem ser eliminadas; as folhas são cortadas a 20-25cm. da base, após 3-4
meses o pé do pecíolo apodrecido é retirado. Evitar cortar folhas verdes ou
arrancar pecíolo amarelado.
Uso da cobertura: protege o solo em torno da planta,
mantém umidade do solo, evita crescimento de ervas daninhas, conserva o solo,
fornece matéria orgânica ao solo.
Culturas intercaladas: O uso de culturas intercaladas
pode ser feito nos primeiros anos de vida do coqueiro; deve-se optar por
culturas de ciclo curto a serem plantadas no período chuvoso do ano e a 2m. da
linha de plantio do coqueiro. Indica-se amendoim, feijões, milho, sorgo, entre
outras.
Adubação em cobertura - O potássio é o
elemento de maior importância para o coqueiro bem como o enxofre e o magnésio.
As adubações em cobertura
são: no mesmo ano do plantio no final da estação chuvosa efetua-se uma adubação
com 200g. de ureia e 200g. de cloreto de potássio, por planta a lanço ao redor
da planta, numa faixa de 30cm. a partir do pé incorporando-se levemente, em
seguida,as adubações seguintes obedecem ao quadro I (no início da estação
chuvosa e próximo do seu fim), a saber:
Quadro I - doses de adubo
para o coqueiro (g/pé.) em diferentes fases.
Anos
|
Estação
Chuvosa
Início Fim |
||||
UR SS KCl UR KCl | |||||
Plantio
|
200
|
200
|
|||
1º
|
400
|
400
|
300
|
400
|
300
|
2º
|
550
|
1.200
|
400
|
550
|
400
|
3º
|
700
|
1.200
|
500
|
700
|
500
|
4º
|
850
|
2.000
|
650
|
850
|
650
|
5º
|
1.000
|
2.000
|
750
|
1.000
|
750
|
6º
|
1.100
|
2.400
|
800
|
1.100
|
800
|
7º em diante
|
1.250
|
3.200
|
900
|
1.250
|
900
|
Adubos (g/pé)
Ur = ureia
SS = super fosfato simples
KCl = cloreto de potássio
Pragas
Baratas: (besouros, Coraliomela e Mecistomela). Na fase de pré - produção a barata danifica a folha central ainda fechada com redução do limbo foliar.Controla-se com pulverizações de paratiom 60 EM (10 ml/10 litros de água) ou endosulfan 35 EC (15 ml/10litros de água). Aplica-se 300ml. por planta.
Baratas: (besouros, Coraliomela e Mecistomela). Na fase de pré - produção a barata danifica a folha central ainda fechada com redução do limbo foliar.Controla-se com pulverizações de paratiom 60 EM (10 ml/10 litros de água) ou endosulfan 35 EC (15 ml/10litros de água). Aplica-se 300ml. por planta.
Cochonilha: (Aspidiotus). -
Vive sobre as folhas sugando a seiva. É controlada pela aplicação de dimetoato
40 CE (10 ml/100 litros de água), pulverizando-se a face inferior da folha.
Obs.: Ocasionalmente podem
aparecer lagartas (Brassolis) consumindo folíolos. Controla-se pela aplicação
de carbaryl 85 M (20g/10 litros de água).
Broca do olho:
(Rhyncophorus). A partir do 3º ano de vida o coqueiro torna-se susceptível ao
ataque desse besouro que penetra no olho (gema terminal) da planta. Como
controle: eliminar pelo fogo plantas atacadas, instalar iscas atrativas
(tratadas com solução de Lannate L 50 ml/100l. água) dentro do coqueiral, uso
de feromonios para atrair o besouro para armadilha.
Broca do tronco:
(Rhynostomus). Ao detectar planta atacada - serragem do tronco - retira-se
casca nesse local, aumenta-se o orifício e injeta solução de malatiom 50 E (80
ml/10l. água) ou Paratiom 60 E (50 ml/100l. água)
Nematoide:
(Bursaphelenchus). Plantas jovens e adultas podem ser atacadas por esse
nematoide (trazido pela broca-do-tronco) que causa a doença anel vermelho.
Ácaro dos frutos:
(Eriophyes). Minúsculo, encontrado atacando os frutos, causa rachaduras e
impede o desenvolvimento normal do fruto. Controlar pulverizando os frutos como
ometoato 1.000 (15 ml/10 litros de água).
Doenças - Podridão-do.olho (
Phytophthora sp): Doença mortal, ataca mudas e coqueiros com 2-3 anos de idade
no campo. Flechas tornam-se cloróticas e secas; folhas amarelecem e secam de
cima para baixo. Controle: pulverizações preventivas com fungicidas cúpricos.
Queima das folhas: Em
folhas inferiores de plantas jovens e adultas há ressecamento dos folíolos das
extremidades das folhas e morte das folhas. Há queda de frutos em
desenvolvimento. Controla-se com retirada e queima de folhas doentes e
pulverização de plantas atacadas com fungicidas cúpricos.
Anel vermelho: doença
mortal, causada pelo nematoide Bursaphelenchus cocophilus. Aparece uma saia de
folhas secas em volta do tronco do coqueiro, folhas altas amareladas e queda de
cocos. Aparece anel marrom avermelhado no interior do caule. Controla-se
eliminando planta doente (queima) e diminuição da população da broca-do.tronco.
Colheita/Rendimento/Beneficiamento
Colhe-se coco para fornecimento da água-de-coco (coco imaturo), para uso doméstico ou industrial (coco maduro seco) e para multiplicação (semente, coco tendendo a secar). A colheita é feita a cada 60 ou 75 ou 90 dias (segundo costumes da região ou da propriedade). Para água de coco colhe-se entre o 6º e 8º mês de vida do fruto, para copra ou semente colhe-se o fruto em plena maturação e não antes do 11º mês de vida.Colhe-se cocos caídos (maduros) ou apanha-se cocos verdes e maduros subindo no coqueiro (através de "peia"). Na colheita aproveita-se para efetuar limpeza da copa (eliminação de restos florais secos, folhas secas).
Colhe-se coco para fornecimento da água-de-coco (coco imaturo), para uso doméstico ou industrial (coco maduro seco) e para multiplicação (semente, coco tendendo a secar). A colheita é feita a cada 60 ou 75 ou 90 dias (segundo costumes da região ou da propriedade). Para água de coco colhe-se entre o 6º e 8º mês de vida do fruto, para copra ou semente colhe-se o fruto em plena maturação e não antes do 11º mês de vida.Colhe-se cocos caídos (maduros) ou apanha-se cocos verdes e maduros subindo no coqueiro (através de "peia"). Na colheita aproveita-se para efetuar limpeza da copa (eliminação de restos florais secos, folhas secas).
O coqueiro anão começa a
produzir no 2º ano pós plantio e o coqueiro gigante no 4º-5º ano de vida.Em
média são colhidos 12 cachos/ano/planta do coqueiro gigante e 14
cachos/planta/ano do coqueiro anão. Aos 10 anos de vida um coqueiro gigante
pode produzir 80 frutos/ano e o coqueiro anão 120 frutos/ano. Satisfeitas as
necessidades climáticas e com bom manejo (adubações e tratos fitossanitarios)
as variedades de coqueiros podem duplicar a produção acima. Um tirador de coco
(gigante) é capaz de colher 60 plantas/dia.
O beneficiamento primário
do coco seco é o descascamento manual; um barra de ferro firmemente encravada
no solo tendo uma lamina cortante na extremidade superior ajuda um operário a
descascar (bate o coco na lamina para tirar a fibra; deixa-se proteção perto
dos "olhos"). Um homem descasca 1.500 frutos num dia.
Instituto de Pesquisa
Agropecuária de Pernambuco - IPA
Instruções Técnicas do IPA 28 - Cultivo do Coqueiro
Março / 92 2ª edição - Recife - Pe.
Instruções Técnicas do IPA 28 - Cultivo do Coqueiro
Março / 92 2ª edição - Recife - Pe.
Federação da Agricultura
da Bahia
Informativo Rural, Mar / Abr de 1984 pg. 9
Salvador - Ba.
Informativo Rural, Mar / Abr de 1984 pg. 9
Salvador - Ba.
EMBRAPA / Centro Nacional
de Pesquisa de Coco
Instruções para o cultivo do coqueiro maio/86
Aracaju - Se.
Instruções para o cultivo do coqueiro maio/86
Aracaju - Se.