Filipinas | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos das
Filipinas
Geografia: Área: 300.000 km². Hora local: +11h. Clima: equatorial. Capital: Manila. Cidades: Manila (aglomeração urbana: 10.000.000, cidade: 1.620.000), Quezon City (2.210.00), Caloocan (1.200.00), Davao (1.170.000), Cebu (740.000).
População: 112 milhões; nacionalidade: filipina; composição: malaios 96%, chineses 2%, outros 2%. Idiomas: filipino, inglês (oficiais), espanhol, línguas regionais (cebuano, tagalo, ilongo, bicol). Religião: cristianismo 89,7% (católicos 82,4%, independentes 18,9%, outros 8,1% - dupla filiação 19,7%), islamismo 6,2%, outras 3,2%, sem religião e ateísmo 0,9% (2016).
Relações Exteriores: Organizações: Apec, Asean, Banco Mundial, FMI, OMC, ONU. Embaixada: Tel. (61) 224-8694, fax (61) 226-7411 – Brasília (DF); e-mail: ambaphilbr@persocom.com.br.
Governo: República presidencialista. Div. administrativa: 13 províncias, a região da capital e a região autônoma de Mindanao. Partidos: Poder do Povo-União Nacional dos Democratas-Cristãos (Lakas-NUCD), Coalizão Nacionalista do Povo (NPC), Liberal (LP), Luta dos Filipinos Democráticos (LDP). Legislativo: bicameral – Senado, com 24 membros; Casa dos Representantes, com até 260 membros. Constituição: 1987.
Localizado no Sudeste Asiático, o arquipélago das Filipinas é formado por 7 mil ilhas. As 11 maiores representam mais de 90% da área total do país. O clima equatorial mantém a temperatura elevada durante todo o ano. Como herança da colonização espanhola, a população, de origem malaia, usa nomes espanhóis. As Filipinas são a única nação de maioria católica na Ásia, mas há uma minoria muçulmana e separatista na ilha de Mindanao. O período colonial não estabeleceu uma homogeneidade linguística: quase mil idiomas e dialetos são falados no arquipélago. Embora mais de 90% dos filipinos sejam alfabetizados, quase metade da população vive abaixo da linha de pobreza.
O arquipélago é habitado desde o período paleolítico. Entre os séculos XI e XII, mercadores – predominantemente chineses, mas também mulçumanos – povoam a região. Os habitantes locais não estabelecem um governo centralizado, e as ilhas são conquistadas no século XVI pela Espanha, que funda uma colônia com o nome de Filipinas, em homenagem ao rei Felipe II. O catolicismo passa a ser a religião oficial.
Independência – A luta anticolonial começa no fim do século XIX. Os nacionalistas, liderados por Emilio Aguinaldo, provocam uma rebelião em 1896. Dois anos depois, a Espanha, derrotada em guerra contra os Estados Unidos (EUA), cede as Filipinas. A independência é declarada em 1898, mas há forte presença norte-americana no país. Os nacionalistas recomeçam a luta contra a ocupação estrangeira e são esmagados por tropas norte-americanas. Uma Constituição ratificada em 1935 dá às Filipinas autonomia interna. Durante a II Guerra Mundial, o Japão invade o país, que é depois reocupado pelos EUA. A independência é conquistada formalmente apenas em julho de 1946. Manuel Roxas, aliado dos militares norte-americanos, ocupa a Presidência.
Pós-guerra – Os EUA mantêm bases militares no arquipélago. No pós-guerra, o governo filipino enfrenta um movimento rebelde, liderado por comunistas, que dura até 1953. O presidente Ferdinand Marcos, eleito em 1965 e reeleito em 1969, enfrenta sucessivos protestos da esquerda. Os manifestantes acusam o governo de, entre outras coisas, fraudar eleições e envolver o país na Guerra do Vietnã. Em 1972, Marcos passa a governar como ditador e decreta a prisão de vários opositores. Sua mulher, Imelda, adquire crescente influência sobre o regime, marcado pela corrupção.
Fim da ditadura – Em 1983, o líder oposicionista Benigno Aquino regressa do exílio e é assassinado no aeroporto de Manila. O crime une a oposição, e o regime perde o apoio dos EUA. Marcos é declarado vencedor nas eleições de 1986, mas a oposição denuncia fraude e proclama a vitória de Corazón Aquino, viúva do político assassinado. Manifestações provocam a queda de Marcos e sua fuga do país. Corazón Aquino assume a Presidência. Nas eleições presidenciais de 1992, o vencedor é o general Fidel Ramos, chefe das Forças Armadas.
Separatismo – Em 1996, o governo assina acordo com a Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN) para pôr fim à rebelião separatista em Mindanao, ilha de maioria islâmica. O total de mortos no conflito, iniciado em 1972, ultrapassa 120 mil. Os combates, no entanto, prosseguem sob a liderança de outro grupo, a Frente Moro Islâmica de Libertação (FMIL).
Manila, Capital das Filipinas |
Grandes manifestações de protesto ocorrem em 2001, depois que o Senado adia a votação do impeachment por prazo indefinido. Estrada deixa o palácio do governo sem renunciar formalmente, e a Corte Suprema declara o cargo vago. Gloria Arroyo assume a Presidência. Em junho de 2003, o governo derrota uma rebelião de militares entrincheirados num shopping center de Manila. Os rebelados acusam os chefes militares de corrupção. No fim do ano, a presidente recoloca em vigor a pena de morte no país, principalmente como forma de combate ao terrorismo islâmico.
Presidente reeleita – Em junho de 2004, Gloria Arroyo é declarada reeleita 44 dias após a realização das eleições presidenciais, apenas 3,5% dos votos à frente do oposicionista Fernando Poe Jr (Coalizão dos Filipinos Unidos). Poe alega que houve fraude. Em julho, o governo das Filipinas decide retirar seu contingente de 51 militares do Iraque, em troca da libertação de um refém filipino, o motorista Angelo de la Cruz, seqüestrado por um grupo iraquiano.
Rede terrorista atua no Sudeste Asiático
O grupo extremista muçulmano Abu Sayyaf continua a ser a principal preocupação dos Estados Unidos (EUA) nas Filipinas. Em fevereiro de 2003, o governo norte-americano anunciou o envio de tropas à ilha de Jolo, no sul do arquipélago, centro das atividades do Abu Sayyaf. É o aprofundamento de uma ação militar iniciada em dezembro de 2001, quando os EUA decidiram, como parte da guerra internacional contra o terrorismo, mandar 660 militares para treinar soldados das Filipinas. O Abu Sayyaf é acusado de manter vínculos com a Al Qaeda, grupo liderado pelo terrorista saudita Osama bin Laden. Acredita-se que o grupo esteja no centro de uma rede terrorista cujas ramificações se estendem por nações vizinhas, como Cingapura, Malásia e Indonésia. Todos os países da região são aliados dos EUA, mas alguns hesitam em se engajar diretamente na luta antiterror, para não provocar a ira de suas populações muçulmanas. O Abu Sayyaf diz ter como objetivo a criação de um Estado muçulmano independente no arquipélago, mas observadores definem como suas atividades principais o seqüestro e a extorsão.
Extremistas islâmicos - Desde o fim de 2001, dezenas de suspeitos de terrorismo são presos no Sudeste Asiático. Muitos estariam vinculados a outro grupo extremista islâmico, o Jemaah Islamiyah, cujo centro de operações ficaria na Indonésia, sob a chefia do líder espiritual Abu Bakar Bashir. O Jemaah Islamiyah, também com supostas ligações com a Al Qaeda, é apontado como responsável pelo atentado contra uma casa noturna em Bali, na Indonésia, em outubro de 2002, que deixou 202 mortos. Em agosto de 2004, 17 membros do grupo Abu Sayyaf são condenados à morte.
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http://www.geografiatotal.com.br
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