Liga Árabe
Denomina-se Liga Árabe a associação de estados árabes criada em 22 de
março de 1945, por tratado assinado no Cairo. O objetivo inicial da
organização era fortalecer e coordenar as políticas econômicas, sociais e
culturais dos estados integrantes e mediar as disputas internas, assim
como as divergências que surgissem entre os membros e outras nações.
Essa posição evoluiu para uma política de cooperação econômica e defesa
coletiva. Um tratado com esse objetivo foi assinado em 1950.
A falta de unidade foi sempre o maior problema da Liga Árabe, sujeita a freqüentes disputas internas, que prejudicaram sua coordenação. Foi justamente a ausência de coesão que possibilitou a criação do Estado de Israel, quando da intervenção militar na Palestina, em 1948.
Os integrantes originais da Liga eram Egito, Síria, Iraque, Líbano, Transjordânia (atual Jordânia), Arábia Saudita e Iêmen. Mais tarde aderiram Líbia (1953), Sudão (1956), Tunísia e Marrocos (1958), Kuwait (1961), Argélia (1962), Bahrein, Omã, Catar, Emirados Árabes Unidos (1971), Mauritânia (1973), Somália (1974), Organização para a Libertação da Palestina (1976) e Djibuti (1977).
As divergências inviabilizaram uma cooperação maior. A Liga promoveu em
1959 o primeiro congresso sobre o petróleo e, em 1964, contra a posição
da Jordânia, reconheceu a Organização para a Libertação da Palestina
(OLP) como legítima representante do povo palestino. A questão palestina
exacerbou as divergências internas: o Egito acabou suspenso da Liga
após assinar tratado de paz em separado com Israel, em 1979, e só foi
readmitido em 1989. A invasão do Kuwait pelo Iraque em 1990 provocou uma
profunda divisão entre os países árabes. A maior parte deles apoiou a
decisão da Arábia Saudita de permitir a presença de tropas ocidentais em
seu território para combater o Iraque.
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