Fantoches e Marionetes - História

Fantoches e Marionetes - História

#Fantoches e Marionetes - História 
Fantoches e marionetes são bonecos, em geral de madeira, massa ou papelão, que representam personagens, pessoas ou animais, manipulados por meios manuais ou mecânicos. Os fantoches ou bonifrates manobram-se com a mão, oculta sob o pano das roupas dos bonecos, encaixando-se os dedos em suas cabeças e braços ocos. As marionetes ou títeres são manejados por meio de cordéis suspensos, pela mão  do encenador. Em ambas as modalidades, os manipuladores emprestam suas vozes aos bonecos e encenam as peças num pequeno palco, instalado em espaço público ou no teatro.

A magia do teatro de bonecos atinge a sensibilidade de crianças e adultos, que se emocionam, sonham, riem e participam de suas incríveis aventuras.

O teatro de bonecos já era popular entre os gregos. Em Roma, eram apresentados em comemorações e banquetes e chamavam-se imagulae animate (imagens animadas), homunculi (homúnculos) ou, simplesmente, pupae (bonecos). São antiquíssimos e famosos os bonecos da China e da Índia, onde, além da popularidade, conservam o caráter mágico-religioso. Na Indonésia, no Japão e em outros países o teatro de bonecos se apresenta também em forma de sombras, projetadas sobre fundo claro numa sala escura.

Sua grande difusão no Ocidente se deu a partir dos séculos XVII e XVIII, quando companhias itinerantes provindas da Itália exibiram o moderno espetáculo de fantoches e marionetes. Eram influenciadas pela commedia dell'arte, como mostra a tipificação dos personagens: Polichinelo, Pulcinella, Colombina, Arlequim, Pantaleone, Briguela, Capitão etc. Com o tempo, os personagens foram aculturados e assumiram as cores locais dos países em que foram recebidos. Assim surgiram Hanswurst na Alemanha, Hasperl na Áustria, Pickellering nos Países Baixos (Holanda), Punch na Inglaterra, e Petruchka na Rússia. Integrantes da história ou do folclore de todos os povos, os fantoches são chamados mamulengos no interior do Brasil, principalmente no Nordeste. Os temas das encenações vão desde os dramas bíblicos até assuntos da atualidade. Em geral, as representações são feitas por ocasião de alguma festividade religiosa, no adro da igreja. No passado, os personagens criaram fama nacional, como João Redondo e João Minhoca, no Brasil; Don Cristóbal, na Espanha; Hans Wurst, na Alemanha; Punch, na Inglaterra; Jean Klassen, na Áustria; Hans Pikelhering, nos Países Baixos; e Karagauz, na Turquia.

No século XX, o teatro de bonecos tomou novo impulso, sobretudo na Europa, Índia, Austrália, Estados Unidos, México e Brasil, principalmente nas grandes cidades. Em 1929 foi fundada em Praga a Union Internationale des Marionettes (Unima). Inativa durante a segunda guerra mundial, foi reativada em 1957 e desde então realiza reuniões internacionais a cada quatro anos, quando realiza festivais internacionais e estabelece linhas de ação para os bonequeiros profissionais. Em muitas cidades do mundo, o teatro de bonecos conta com público fiel, infantil e adulto. Conserva a qualidade de obra de arte em teatros como o de Salzburgo, onde já foram encenadas obras de Mozart, ou com bonecos de confecção requintada como os do francês Jacques Chesnais e os do tcheco Jiri Trnka.

Bonecos no Brasil - Antiga tradição popular, transmitida ao longo de séculos pelos teatrinhos ambulantes, o teatro de bonecos no Brasil remonta ao século XVIII, quando grupos de bonifrates percorriam as ruas do Rio de Janeiro. Havia três grupos distintos: os "títeres de porta", que se exibiam na rua e viviam de contribuições dos espectadores; os  "títeres de capote", assim chamados porque a boca de  cena era improvisada com o próprio capote do bonequeiro, que perambulava pelas feiras e adros de igreja em dias de festa; e os "títeres de sala", que se exibiam na própria casa do bonequeiro.

A primeira iniciativa de profissionalização do teatro de bonecos no Brasil partiu da Sociedade Pestalozzi, que em 1946 realizou o primeiro curso de formação de titeriteiros, com a participação de Cecília Meireles, Pascoal Carlos Magno e Martim Gonçalves. Iniciou-se aí a prática dos cursos e festivais bonequeiros e a formação de um repertório de peças. Em 1958, foi realizado no Rio de Janeiro o primeiro Festival Brasileiro de Teatro de Bonecos. No Paraná, na mesma época, passaram a realizar-se encontros, cursos e concursos de peças. Em 1973 foi fundada a Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB), que lançou a revista Mamulengo e concentrou as atividades dos bonequeiros brasileiros.

#BonecaBoneca - Boneca é uma imagem da figura humana, feita de pano, madeira, argila, cera, porcelana, plástico ou outro material, usada como brinquedo desde tempos remotos. Na Babilônia foram encontrados fragmentos de uma boneca de alabastro, com braços articulados, e em túmulos egípcios descobriram-se bonecas de 3000 a 2000 a.C. Provavelmente de conotação religiosa, o hábito de depositar bonecas em túmulos de crianças existia também entre os etruscos, gregos e romanos, e perdurou no cristianismo. Na Idade Média as bonecas tornaram-se mais raras, porém a partir de são Francisco de Assis passaram a figurar nos presépios.

Brinquedo dos mais antigos e difundido em todas as culturas, a boneca, além de objeto lúdico, teve para muitos povos significado religioso e um papel nos ritos fúnebres.

As casas de boneca datam dos séculos XVII e XVIII. As mais afamadas, hoje peças de museu, são as de Nuremberg, Alemanha, onde havia Dochenmacher (fabricantes de bonecas) desde o século XV. O primeiro bebê de pano e cabeça de porcelana, de Saxe (Dresden), data de 1855, embora alguns atribuam a invenção desse tipo de boneca à italiana Augusta Montanari, radicada em Londres, onde lançou as primeiras bonecas com cabeça de cera no final do século XIX. A moderna indústria de brinquedos produz bonecas de pálpebras móveis, que falam, andam, tomam mamadeira e molham as fraldas.

Na Índia, na Indonésia, no Japão e entre os índios americanos as bonecas de palha, couro, pano ou gravetos, pintadas e vestidas à maneira tradicional, têm papel cerimonial e mágico. Os índios brasileiros fabricam bonecas de cerâmica ou de madeira entalhada e pintada.

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