História da Arquitetura, Cronologia

História da Arquitetura, Cronologia

História da Arquitetura, Cronologia
Pré-HistóriaSegundo evidências arqueológicas, apoiadas por sistemas existentes ainda hoje em todo o planeta, os homens pré-históricos vivem em comunidades e constroem seus abrigos com materiais perecíveis coletados em seu habitat, como madeira, junco, couro, folhas etc. Encontramos tais sistemas construídos na África (Sudão, Etiópia), na Europa (Escandinávia), na Ásia (Tibet), nas Américas do Sul e do Norte (índios) e até na Austrália. Cavernas podem ser utilizadas para pinturas, aliás de grande qualidade artística, com possível significado de santuário. O chamado período neolítico, na Europa iniciado em aproximadamente 10.000 anos a.C., é assinalado por comunidades fixas, permanentes, com construções de pedra e barro protegidas por muralhas, criando grandes recintos, como em Nuragues, na Córsega, e construções análogas na Inglaterra. Essas comunidades permanentes são os germes das cidades que aparecem no período histórico da humanidade caracterizado pelos primeiros registros escritos que datam, aproximadamente, de 3.000 anos a.C.


Egito (4.000 a.C.-30 a.C.) – Os egípcios dão um caráter monumental aos templos e às construções mortuárias, notabilizando-se, entre elas, as pirâmides, construídas de pedra, quando todas as comunidades ao longo do rio Nilo são unificadas em um único Império (cerca de 3.200 anos a.C.). A primeira pirâmide, "pirâmide de degraus", é construída pelo arquiteto Imhotep, como tumba de Djoser, fundador da III dinastia, em Saqqarah. A chamada pirâmide de degraus não passa, na realidade, de uma construção constituída de túmulos primitivos (mastabas), cujas formas se assemelhavam a um tronco de pirâmide, que continuaram a ser construídas para tumbas de nobres e outros grandes funcionários do Estado. As pirâmides mais conhecidas são Quéops, Quéfren e Miquerinos, da IV dinastia, já com a forma geométrica que conhecemos, apontadas pelo poeta grego Antípater, no século II a.C., como uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Mesopotâmia (4.000 a.C.-300 a.C.) – Entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, localizam-se, ao longo de mais de 4.000 anos, culturas urbanas de vários povos que desenvolvem um intenso comércio e sistemas de escrita que originam, após evolução de milênios, os atuais alfabetos grego e latino. Aproximadamente a partir de 2.000 a.C., fixam-se os povos chamados semitas, dos quais os mais importantes são os que fundaram a cidade da Babilônia e os fenícios, no litoral mediterrâneo. A construção mais característica babilônia é o zigurate, que é um templo construído no topo de uma torre de tijolos com acesso por meio de uma rampa contínua, com a aparência de pisos cada vez menores (Torre de Babel, da tradição bíblica).

Grécia (séculos VII a.C.-IV a.C.) – A cultura grega se desenvolve principalmente na península do Peloponeso, nas ilhas próximas e na costa mediterrânea próxima à atual Turquia, durante o segundo e primeiro milênios a.C. O período considerado mais importante da cultura e da arquitetura grega é aquele que se desenvolve entre o séculos VII a.C. e IV a.C. Concentra-se na arquitetura religiosa – templos – com grande rigor de dimensões, estabelecendo proporções matematicamente precisas; os templos são construídos de pedra (mármore). O Parthenon – templo dedicado à deusa Atena, na Acrópole de Atenas –, erguido entre 447 a.C. e 438 a.C., no governo de Péricles, é uma das mais conhecidas e admiradas construções do período. Um traço marcante da arquitetura grega é o uso de colunas, estabelecendo "ordens" características: dórica, jônica e corínthia.

Império Romano (séculos I a.C.-século III d.C.) – No período em que se estabelece o Império Romano, o planejamento urbano torna-se tão relevante quanto os monumentos; são construídos aquedutos, para o abastecimento de água, esgotos e muralhas, para a segurança. A cidade de Roma é projetada para exibir riqueza e poder. Empregam-se técnicas construtivas dos povos conquistados, o que permite a utilização de diferentes materiais, como concreto, tijolo cozido, pedra e mármore. Arcos e abóbadas constituem as peças visuais mais marcantes – as colunas são usadas com função decorativa.

Cidades Romanas – Em todo o Império, os romanos levam para todas as regiões da Europa os mesmos benefícios que utilizaram na cidade de Roma. As construções servem às várias atividades da vida urbana. Veem-se termas (debates e banhos), templos, aquedutos, basílicas (serviço judiciário) e anfiteatros, como o Coliseu (72-80). Quando o cristianismo se torna a religião oficial, as igrejas, edifícios para atender ao rito da última ceia, passam a adotar as plantas das basílicas romanas.

Século IV – Em Constantinopla, capital do Império do Oriente, surge o estilo bizantino. Seu edifício característico é a basílica com abóbada semi esférica e planta em forma de cruz grega, com quatro lados iguais. As paredes externas são construídas preferencialmente com pedra e tijolo. No interior, as igrejas são decoradas com mosaicos de várias cores de ouro. As obras-primas desse estilo são a Igreja de São Vitale, em Ravena, e a Igreja de Santa Sofia, erguida entre 532 e 537 em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia.

Século IX – Nos vários reinados em que se divide a Europa, expande-se a arquitetura com influência da arquitetura romana, porém com variações locais, chamada por isso de arquitetura de estilo românico. As principais construções são igrejas em forma de cruz latina (um dos braços da cruz – a nave – é maior que os outros três). As características básicas são as abóbadas em arcos plenos e os contrafortes para suportar os poderosos empuxos laterais. Essas igrejas, pelo próprio sistema construtivo, não permitem muitas aberturas ao longo da nave. Nas fachadas, tanto principal como no transepto, recebem aberturas circulares chamadas rosáceas, criando uma iluminação sofisticada. As construções do estilo românico têm características de fortaleza, chamadas de abadias e mosteiros, sendo um dos edifícios de maior repercussão a Abadia de Cluny, na França, erguida no século XI e quase inteiramente destruída no início do século XIX.

Arquitetura Gótica (século XII) – A arquitetura de estilo gótico surge de uma modificação estrutural importante da arquitetura românica. As construções típicas são os castelos fortificados, os torreões de defesa e as catedrais. Essas inovações se apresentam da seguinte maneira: as abóbadas são construídas com nervura de pedra e enchimento de tijolo (abóbada de aresta), o que as torna muito mais leves que as abóbadas românicas; o arco preferencial deixa de ser o arco pleno e passa a ser o arco quebrado (arco ogival); os contrafortes, devido aos empuxos menores, transformam-se em arcos botantes – braços externos perpendiculares à superfície do edifício, que sustentam, nas igrejas, a nave central. As estruturas vazadas permitem a utilização de rosáceas e vitrais com cenas religiosas. Predomina a verticalidade. As plantas seguem a forma da cruz latina e as fachadas abrigam esculturas e relevos. Na França e na Inglaterra prevalecem as igrejas góticas com torres truncadas, sem pontas; na Alemanha, altas torres pontiagudas. Entre as catedrais góticas francesas, destaca-se Notre Dame, em Paris, França; e entre as alemãs, a de Colônia, cuja construção começa em 1270 e se prolonga por 52 anos.

Notre Dame de Paris – A construção da Catedral de Notre Dame de Paris tem início em 1163 e continua por cerca de 200 anos. Os empreiteiros que a finalizaram são Jean de Chelles e Pierre de Montreuil. Durante a Revolução Francesa, grande parte das esculturas da igreja é destruída, entre elas 28 estátuas de reis da Judeia, decapitadas. A restauração inicia-se em 1841, sob a responsabilidade do arquiteto Eugène Viollet-le-Duc. De seus desenhos surgem as gárgulas da fachada, um dos símbolos de Notre Dame. Fragmentos das cabeças das esculturas danificadas, encontrados em 1977, tornam-se importantes testemunhos do estilo original da catedral.

Renascimento (século XV) – No interior das cidades-estado italianas, principalmente em Florença, desenvolvem-se edifícios nos quais as antigas formas greco-romanas são reinterpretadas, acentuando o caráter racional dessas construções, adequado à crescente presença nos negócios da cidade da burguesia comercial. Surge, também, um tipo de construção desconhecido no passado, qual seja, palácios das poderosas famílias desses burgueses: Médici, Pitti, Richardi, que dão nome a esses palácios. A arquitetura do Renascimento caracteriza-se pela retomada das colunas, pelos arcos redondos e pelas coberturas abobadadas; as plantas das igrejas são, em geral, simétricas em relação a um elemento central, que pode ser um círculo, um quadrado ou uma cruz grega. Principais arquitetos: Filippo Brunelleschi, autor da igreja de Santo Espírito e do Palácio Pitti, entre outros, Leon Batista Alberti.

Maneirismo (século XVI) – Entre o fim do século XVI e começo do XVII, surge o maneirismo, entre o Renascimento e o barroco. A estrutura dos edifícios fica mais complexa, intensifica-se o uso de pilares repetindo, nos palácios, pátios internos que lembram claustros e motivos decorativos antigos ornamentam as fachadas. Acentua-se o caráter leigo da arquitetura. Os artistas mais conhecidos são os italianos Giacomo de la Vignola, Baldassare Peruzzi, Donato Bramante (uma de suas obras mais conhecidas é a Villa Rotonda, em Vicenza, na Itália, construída no fim do século XVI), Giulio Romano, Michelangelo Buonarroti e Andrea Palladio. Na França, uma das construções mais significativas é o Castelo de Fontainebleau, do século XVI.

Barroco (século XVII) – O barroco arquitetônico nasce na Itália. Uma de suas características é o abandono de normas e convenções, da geometria elementar e da simetria. As fachadas aparecem ondulantes e decoradas com esculturas e o interior é repleto de madeira entalhada recoberta de dourado. Uma característica importante do barroco é a expressão hegemônica do Estado. As construções importantes são edifícios públicos e igrejas, quando representativos do Estado Absoluto. Da península Ibérica, o barroco segue para as colônias americanas. Francesco Borromini e Gian Lorenzo Bernini, autor das 162 colunas da praça da Basílica de São Pedro, em Roma, na Itália, figuram entre os principais nomes. O Palácio de Versalhes (1634-1710), na França, é também um significativo representante do estilo, juntamente com a Igreja de São Paulo, em Londres.

Rococó (1700-1780) – O rococó refina a arquitetura pomposa do barroco. As cores vivas cedem lugar aos tons pastel e os relevos exagerados acabam substituídos por superfícies delicadas que ganham ênfase em pontos isolados. Igrejas e palácios denotam uma integração entre arquitetura, pintura e escultura. Várias janelas iluminam os edifícios para criar interiores graciosos e etéreos. O interior e o exterior chamam a atenção pela complexidade e pelo requinte. Nas igrejas, os tetos das naves laterais são levantados até a altura da nave central para unificar o espaço, como na Igreja de Carmine, em Turim, na Itália, construída por Filippo Juvarra. Destacam-se também Balthasar Neumann e Fischer von Erlach, no Império Austro-húngaro, mas o rococó se caracteriza por um estilo francês, em que se destaca o arquiteto Boffram.

Neoclassicismo (1750-1830) – O neoclassicismo surge sob influência do iluminismo e marca um gosto por formas clássicas e severas, paredes lisas com mínima decoração. A organização do espaço é geométrica, com detalhes gregos ou romanos. As obras são monumentais, grandiosas; os palácios, cercados por imensos parques e áreas verdes de desenho refinado. Como arquitetos destacam-se, na França, Étienne Louis Boullée e Claude Nicolas Ledoux. Entre os edifícios característicos estão o Arco do Triunfo, inaugurado em 1836, em Paris, na França, e o Portão de Brandenburgo, construído no fim do século XVIII, em Berlim, na Alemanha, o Museu Britânico, de Smirque, a Gliptoteca de Munich, o Museu de Arte Antiga, de Schinkel.

Ecletismo (século XIX) – Na primeira metade do século XIX surge na Inglaterra, principalmente, e na França, um retorno a formas decorativas do gótico. Na Inglaterra, representado por August Welby Pugin; na França, o neogótico é representado por Viollet-le-Duc. Na segunda metade do século XIX vai aparecer o neobarroco, com Charles Garnier (Ópera de Paris), o neo-renascentista, com Henry Labrouste e suas bibliotecas, e o neoromânico, com Vaudremer e Boileau. A inovação do período são as estruturas de ferro forjado para sustentação de lajes de piso ou cobertura, que podem ser aparentes – muitas vezes usadas com o vidro – e ou em combinação com o concreto, dando origem ao concreto armado. Isso possibilita que as colunas de sustentação sejam o suporte de toda a estrutura arquitetônica e que as paredes se tornem apenas áreas de vedação, um dos princípios que serão usados nos edifícios mais altos. Entre as construções destacam-se o Palácio de Cristal (1851), em Londres, na Inglaterra, e pavilhões, como o Mercado de Paris (destruído na década de 60 do século XX).

Escola de Chicago – Após a instalação do primeiro elevador de segurança, no Haughwout Department Store, em Nova York, nos Estados Unidos, na metade do século XIX, multiplicam-se os edifícios com mais de oito andares. A utilização do aço nas estruturas permite que as construções resistam à força dos ventos e até a terremotos. Com isso, o uso do solo das cidades, cada vez mais valioso, é bem aproveitado. O grupo de arquitetos e engenheiros que cria os primeiros arranha-céus, que oscilam entre dez e vinte andares, fica conhecido como Escola de Chicago. Entre eles encontra-se Louis Sullivan, considerado o primeiro grande arquiteto norte-americano contemporâneo. Seu mestre, William le Baron Jenney, projeta o primeiro edifício com vigas de aço, o Home Insurance, de dez andares (1853-1855). Atualmente, os mais altos edifícios do mundo são as torres Petronas Twin Towers, inauguradas em Kuala Lumpur (Malásia), em 1997. Elas têm 451,9 metros de altura e 88 andares.

Art Nouveau (1890-1910) – O movimento art nouveau apresenta-se como contrapartida ao extraordinário desenvolvimento tecnológico, cujas edificações características são as pontes de aço de autoria de Eiffel e a torre também de aço para comemorar o primeiro centenário da Revolução Francesa, em 1889, e que passou a se chamar Torre Eiffel. Sua característica marcante é o uso de ornamentos sinuosos inspirados em plantas, flores, asas de inseto. Há também influência da gravura japonesa. Materiais como ferro, vidro e cerâmica são aproveitados de forma inovadora. Os arquitetos mais representativos desse estilo são: Henry van de Velde, Peter Beherens e o arquiteto catalão Antoni Gaudí, criador da Igreja da Sagrada Família, em Barcelona (Espanha), que mistura elementos góticos, românticos e modernos. Sua obra é singular, marcada por volumes sinuosos e por superfícies trabalhadas. A partir de 1910.

Bauhaus (1919-1933) – A escola de desenho industrial, arquitetura e artes aplicadas Bauhaus (casa da construção, em alemão) é criada por Walter Gropius, em Weimar, na Alemanha. Ela enfatiza o design cuidadoso e a produção mecanizada. Na arquitetura predomina o estilo geométrico e elegante. O edifício projetado por Gropius para abrigar a Bauhaus, quando ela se transfere para Dessau, em 1925, é feito de concreto armado e vidro, um prenúncio do modernismo. Entre os professores que lecionam na escola estão pintores como Paul Klee e Wassily Kandinsky e arquitetos como Mies van der Rohe. Em 1933, a Bauhaus é fechada pelo regime nazista.

Art Déco (década de 20) – A Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas de Paris, em 1925, apresenta pela primeira vez o estilo art déco, cujas obras são marcadas por uma preocupação de caracterizar artes decorativas e arquitetura como resultantes da tecnologia moderna e da industrialização. Entretanto, o que caracteriza a atividade artística desse estilo é a aceitação do traçado da cidade (século XIX) tal como ele existe, que consistia na abertura de grandes vias sem, entretanto, modificar os arranjos dos edifícios nas quadras. As linhas tanto dos objetos quanto das construções são simples, limpas e com ornamentos geométricos. O estilo mantém-se forte até a II Guerra Mundial, e os edifícios mais característicos encontram-se nos Estados Unidos (EUA), tais como: o Chrysler Building (1930), de William van Alen, o Empire State Building (1931), de Shreve, Lamb & Harmon e o Rockfeller Center.

Modernismo (décadas de 20 a 60) – O modernismo distingue-se do art déco pela proposição em que, ao lado da utilização dos processos industriais modernos, questiona a disposição tradicional das cidades e repensa as funções básicas da cidade, como: habitar, circular, trabalhar em condições higienicamente adequadas e proporcionar o lazer nas habitações, com introdução de grandes áreas verdes na cidade contemporânea. Propõe uma arquitetura utilitária, que emprega o aço e o vidro em larga escala, caracterizada pela ausência de ornamentação. Entre os arquitetos que iniciam o movimento se destacamos alemães Walter Gropius e Mies van der Rohe e o francês de origem suíça Le Corbusier, tendo recebido o apoio entusiástico dos arquitetos Sakakura e Maekawa no Japão, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer do Brasil, antes da II Guerra Mundial. Após a II Guerra, os maiores eventos do modernismo são as cidades de Chandigarh, na Índia, projetada por Le Corbusier, Brasília, no Brasil, por Lúcio Costa e Niemeyer, e o "campus" da Universidade de Caracas, na Venezuela, projeto do arquiteto Raul Villalnueva.

Décadas de 60 a 70 – Despontam movimentos que se opõem ao modernismo e que buscam maior integração da obra com o meio urbano. O regionalismo crítico do inglês residente nos Estados Unidos (EUA) Kenneth Frampton propõe que a arquitetura mescle influências culturais locais com tendências internacionais. O contextualismo do italiano Aldo Rossi preocupa-se com a composição arquitetônica da região onde se construirá um novo edifício. Inovação tecnológica e planejamento urbano fazem o projeto do inglês Richard Rogers e do italiano Renzo Piano vencer a concorrência para a construção do Centro Georges Pompidou (1977), em Paris, na França.

Década de 80 – O pós-modernismo troca o excesso de racionalismo por construções mais ornamentadas, coloridas e lúdicas. Referências históricas de diversas épocas aparecem num mesmo edifício. Um exemplo é o prédio da AT&T em Nova York, nos Estados Unidos (EUA), projetado por Philip Johnson. O estilo hi-tech (utiliza tecnologia de última geração e materiais como aço, titânio e vidro) é representado por Richard Rogers e Norman Foster, que constroem prédios empresariais, como a central do Lloyd’s Bank, em Londres, e a sede do Hong Kong & Xangai Bank, em Hong Kong; outros arquitetos representantes desse movimento são Greenshaw, na Inglaterra, Saniago de Calatrava, na Espanha e Suíça, e Rendo Piano, na Itália e na Alemanha. Na Europa verifica-se uma tendência de incentivo às obras públicas, como ocorre na França com a construção da Pirâmide do Louvre, a Grande Arche de la Défense e a Cité de la Musique.

Década de 90 – Tem destaque o uso de materiais muito variados, com superposições. A alta tecnologia se associa à arquitetura, como no projeto de Frank O. Gehry para o Museu Guggenheim (1997), em Bilbao, na Espanha, formado por blocos de diferentes formatos interligados num aparente caos. Desenvolvem-se grandes complexos urbanísticos, como a reurbanização de Berlim (Alemanha) após a queda do Muro de Berlim, em 1989, e a modificação de toda a orla marítima da cidade de Barcelona (Espanha), em 1992, para os Jogos Olímpicos. Para a concepção do Stade de France de Saint Denis, onde se realizaram jogos da Copa do Mundo da França, em 1998, houve uma reorganização do espaço com a construção de estações de metrô e a reestruturação da malha rodoviária.

Anos 2000 – A arquitetura dos últimos 20 anos caracteriza-se pela diversidade de direções propostas. Em algumas situações continuam existindo certos aspectos do pós-modernismo, como as obras de Frank Gehry. Uma segunda tendência é aquela que valoriza extraordinariamente a tecnologia moderna e que retomou certos aspectos da tecnologia do século XIX (aço e vidro), como fizeram os arquitetos Richard Rogers (Centro Georges Pompidou, 1977) e Norman Foster, que projetaram a sede do Lloyd’s Bank, em Londres, e a sede do Hong Kong & Xangai Bank, em Hong Kong. Prossegue, também, uma tendência de associar princípios do Movimento Moderno com tradições formais locais, fenômeno que já se manifestara na arquitetura nórdica dos arquitetos do báltico desde a década de 30 do século XX, mas que se reforça, hoje, com a Escola do Porto de Portugal. Arquitetos discípulos de Le Corbusier continuam trabalhando no Brasil, tendo por figura mais destacada o próprio Oscar Niemeyer, além dos arquitetos Paulo Mendes da Rocha, Filgueiras Lima, João Walter Toscano, Ruy Othake, entre outros. Arquitetos que se associam ao movimento pós-moderno também se destacam no Brasil, como Carlos Bratke, Gianfranco, Luís Paulo Conde, Eolo Maia.

Planejamento Urbano

Planejamento Urbano

O planejamento urbano é a única maneira de organizar a ampliação das cidades ou corrigir os problemas decorrentes do crescimento desordenado. Já nos anos 1960, quando o país vivia uma fase de grande expansão demográfica, um grupo de pensadores propôs uma reforma urbana no Brasil. O objetivo era garantir o acesso às cidades e aos equipamentos urbanos (transporte, saúde, educação, lazer e habitação) para toda a população. Os resultados concretos desse movimento só foram surgir duas décadas depois, na elaboração da Constituição de 1988, que tem um capítulo inteiramente dedicado à política urbana e a mecanismos que democratizam a gestão das cidades.

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