Asno (Equus asinus)

Asno (Equus asinus)

Asno (Equus asinus)

Asno (Equus asinus) é um quadrúpede de pequeno porte em comparação com os demais eqüídeos. Sua estatura varia de 130 a 150cm, de acordo com a raça. Mamífero da ordem dos perissodáctilos, tem as extremidades terminadas num dedo único, protegido por um casco. Dotado de grandes orelhas, sua pelagem varia entre as cores cinza, branca ou castanha, com uma linha escura ao longo do dorso. O ventre, a parte interna das coxas, o focinho e, por vezes, o círculo em torno dos olhos são de cor mais clara.

Personagem de inúmeras obras literárias - desde o Asno de ouro, escrito no século II pelo romano Apuleio, a O burrinho pedrês, de Guimarães Rosa -- e mencionado em diversas passagens da Bíblia, o asno, burrico, burro, jegue, jerico ou jumento é um animal capaz de desempenhar inúmeras atividades, especialmente tração e transporte de pessoas e cargas.

Originário da Núbia, Etiópia e Somália, onde ainda existem as subespécies selvagens Equus asinus nubicus e Equus asinus somaliensis, o asno adaptou-se bem a zonas áridas e montanhosas de países quentes e temperados. Domesticado há seis mil anos, segundo alguns autores, o asno pode ser encontrado nos países mediterrâneos da Europa e em países da Ásia e da     América. Sua docilidade e paciência, além das poucas exigências quanto a alimentação e cuidados, fizeram do asno o animal de trabalho ideal para os pobres. Seu rendimento, no entanto, cai notavelmente em regiões frias.

As fêmeas entram no cio na primavera. O período de gestação é de 290 dias, depois dos quais a jumenta dá à luz um filhote, amamentado durante quatro a cinco meses. O cruzamento de asno com égua dá como resultado o mulo, híbrido estéril também muito empregado em trabalhos agrícolas e de transporte.

Entre as raças européias distinguem-se a poitevina, francesa; a catalã, espanhola; e a apuliesa, italiana. No Brasil, a raça brasileira, desenvolvida em plantéis paulistas, é a de melhor qualidade. A raça pega foi criada em Minas Gerais e disseminou-se pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo e sul da Bahia. A nordestina, muito rústica, encontra-se nas regiões mais áridas do país.

Os asnos chegaram ao Brasil provavelmente em 1534, pelo porto de São Vicente (SP). Vindos da África e trazidos por colonos portugueses, foram enviados a Pernambuco, onde encontraram ambiente favorável para reproduzirem-se rapidamente. A principal região de criação de asnos instalou-se em Minas Gerais, nos séculos XVIII e XIX, onde eram necessários à mineração. A partir do século XIX, o Brasil importou espécimes da Espanha, da Itália e da França, com a finalidade de aprimoramento da raça.

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