América, Aspectos Geográficos da América

América, Aspectos Geográficos da América

América, Aspectos Geográficos da América

Nenhum outro continente apresenta tamanho desequilíbrio regional quanto a América. Ao norte do rio Grande, os Estados Unidos (EUA) e o Canadá são duas das mais desenvolvidas nações do planeta. Os outros 33 países, que compõem a América Latina, estão num nível de desenvolvimento econômico e social bem inferior. Em 2011 a América tinha um Produto Interno Bruto (PIB) de 21,5 trilhões de dólares. A Área de Livre Comércio das Américas (Alca) pretende liberar o comércio no continente, exceto Cuba, de barreiras comerciais. Os EUA estão particularmente interessados em efetivar o bloco econômico, como forma de expandir a venda de produtos e serviços para outros mercados e diminuir seu déficit comercial anual de 450 bilhões de dólares. A implantação da Alca, porém, tem sido consecutivamente adiada, esbarrando em difíceis negociações.

O que é a América Latina - Os países latino-americanos distribuem-se pelas três regiões geográficas do continente americano – o México, na América do Norte, e todas as nações da América Central e do Sul. Com enormes problemas, mas grande potencial em recursos naturais e humanos, essas nações possuem fortes laços históricos e culturais. A maior parte foi colonizada por potências europeias de língua latina (espanhol, português e francês). Mas são também consideradas latino-americanas algumas antigas possessões inglesas ou holandesas. O que aproxima esses Estados, além da língua, são as profundas desigualdades sociais e a instabilidade política e econômica. Por essas razões, o termo América Latina corresponde também a critérios geopolíticos e econômicos. De acordo com o Banco Mundial, cerca de 10% dos latino-americanos viviam em 2001 com menos de 1 dólar por dia. Depois de dois anos de recessão, a economia da região cresce 1,7% em 2003. Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) da região aumenta 6,5%, segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), que prevê crescimento de 7% para 2012.

América Central

América Central


A região, que responde por 1% do Produto Interno Bruto (PIB) da América, sobrevive basicamente da agricultura e do turismo. Abriga também paraísos fiscais – países ou territórios que não cobram impostos e garantem anonimato aos investidores, como forma de atrair capitais. Pelo Canal do Panamá, a principal passagem entre o oceano Atlântico e o Pacífico, circulam 5% de todo o comércio marítimo mundial. A única nação comunista do continente – Cuba – fica na região, assim como vários territórios (Estados não independentes), como Aruba (pertencente à Holanda), Porto Rico (EUA) e Montserrat (Reino Unido).

Geografia física – A América Central é formada pelo istmo que une a América do Norte à América do Sul e pelas ilhas do mar do Caribe. A porção insular é composta de quatro ilhas maiores, Grandes Antilhas – Cuba, Porto Rico, Jamaica e Hispaniola (que abriga Haiti e República Dominicana) –, além de incontáveis ilhotas. O território centro-americano possui relevo montanhoso, com vários vulcões ativos. No verão, o Caribe é assolado por furacões, com ventos de até 300 quilômetros por hora. Quase metade das florestas tropicais da região já foram derrubadas, segundo o World Resources Institute.

População – A densidade demográfica apresenta-se alta nas ilhas do Caribe e, no continente, ao longo da costa do Pacífico, nos planaltos de clima temperado e em núcleos urbanos, como Manágua, Guatemala e Cidade do Panamá. A região é povoada em grande parte por mestiços, descendentes de índios, africanos e colonizadores europeus.

Economia – A agricultura emprega a maioria da população. Alguns produtos, como banana, cana-de-açúcar, algodão e tabaco, são cultivados de forma intensiva e destinados à exportação. A industrialização é incipiente e limita-se ao processamento de produtos agrícolas. Nos últimos anos, ocorreu uma expansão do turismo na região do Caribe.


América do Norte

América do Norte


A América do Norte é ocupada por três grandes países: Canadá, Estados Unidos (EUA) e México. Os dois primeiros oferecem à população elevado padrão de vida. O México apresenta perfil de desenvolvimento semelhante ao das demais nações latino-americanas, mas sua economia está cada vez mais integrada à dos EUA e à do Canadá, graças ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que reúne os três países.

Geografia física – A América do Norte é uma vasta extensão de terra de formato triangular. Suas principais elevações – a cordilheira do Alasca e as Montanhas Rochosas – localizam-se a oeste, enquanto a maior bacia hidrográfica – a do Mississippi-Missouri – se situa leste. Na fronteira do Canadá com os EUA, encontram-se os Grandes Lagos. Na porção norte, de clima continental frio, predominam as florestas de coníferas; o centro e o sudeste, de clima continental, são ocupados por florestas temperadas e pradarias; no sudoeste, há desertos. Segundo o World Resources Institute, a América do Norte conserva três quartos de suas matas originais.

População – Por causa do clima muito frio, a concentração populacional é baixa no Alasca, na Groenlândia e no norte do Canadá. Aumenta em direção ao sul, apresentando-se altamente densa em centros urbanos, como Cidade do México, Nova York e Los Angeles. A maioria dos habitantes descende de colonizadores ingleses, franceses e espanhóis; de africanos, trazidos como escravos; e de diferentes grupos de imigrantes (italianos, irlandeses etc.).

Economia – Encontra-se plenamente industrializada nos EUA e no Canadá e, em menor grau, no México. Graças aos EUA, a região lidera a produção industrial global em quase todos os setores. A agricultura é altamente mecanizada, respondendo por boa parte da produção mundial de alimentos, com destaque para os cereais, o milho, a soja e a laranja. A América do Norte possui também vastas reservas de combustíveis fósseis e minérios. E abriga, na cidade de Nova York, o principal centro financeiro do planeta.

Países – Total: 3. Canadá, EUA e México.

América do Sul

América do Sul

A América do Sul possui vastos recursos naturais e graves problemas econômicos e sociais. Na década de 1970, a maior parte dos países sul-americanos estava submetida a ditaduras militares, geralmente apoiadas pelos Estados Unidos (EUA). Turbulências políticas continuam, a despeito da democratização iniciada na década de 1980. Em razão do alto endividamento externo e interno, vários países sul-americanos aplicam as políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que comprimem as contas públicas. Isso não impede graves crises, como na Argentina, nem elimina as dificuldades para o desenvolvimento da região.

Geografia física – A América do Sul une-se à América do Norte pelo istmo central e separa-se da Antártica pelo estreito de Drake. A porção oeste é ocupada pela cordilheira dos Andes, cujo ponto mais alto é o pico Aconcágua (6.960 metros). As planícies centrais abrigam a bacia hidrográfica do Orinoco, a Amazônica e a do Prata. Na região norte, onde o clima é equatorial, encontram-se florestas tropicais úmidas. Nas áreas mais secas do centro, localiza-se o cerrado. O sul possui faixas áridas, como o deserto de Atacama, e uma zona temperada, ocupada por florestas subtropicais e pelos pampas argentinos. Segundo o World Resources Institute, a América do Sul preserva quase 70% de suas florestas. A maior mata nativa é a da Amazônia.

População – Vazios demográficos (como as densas florestas tropicais, o deserto de Atacama e as porções geladas da Patagônia) convivem com regiões de alta densidade populacional, como os centros urbanos de São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Lima e Santiago. A população é formada principalmente por descendentes de europeus (em especial, espanhóis e portugueses), africanos e indígenas e apresenta alta porcentagem de mestiços.

Economia – A indústria está centrada no beneficiamento de produtos agrícolas e na produção de bens de consumo. No Brasil e na Argentina, encontra-se mais diversificada, abrangendo setores como extração e refino de petróleo, siderurgia, metalurgia, química e automobilística, entre outras. O Brasil é responsável por cerca de três quintos da produção industrial sul-americana. A mineração inclui a extração de petróleo (com destaque para a Venezuela), cobre, estanho, manganês, ferro, zinco, chumbo, alumínio, prata e ouro. A agricultura é intensiva nas áreas tropicais, onde há culturas voltadas para a exportação (café, cacau, banana, cana-de-açúcar, algodão e cereais). A pecuária é praticada em larga escala no sul e no centro.

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